VIII - Um Lar

69 12 0
                                    

A solidão, todos nós somos abatidos por ela por pelo menos uma vez na vida, e isso é comum. Se sentir solitário quando não há ninguém a sua volta, e se sentir solitário quando se está rodeado de pessoas.

Parando pra pensar, a solidão se torna muito mais intensa quando você é pego pelo seus próprios pensamentos.

Quando você para pra pensar na vida, no passado ou no futuro, sobre quem você é ou sobre quem você será...isso se torna assustador, e com esses pensamentos você acaba achando que você é o único a pensar nisso, porque acha que é o único a qual a vida não se encaminha para frente.

Você fica tão imerso nos seus próprios pensamentos que esquece da vida real, então começa achar que está sozinho na vida, e que ninguém te entende.

E quando você se sente ou está só com os seus próprios pensamentos, é uma das piores coisas que existe. Você da vazão a coisas e outros tipos de pensamentos que te assustam.

Que não é nada mais nada menos que a ansiedade.

Até às pequenas coisas te fazem pensar de mais, é isso que a ansiedade é, o excesso de pensamentos.

Não pensamentos bons, pensamentos ruins, muito ruins.

Então você sente acorrentado e sufocado por eles, causando sensações e dores irreais, que adivinha? São projetadas pela sua própria mente.

Algumas pessoas falam "se é provocado pela mente, então é fácil de controlar! É só se lembrar disso e pensar que está tudo bem", mas é muito mais do que isso, e quem tem sabe muito bem disso.

O ser mais solitário do mundo é uma baleia que chama seu parceiro a duas décadas, mas sua voz é tão diferente que as outras baleias não a respondem.

É assim que nos sentimos.

Chamamos por alguém, mas esse alguém não nos escuta.

. . .

Acordo com o barulho do alarme ao pé do meu ouvido, ainda com a visão embaçada me viro pra pegar meu celular que estava em cima de um cômodo ao lado da cama.

Me levantei e fui em direção a sala, percebendo que não havia mais ninguém em casa além de mim.

Procurei algum bilhete pela casa mas não havia nada, Soobin geralmente não fazia isso, quando ele sai ele avisa, literalmente todas ás vezes. Deve ter acontecido alguma coisa, pensei comigo mesmo.

Sem nem tomar café, tomei um banho e me arrumei para poder ir para escola. 

Na noite anterior quando cheguei em casa, conversei com Soobin sobre a viagem de campo para a ilha de Jeju, para ver se ele achava uma boa ideia eu ir ou não.

Ele me falou que eu era "uma criança mimada que não tem noção ainda de como o mundo é ou funciona" achando que sim era uma boa ideia eu ir para essa viagem.

O dia havia começado nublado, e as ruas de Daecheong estavam cobertas por poças d'água devido a chuva de madrugada, fazendo o dia amanhecer com ventos frios. As ruas também não estavam movimentadas, o que não me assustava muito levando em consideração o número de população da pequena cidade.

Mas as ruas não estava diferente da escola, havia poucos alunos. Com certeza muitos deles devem ter decido não vir devido ao tempo, e eu deveria ter feito o mesmo.

Adentrei a escola, sentindo uma lufada de ar quente devido aos aquecedores.

Estava com o dinheiro para a viagem de campo comigo, então fui em direção a sala dos professores procurando o professor responsável pela viagem. 

THE GOLD SOCIETY - SunsunOnde histórias criam vida. Descubra agora