Se fazer amigos é mais difícil que Matemática

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Manhã de sexta-feira, início do mês de agosto, era meio entediante ficar no bunker sem fazer absolutamente nada... Jack e Sam estavam voltando depois de terminarem o trabalho, então resolvi treinar meus poderes, aprender a usar e descobrir se aquela força da qual falam, realmente existe-... mas como!? Bom, eu sei que anjos podem curar, voar, e mover coisas com a mente, isso eu sei que posso fazer, mas não sou tão boa nisso ainda então resolvi começar por aí. Comecei devagar... primeiro um lápis, dessa vez foi mais fácil! Depois algo um pouco maior... tipo uma mochila! Parece que tudo fica mais fácil depois que você se liberta do que te prende, no meu caso era o medo, medo de ser isso... tudo é psicológico, "se você levanta um lápis, consegue levantar um baú" era o que eu dizia para mim mesma, e bem, consegui mover das coisas mais leves às mais pesadas que encontrei no quarto, e foi ótima a sensação de saber que eu fiz aquilo.

Algum tempo depois Castiel bateu na porta do meu quarto.

- Estou saindo pra buscar o almoço, você quer vir comigo? - Ele perguntou.
- Aham! - Acenei positivamente com a cabeça. - E o Dean? - Perguntei.
- Ele está.. bem, dando alguns reparos no Impala. - ele respondeu - provavelmente só vai sair quando estivermos de volta.
- Entendi! - Disse sorrindo, saímos pelo corredor em direção ao estacionamento do bunker.

Fomos até uma pequena cidade que fica mais ou menos a uns 20 minutos do bunker, lá haviam algumas lojas, o lugar era agradável! As pessoas pareciam legais, fiquei do lado de fora andando pelas calçadas fazendo um pequeno "reconhecimento" da área, enquanto Castiel entrava pra comprar o que precisávamos.

Enquanto andava pela calçada, tive uma estranha sensação de queimação na nuca, do tipo que se sente quando você está sendo observado, olhei para trás e nada, então olhei para o outro lado da rua e... bom, realmente havia alguém lá, 3 pessoas que atravessaram a rua assim que olhei para elas, e começaram a vir na minha direção, eram 2 garotas e 1 garoto, uma delas tinha cabelos loiros bem claros, a outra cabelos escuros, o garoto usava touca, mas parecia ter cabelos castanhos.

- Oi! - O garoto falou. - Nunca vimos você por aqui antes.
- Eu sou nova por aqui! - Respondi meio sem jeito, enquanto as duas garotas se aproximavam.
- Você mora com aqueles caras? - Ele perguntou empolgado.
- Lá vamos nós outra vez! - A garota de cabelos escuros murmurou.
- Sim, eu moro.. porquê a pergunta?
- Você sabe com o que eles trabalham? - Ele perguntou, dessa vez quase sussurrando.

Sam me contou uns dias atrás que sempre nos casos, Eles costumam se disfarçar pra obter informações, sempre usando distintivos falsos de algum tipo de autoridade, e como os humanos normais teriam medo se soubessem a verdade, o que eu disse foi...

- Eles são do FBI! - Ele pareceu confuso com isso, parecia saber alguma coisa a mais.
- Viu só, não tem nada de mais! Vê se para com essa implicância. - A garota de cabelos escuros falou. - Desculpa por isso, eu sou a Stacey, essa é a Max, e esse é o Eliot! Ele cisma que tem alguma coisa errada com aqueles caras..
- Tá tudo bem, meu nome é Isabella! - Respondi, Eliot tinha uma ideia do que parecia acontecer na minha família, mas era tão absurdo que é claro, ninguém daria atenção.
- Você nunca viu eles fazerem nada estranho!? - Ele insistiu.
- Nada! - Eu disse enquanto 1000 fatos estranhos passavam pela minha cabeça. - De onde você tirou isso!?
- Eliot adora programas de sensacionalismo e ficção... mas parece que ele leva muito a sério! - Max respondeu se apoiando no ombro dele.
- Na verdade é que aqueles caras dão medo, Eles agem de um jeito muito estranho! - Eliot comentou.

Eu não pude segurar o riso, Dean e Sam realmente tinham uma forma meio estranha de agir, do tipo que se forem vistos de fora do nosso pequeno círculo, poderiam ser tidos como homens frios e bravos... (Dean em especial), mas na verdade quando você os conhece, percebe que eles são caras legais e divertidos, Castiel e Jack por outro lado nem sequer parecem intimidadores, apesar Castiel ficar a maior parte do tempo com uma expressão neutra.

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