O Engima Das Cartas °Tom RIDDLE°

capitulo 17

Uma luz amarelada me cega assim que abro meus olhos e logo me arrependo de ter-los aberto tão rápido. Olho para os lados, mas a única coisa que vejo é um espaço cheio de camas desocupadas e um cheiro de chuva misturado com  flores recém colidas, não demoro muito para raciocinar onde estou e os pedacinhos dos acontecimentos anteriores vem a tona. Apoio minhas mãos na cama para tentar me levantar e descobrir o que ouve com o demônio, mas assim que me ergo  sinto uma dor absurda se espalhar  pelo meu corpo.

- calma cobrinha- diz Tom com uma voz rouca, mas não deixando de ser gentil- você está na enfermaria.

- o que ouve?- pergunto sem rodeios.

- você lutou com um "demonio"- ele diz fazendo um sinal de aspas.

- como assim "demonio"?- refaço a pergunta imitando seu gesto.

- pelo que parece a quela coisa pode ser tudo, menos um demonio- ele diz com uma expressão seria, que me faz pensar no que ele está pensando- e você o derrotou.

Olho para Tom e vejo um sorriso de orelha a orelha sendo direcionado a mim.

- não vai me dar um sermão?- pergunto abrindo um leve sorriso- ou dizer que fui burra e tola por ter duelado com um "demonio".

- a única coisa que vou fazer é me vangloriar por ter uma bruxa que derrota "demônios" ao meu lado- ele diz me dando um peteleco na testa.

- aiii- reclamo colocando minha mão no local atingido- você poderia tratar melhor uma heroína- digo sorrindo.

-não posso- Tom diz colocando sua mão em cima da minha- tenho que fazer seu ego ficar baixo já que todos a sua volta agora vão puxar seu saco.

- todos já sabem?- me levanto brutalmente, que faz com que uma pontada de dor me atinja.

- calma Quel- ele diz deitando minha cabeça no travesseiro e se aproximando de mim- aqui é Hogwarts, seria estranho se todos não soubessem.

Rio de seu comentário e fecho meus olhos para poder descansar minha mente dos pensamentos que a querem rodiar. E em questões de minutos deixo que o sono me atinja com tudo e me faça esquecer um pouco a dor, mas não antes de sentir um beijo sendo depositado em minha testa com tanto carinho e amor que até mesmo me esqueço que foi Tom Riddle que o deu, e pelo que parece dar beijos quando ele pensa que estou dormindo e seu ritual de demonstração de afeto.

                    ◇◇◇◇◇◇

Já se passaram duas semanas desde o incidente e os olhares continuam me acompanhar por onde quer que eu vá.  É até mesmo idiotice eles ficarem tão impressionados com minhas abilidades com a magia desconhecida, sendo que todos nós fomos apresentados a ela. Só que a única diferencia é que eu a estudei e dominei suas práticas e  seu espírito. Não que eu esteja me gabando, mas talvez andar tanto com Riddle me fez adquiri os  maus abtos incorrigíveis dele.

  mesmo que agora ele  passe muito do seu tempo me observando ou fingindo  que não me espiona, eu me sinto sozinha e curiosa para descobrir o que foi aquilo que eu enfrentei, mas  eu não consegui nem ao menos chegar perto da masmorra onde duelei para verificar alguma pista que deixaram passar despercebida. A única coisa que me deram liberdade de fazer nas últimas semanas foi frequentar as aulas e repousar. Fora isso  não posso nem sair do castelo.

Meus pensamnetos voam longe e me fazem ter uma ideia estupidamente boa  levanto-me da cama em um pulo e já vou procurando meus calçandos que estavam jogados pelo pequeno cômodo, os calço apreçadamente e jogo um cardigan branco por cima dos meus ombros, saio correndo pelas escadas e subo até o dormitório masculino. Dou três batidas nada delicadas na porta e logo é aberta por um colega de Tom que se não me engano se chama Sam.

- o que foi guerreira?- ele diz em deboche- aqui não tem nada para você lutar.

- quero falar com Tom- digo seca.

- claro que quer- Sam fala saindo da porta e chamando Riddle- eiii principezinho de Hogwarts, sua dama o está esperando.

Tom levanta os olhos de seu livro e me encara com uma expressão de duvida. O mesmo larga o livro sobre a cama e anda até mim com uma calma irritante.

- aconteceu algo?- Tom diz fechando a porta atrás de si.

- não, mais talvez você poderia me ajudar para que aconteça- falo com um sorriso maroto.