L7

7 0 0
                                    

Filme tinha acabado fazia um tempo já e agora tava geral descansado depois de jantar.

Olho pro céu vendo ele lotado de estrelas que se destacavam no azul escuro do céu, tava do lado de fora deitado na rede já que lá dentro tá um barulho do caralho.

Olho pra porta vendo a Ayna sair falando no telefone, ela vem na minha direção e para na minha frente botando as mais na cintura.

Ayna: certo, eu vou mandar pra você - fecho os olhos e respiro fundo quando sinto ela passar a ponta do dedo pelo meu nariz. -humm, falo sim, nada linda.

Ayna: amanhã a gente vai na praia - ela fala prendendo o cabelo e eu olho pra ela negando.

Eu: acho que vou brotar lá na favela amanhã- passo a mão no rosto respirando fundo.

Ayna: vai voltar ? - nego pra ela que faz um bico concordando.

Eu: qual foi, chora não em - falo com ela que rir e vem na minha direção deitando comigo na rede.

Ayna: me abraça- ela fala puxando meu braço e eu rodeio a cintura dela com ele. olho pra ela que fecha os olhos com a cabeça no meu peito e vem aquela sensação estranha de novo no peito.

Respiro fundo e engulo a seco sem entender o que significa esse bagulho no peito, nunca tinha ficado assim com nenhuma mina antes e nem tenho vontade a não ser com ela, Ayna desperta um lado meu que eu não posso ter longe dela que é a sensação de ser normal, de esquecer o mundo perigoso que vivo, esquecer a preferência que o dinheiro me dá entre as mulheres lá fora.

Enfio meus dedos dentro do cabelo dela e faço um carinho nela que bota as mãos por dentro da minha camisa alisando.

Eu: se tu dormir aí, tu vai ficar aí mermo - ela levanta a cabeça me olhando e eu levanto a sobrancelha.

Ayna: pode ir que eu durmo aqui sozinha sem seu ronco.

Eu: ihh tá de marola fia ? Eu não ronco não pô - falo com ela que da risada negando.

Ayna: tudo bem é normal quando se chega na sua idade. - ela fala rindo e eu puxo ela pra baixo de mim fazendo com que ela ria mais.

Eu: tu gosta de brincar com a minha cara né - abro as pernas dela me encaixando no meio.

Ayna: daqui a pouco a gente vai cair daqui, espia só, depois a culpa vai ser minha de deixar o velinho ter caído.

Eu: as outras não falam esse bagulho aí não- falo e ela diminui os olhos fazendo uma cara feia e quem da risada agora sou eu.

Ayna: problema seu - ela fala cruzando os braços e eu dou um selinho nela que segura meu lábio inferior mordendo forte.

Eu: aí caralho - passo a língua sentindo o gosto do sangue e olho pra ela que não tá nem aí - feriu pô, que isso ? As outras não me tratam assim.

Falo com ela que tenta se levantar e eu seguro ela rindo, ela bate nas minhas costas na tentativa de se soltar mas eu seguro até sentir a ardência as minhas costas.

Solto ela e passo a mão nas costas aonde ela arranhou e vejo ela correr pra dentro de casa.
Garota filha da puta mané*.

Me levanto e passo pela porta vendo só o pk lá sentado e vejo a Ayna vindo da cozinha com um prato na mão.

Eu: qual foi que tá ai ? - falo com o Lucas.

Pk: nino quer assistir- ele revira os olhos e vejo nino vim com algumas comidas na mão.

Nino: vai assistir também ? - ele fala olhando pra Ayna que passa por trás de mim e sinto quando ela chuta minha perna por trás me fazendo cambalear pra frente.

Eu: aí maldita tá doendo a porra que você fez nas minhas costas.

Ayna: tô nem aí - viro pra pegar ela que corre lá pra cima e para no final da escada me dando dedo.

Subo a escada olhando pra ela que anda imitando um velinho e subo os degraus de dos em dois indo atrás dela que corre por quarto mas eu alcanço ela e empurro na porta do quarto quando ela tenta abrir.

Eu: fala quem é velho - puxo a parte de trás do cabelo dela fazendo ela me olhar e ela levanta o nariz encostando os lábios no meu.

Ayna: o mundo não gira em torno de você lindinho - ela fala e abre a porta entrando.

Fecho a porta e tiro a camisa indo tomar banho, me jogo uma água e visto só uma bermuda leve pra dormir.

Deito na cama e pego meu celular vendo as mensagens que a Paula mandou falando que não foi no shopping hoje e que iria semana que vem.

Boto meu celular na mesinha e apago o abajur olhando pra Ayna que sai do banheiro com um shortinho branco que parece uma cueca de tão curto e um top que tem a foto de um Smurfs*

Ela deita do meu lado e tira o pause da série dela voltando a assistir, passo minha perna por cima dela que tira

Ayna: sem muito grude - ela fala levantando o nariz e eu dou risada levantando.

Vou no guarda roupa pegar os bagulhos pra bolar mais não acho nada a não ser uma caixa azul com várias borboletas e uma tampa cheia de Glizer* escrito "fogo na babilônia" ala kkkkkkkkkk

Abro a caixa vendo minhas coisas tudo lá dentro arrumada junto com outros coisas que eu não tenho, gostei vou pegar pra mim pô, bagulho manerin kkkk

Sento no sofá da sacada e acendo o baseado, viro pra trás e bato no vidro chamando a Ayna que vem praticamente correndo.

Passo o baseado pra ela que tá parada na minha frente toda encolhida por conta do frio.

Boto a caixa que tá no meu colo no chão e puxo a Ayna que senta de frente pra mim com uma perna de cada lado.

Passo a língua no lábio inferior sentindo a ferida que ela fez e sopro a fumaça na cara dela que chega perto e da um selinho no meu lábio onde ela feriu.

Olho pra ela que passa a língua ainda com os lábios grudados no meu.

Nacontra-mãoOnde histórias criam vida. Descubra agora