– Eu acho que se não fosse por você, eu nunca teria comido um negócio desse, cheio de coisa assim. – Disse terminando de mastigar ainda o cachorro quente que estava comendo, dando um grande ênfase na palavra "nunca".– Então que bom que você tem um guia incrível como eu, para te fazer comer as deliciosas comidas do Brasil.
– Na França também tem cachorro quente!... e deus, o que tem aqui dentro? – Chuuya não demorou muito para morder outro pedaço de seu lanche, sequer esperando o moreno lhe responder.
– Não compare aquele negócio com cachorro quente, nem chamado disso ele pode ser! – Ele respondeu com uma cara de nojo, como se não gostasse nem de lembrar, mas continuou: – Aí dentro tem: vinagrete, purê, batata palha, milho, ervilha e a salsicha. Nem tem muita coisa! – Terminou e deu mais uma mordida em seu próprio lanche.
– Vinagrete? – O menor olhou para Dazai como se não tivesse acreditando no que ouviu. – Quem coloca vinagrete no cachorro quente?
– Eles colocam e você tá lambendo os beiços.
– O que caralhos seria "beiços"? – Chuuya tentou reproduzir a palavra com o mesmo tom que ouviu, já que Osamu havia falado a palavra em português. Não tinha vindo à cabeça no momento em que falou como era a palavra em inglês.
– Lábios, meu amor. Eu só tinha esquecido como era em inglês, então falei em português. Desculpe! – Ele sabe que o "meu amor" não foi intencional e com certeza foi mais como um deboche do que como um flerte, mas isso realmente não fez com que ele corasse menos.
– O seu tem tudo que o meu tem também? – Tentou mudar de assunto.
– Sim, a mesma coisa. Porque, quer mais um pedaço do meu? – Chuuya realmente não negaria se ele estivesse falando sério, mas sua voz era em um tom mais brincalhão do que sério. Mas parecendo que viu o olhar do ruivo sob seu lanche, ele ofereceu: – Você quer? Pode ficar, eu não estou mais com fome não! – Minutos depois, quando ele percebeu que o ruivo realmente queria, ele ofereceu seriamente, estendendo o cachorro quente para o homem de olhos azuis, que agora já estava na metade. Não que Chuuya se importasse, ele daria de tudo para comer ao menos um pedaço a mais do lanche.
Enquanto o Nakahara se deliciava com o resto do cachorro-quente de Osamu, o moreno foi pagar a conta para poderem ir. Ele estava pensando em levar Chuuya para provar outras comidas brasileiras, ou com o toque brasileiro, antes do homem voltar à Europa.
– Vamos? – Ele e Chuuya se dirigiram até o carro e apenas cinco minutos depois em que os dois saíram da vaga em que o automóvel estava, a voz de Chuuya sob a voz do Bruno Mars está ecoando pelo carro, fazendo Dazai rir, não demorando muito para se juntar ao ruivo bem quando "After Last Night" começou.
O uníssono de suas vozes não eram perfeitos, mas as vozes combinavam mais do que cada um deles poderia imaginar, ainda mais quando acabavam por dividir as partes inconscientemente. – AFTER LAST NIGHT! – Chuuya começou, parando no próximo verso para Dazai continuar.
– I think I'm in love with you! – Dazai poderia ter cantando isso olhando para qualquer coisa, mas ele escolheu olhar logo para Chuuya na hora, e o de cabelos de fogo agradeceu muito pelo maior ter parando de o olhar logo depois para prestar atenção no trânsito, pois o ruivo se encontrava mais vermelho que a salsinha que haviam acabado de comer.
Já não bastava Osamu estar o levando para a casa dele. (Que ele se dedicou muito para deixar organizado para quando Chuuya fosse, tanto que contratou até uma faxineira para limpar o apartamento no dia anterior. O homem sozinho nunca daria conta de arrumar o chiqueiro pessoal dele, não que ele vá a admitir algum dia que realmente é um)
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Versos meus tão seus | Soukoku
Fanfiction"A frase repentina do ruivo e o que ele havia falado deixou o moreno quase em estado de choque. - Você admitindo que sou bonito e canto bem? Deve estar muito bêbado mesmo. - Eu acho que estou sim, na verdade. Só assim mesmo para eu estar com vontade...