12 • Nightmares

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"O desaparecimento do grande jovem empresário do ramo automobilismo sul-coreano, Jung Yunho, intriga a população da capital. A polícia afirma que ele chegou em casa por volta das duas da madrugada depois de uma festa, e sumiu entre as seis da manhã e o meio-dia. Por enquanto nenhum suspeito. Todos que se comunicaram com o Sr. Yunho nas últimas semanas estão sendo interrogados. Em breve voltaremos com atualizações" — Disse a repórter do Canal 01 em frente à grande e bela mansão de Jung Yunho. 

Seo Changbin teve sua atenção tirada do televisor depois de seu chefe o desligar logo após a breve reportagem e pigarrear alto indicando que ele e seu amigo deviam prestar atenção no que ia dizer em seguida.

— Ao invés de ficarem perdendo tempo com jornalistas deviam estar analisando esse caso... Envolve um rico, ou seja, prioridade. — Resmungou em bom tom batendo o punho na mesa clara de madeira mdf, claramente estava estressado pelo acúmulo de serviço e "incompetência" no departamento, por isso cada vez mais bebia e aparecia de ressaca no dia seguinte como exatamente naquele momento.

Seo e seu amigo se entreolharam e cada um silenciosamente retornou para sua mesa depois de reverenciar perante ao chefe. Chang ao se sentar em sua cadeira e olhar para o visor do computador ficou pensativo, era o terceiro caso em que Han Jisung estava envolvido, dessa vez, Han foi o parceiro da noite de Yunho e pelo visto rolou uma pequena desavença ente eles presenciada por testemunhas na hora de ir embora, nos depoimentos dos amigos dizia que Jisung pegou um táxi e foi para sua casa sozinho, e Jung foi no carro com os amigos, e isso era o bastante para soar suspeito, se vieram juntos, porque voltaram separados? Ele de alguma forma sempre estava metido em problemas mas nunca tinha evidências concretas contra si. Ele foi o último a ver Shin com vida — além de Chan —, foi o último a deixar a casa onde seus pais foram mortos, ou melhor, "foi tudo um acidente". Era cômico observar como ele podia escapar ileso de todos os problemas ao seu redor e não aparentar incomodado ou culpado, "talvez o peso da impunidade sobressaia o da consciência suja".

Em sua ficha não havia nada demais, foi uma pessoa normal a vida inteira, viveu na mesma casa desde a infância, teve uma vida simples desde o começo; já seus pais era uma outra história, havia diversos chamados para violência doméstica e o Sr. Han mas nenhum foi levado a sério, depois de um tempo não houve mais ocorrências e tudo foi deixado para trás mas, por testemunhas da vizinhança, o pai batia severamente no filho e na esposa até seu último dia vivo, a Sra. Han tratava com frieza o filho, e não era incomum encontrá-la culpando Jisung por sua vida miserável. Conclusão: há melhores motivos que esses para acabar com seus pais? Tinha vários motivos para aquilo ser um crime planejado porém, a investigação foi logo encerrada e novamente, sem provas de ser um crime.

A parte mais estranha foi ele ser realocado por um cara muito rico no anonimato justamente para aquela pensão da Sra. Ji-ha, onde por coincidência vivia seu tio (de consideração) Shin YoungJae e Bang Chan, um "ex trombadinha" e possivelmente traficante, vivem, e poucos dias depois Shin sumir sem deixar rastro algum. A ajumma era uma mulher peculiar no passado, por muitos anos trabalhou numa rede de motéis na beira da estrada, e há relatos de que ela era a cafetina do lugar, juntamente de seu marido que há vários anos morreu num incêndio no terceiro andar da pensão onde ela comanda nos dias atuais, igualmente ao boato de que seu filho foi vendido em troca de drogas.

Tudo ali se encaixou de maneira peculiar, o que deixava a desconfiança exalar no ar e Changbin naquela altura estava apenas somando as evidências a fim de ir atrás da justiça por si só, seu alvo: Han Jisung, seu outro alvo: Bang Chan, e esperava escavar ainda mais.

[...] Jisung estava sentado na mesma cadeira giratória de sempre enquanto deslizava por seu feed. Em sua cabeça, a conversa com MinHo ia e voltava, pensava seriamente no que ele disse sobre si e se era uma boa opção aceitar aquilo, nunca fez um ensaio fotográfico, muito menos seminu, então se sentia inseguro quanto a isso. Não importa quantas vezes olhasse o feed de sua conta profissional e admirasse cada foto, não conseguia se imaginar ali, principalmente pela maioria se tratar de um conceito mais sexy e livre, curvas a mostra, posições encantadoras, muito vermelho, muita sedução, como podia ser igual a eles se muito provavelmente ia desmaiar ao retirar somente a blusa? Bufou e desligou o aparelho, pondo seus olhos de imediato em Kim que novamente não estava de bom humor mas estranhamente o olhava também. Seus olhos ultimamente andavam negros, foscos, não pareciam ser do mesmo Seungmin de antes, algo obscuro se apossou dele. Sentiu-se internamente culpado porque ele ficou assim depois da festa e tinha algo a ver com Yunho, não era sobre seu ficante. Han mordeu a parte interna da bochecha e franziu o cenho, não ia deixar aquilo para debaixo do tapete, tinha que confrontá-lo e saber porque estava assim consigo!

Sweet Friend | hjs + lkwOnde histórias criam vida. Descubra agora