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Sn estava em uma sala no subsolo da casa, havia livros espalhados por todas as partes assim como também havia alvos, velas e uma tigela de água. Sn estava naquela sala a horas, seu pai não a deixou sair desde manhã, ela não havia comido nada, e a cada feitiço feito ela ficava mais fraca, suas forças estavam indo embora, seu corpo estava suado e suas pernas bambearam.

Um barulho alto foi ecoado pela sala, a atenção da garota foi atraída para o elevador onde seu pai estava, ele a olhou e caminhou até a mesa cheia de grimórios analisando todos ali, ele foi fechando um por um. Sn apenas o olhava esperando por seu próximo passo, ele estava tramando algo e ela sabia, o ato de deixá-la cansada, fraca e confusa parecia ser apenas o início de um novo castigo, ela deveria saber, matar Marina não seria o suficiente. Ele a queria em desespero total.

O homem mais velho após fechar todos os grimórios se virou para a filha.

- Acenda as velas - ele mandou e com um leve movimento das mãos ela o fez, todas as velas do lugar acenderam.

Sn olhou nos olhos de seu pai e viu raiva, ele não esperava que mesmo esgotada os poderes dela seriam tão fortes.

- Forme uma bolha de água, leve e transparente com nada além de ar dentro de si - ela o olhou, ele queria mostrar a ela que ela merecia ser punida por não ser forte o suficiente.

Sn se virou para a tigela de água e fechou os olhos para se concentrar, fazer uma bola de água não era tão difícil, mas fazer uma bolha de água com nada além de ar dentro de si, era, ainda mais quando se sentia exausta.

Sn abriu os olhos e o olhou sorrindo, bem acima de suas mãos havia uma bolha de água cheia de ar, ele se irritou ainda mais e andou rapidamente até ela batendo na tigela e dando um soco em seu rosto.

- Isso é para você aprender que não sairá impune de suas atitudes indecentes e impensáveis, eu quem mando aqui Milaya, e a sua vida pertence e depende de mim e ninguém mais - ele vociferou enraivado olhando para o rosto assustado da filha.

Sn tinha um pouco de sangue em sua boca junto a um pequeno corte no inferior da boca, ele olha para o sangue que saia da boca da garota e a joga no chão, Sn cospe o sangue que estava em sua boca.

Liam olhou para a filha com uma cara de nojo e desgosto e depois levou o seu olhar para um capacete que havia em cima da mesa, Sn seguiu o seu olhar e pânico cobriu suas feições.

- Não, por favor não - ele andou até a mesa e pegou o capacete - Não... Não... Na.... 

E mais uma vez ela mergulhava em seus piores pesadelos.

...

- Estamos a caminho - Bonnie fala e desliga a ligação, ela junto a Elena, Damon e Jeremy se juntam para ir atrás da garota da casa Evans.

Bonnie estava apreensiva, o tom de voz de Caroline estava quase que desesperado e isso a preocupou um pouco, se Caroline estava apreensiva era por que a coisa estava séria. Alaric foi informado que seus amigos estavam a caminho da Inglaterra para ajudar Caroline com a nova bruxa, e isso o deixou preocupado, Caroline nunca pedia ajuda, ela sempre cuidava de tudo sozinha e se orgulhava disso, então por que dessa vez era diferente? Ele não sabia e tinha até medo da resposta.

Josie e Lizzie estavam do lado de fora da sala do pai junto a MG que tentava escutar qualquer coisa, mas nenhuma de suas tentativas funcionou, Bonnie havia feito um feitiço para não deixar que alunos vampiros bisbilhoteiros escutassem atrás da porta.

- Nada, eu sinto muito - MG disse olhando as gêmeas que bufaram frustradas.

O pai delas estava estranho desde o dia em que as avisou que a mãe delas não chegaria de viagem tão cedo, ele estava mais distante e de segredo com Dorian e Emma. Tudo piorou está manhã quando suas tias Bonnie e Elena junto aos seus tios Damon e Jeremy vieram falar com ele, desde que os mesmos se despediram ele não saiu mais de seu escritório, nem mesmo Hope foi capaz de tirá-lo de lá, e a Tribida realmente tentou.

A Garota Evans | Hope Mikaelson 1°Onde histórias criam vida. Descubra agora