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"ᵉᵘ ᵛᵒᵘ ᵗᵉ ᵗⁱʳᵃʳ ᵈᵃᵠᵘⁱ, ᵉⁿᶠᵉʳᵐᵉⁱʳᵃ ᵒ'ᵈᵒⁿⁿᵉˡ"

Eu e Finney passamos uma boa parte de tempo ainda tentando cavar o buraco, que eu pensava que podia ser útil no futuro, mas sabia que nunca chegaríamos do outro lado dessa maneira

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Eu e Finney passamos uma boa parte de tempo ainda tentando cavar o buraco, que eu pensava que podia ser útil no futuro, mas sabia que nunca chegaríamos do outro lado dessa maneira.

Quando cansamos, decidimos sentar para descansar para depois voltarmos a cavar. Tapamos o buraco com o pano e logo fomos nos sentar no colchão, mas Finney estava sério, e até mesmo tenso. Eu sabia qual era sua preocupação.

— Nós vamos sair, eles estão tentando nos ajudar, já passaram pelo o que passamos. — Chamo sua atenção e o mesmo me olha, e então, seguro sua mão. — Estão nos ajudando a não cometermos o mesmo erro que eles.

— Você ficou pessimista de uma hora para outra. — Nós rimos.

— Tenho o trabalho de cuidar de vocês, sou enfermeira esqueceu. — Digo para o mesmo que me olha culpado, ele havia se lembrado de Robin, igual a mim.

"Enfermeira O'Donnel, já disse que não preciso disso"
Lembro de uma vez que Robin disse isso.

— Eu vou te tirar daqui, enfermeira O'Donnel, nós dois sairemos daqui, e Robin, Bruce, Billy Showalter, Vance Hopper, e Griffin Staag irão juntos. — Finney diz apertando minha mão. Só aí que percebo o quanto nossas mãos estavam imundas e começo a brincar com seus dedos. O pensamento me faz rir.  

— Quando sairmos, primeira coisa que iremos fazer será tomar banho, porque estamos podres. — Encosto minha cabeça em seu ombro, isso já havia virado hábito.

Só que, mais uma vez — atrapalhando nosso momento de paz — vimos as luzes serem acesas. Troco um olhar rápido com Finney e nos deitamos, para fingir que estávamos dormindo.  

Escutamos a porta de metal ser aberta e seu rangido fazendo eu me arrepiar. Odiava barulhos assim. Conseguimos ouvir a respiração pesada de Grabber.

— Eu sei que vocês não estão dormindo. — Sua voz era arrepiante, assustadora e macabra.

Abro meus olhos e encontro os de Finney, que são revirados. Nos levantamos e encaramos Grabber, que tinha mais uma bandeja em suas mãos.

— Eu tô com fome. Precisamos comer. — Finney diz.

— Me diz o nome de vocês. — Grabber diz.

— Cê se importa? — Finney torna a dizer, dessa vez, com sarcasmo.

— Geralmente não, eu acabo descobrindo no jornal. Eles sempre publicam uma foto bem bonita com todas as informações e todos os detalhes que eu podia querer. Todas as mentiras que os menininhos contam. — Ele diz suspirando.

— Qual a diferença agora? — Eu pergunto, me levantando e andando de um lado para o outro.

— Ah... Ah... é complicado. — Percebo ele alternar seu olhar entre nós e a escada. — Tá tudo diferente, nada tá dando certo. 

— Então nos solta. — Finney diz simples.

— Eu tô pensando nisso. — Não olho para Finney, mas sei que ele havia ficado eréto em cima do colchão.

— Prometemos que não vamos contar pra ninguém, você pode nos vendar, nos largar na rua e a gente volta pra casa. — Finney diz.

— Não adianta Finney, se ele fosse fazer isso, já teria feito. — Digo colocando meu peito à frente, enfrentando Grabber, que inclina a cabeça me olhando. 

— Me digam o nome de vocês. — Ele torna a repetir.

— Taylor...

— Taylor Mullen e Megan Spencer. — Completo para o mesmo.

Nós nos assustamos quando Grabber joga a bandeja no chão, suspirando estressado.

Filho de uma puta, eu iria comer aquela comida. Eu não movo um passo, já estava começando a me estressar com toda aquela situação, mas tentava me manter calma.

Até que então, ele atira um jornal para Finney, que o olha uma última vez e o pega, eu espero até que o mesmo fale algo, mas Grabber fala por ele. Ele sabia de nossos nomes, por isso todo esse papinho.

— Agora que eu estava começando a gostar de vocês, Finney e Lyanah. — Ele diz estressado e chutando a bandeja. — Eu quase soltei vocês. — Logo, fechando a porta, ou melhor, deixando-a encostada, Grabber se vai. Ainda crendo que iríamos sair, que bobinho.

Vejo Finney se levantar estressado, jogando o jornal no chão e indo até a porta, mas o telefone tocar, troco um olhar com Finney, mandando-o se acalmar e vou até o telefone atender.

— Alô... Bruce. Bi- Jornaleiro? — Pergunto, mas ninguém na linha responde. Troco um olhar com Finney, ele sabia o que significava. — Não sobe.

Me ajoelho ou melhor, meus joelhos cedem, eu ainda estava fraca pois não havia comido nada. Começo a juntar a comida restante no chão com a ajuda de Finney.

— Será que temos alguma chance de conseguir matar esse filho da puta? — Pergunto retóricamente para Finney, que permanece em silêncio.

𝗧𝗛𝗘 𝗕𝗟𝗔𝗖𝗞 𝗣𝗛𝗢𝗡𝗘,──finney blakeOnde histórias criam vida. Descubra agora