Ao olhar para as fotos que acabou de revelar, MinHo sorriu abertamente satisfeito com seu trabalho e pegou uma delas em sua mão. Aquela em específico tirou quando Jisung dormiu em sua casa. O rostinho fofo e delicado com um biquinho nos lábios (típico de quando caía num sono profundo) e a pele levemente rubra devido à bebida e ao medicamento; ele era tão adorável que se sentiu ligeiramente culpado por tê-lo dopado e a sua mercê, mas seu instinto psicótipo muitas vezes se sobressaía e quando percebia, já estava feito — não foi o que aconteceu, desde que saíram do bar planejou aquilo por todo o percurso, era a maldade que havia em si que se sobressaiu.
A fotografia era igual às demais que possuía em sua caixa, mas tinha um valor a mais: ali, Jisung tinha sentimentos por si, o que a diferenciava sentimentalmente das outras; levou a foto até os lábios e deu um beijo no papel brilhante pondo em seu peito e alcançando a caixa onde guardava cada foto dele com muito carinho e dedicação. Ao abri-la, de imediato encontrou sua primeira foto do garoto: Han estava à metros de distância sentado num banco do parque em frente à instituição de ensino que frequentava comendo um sorvete de baunilha em casquinha. Lembrou-se do sentimento ao ver aquela cena, foi uma das primeiras vezes que sua mente lhe pregou peças e enxergou aquilo como extremamente excitante ao ponto de encará-lo como um predador, teve que registrar com a câmera que repousava em seu pescoço. Mas não acabou por ali, ficou tão fissurado no garoto que anteriormente já possuía uma atração que se viu obrigado à seguí-lo, tê-lo em suas mãos e o estraçalhar, afinal, era ele quem vinha alugando um espaço em sua mente e prejudicando sua vida no geral.
Aquele dia estava muito nublado e abafado, e por algum motivo, Han resolveu ir a pé, então seria uma longa caminhada, ele morava do outro lado da cidade, e por um agrado do destino, ele escolheu ir pelas ruas mais movimentadas e passar numa rua que estava tendo uma feira chinesa. O garoto sabia que estava sendo seguido, olhava para trás toda hora, mas pela quantidade de pessoas não sabia dizer se era coisa de sua cabeça ou não; Lee se sentiu tão satisfeito ao vê-lo naquela posição que não sabia quando ia surtar, se ia agarrá-lo no meio de todos e o esfaquear tão fundo e forte a ponto de esguichar em todos (sonhava há meses com isso) ou se ia transformar a perseguição em seu hobby.
A medida que o céu ia se tornando escuro mais ansioso ambos ficavam, por motivos diferentes, óbvio. Lee porque seria mais fácil de atacá-lo e ninguém pegá-lo em flagra e Jisung por medo de ser atacado numa daquelas ruas mal iluminadas. Mas nada de fato aconteceu, Lee ainda não era um assassino por mais que lutasse contra esse instinto.
No fim, naquele mesmo dia, MinHo acabou conhecendo ao longe os pais de Jisung e o quão agressivos eram com aquele menino melancólico e abatido, entendeu o porquê do garoto sempre parecer aéreo e entristecido; Colocou em sua cabeça naquela noite de que ele um dia faria Jisung seu, independentemente de quanto tempo passasse ou se ele aceitaria de bom grado ou não. Não por caridade, mas por ter visto um potencial inigualável nele; ele era como si, só que ao invés de ser reativo, guardava tudo — e este era seu ponto fraco, ia instigá-lo até explodir.
MinHo sorriu ao se lembrar de tudo aquilo, a sensação de satisfação durante a perversidade saiu das sombras e se apossou de seu peito deixando seu coração batendo como louco e sua boca salivando, aquela foto era sua ascensão e seu declínio ao mesmo tempo, Hannie era a melhor parte de sua vida.
Guardou as novas fotos na caixa e suspirou fundo, o sentimento permaneceu consigo e sabia que se não desse um tempo à sua mente ia estragar tudo antes da hora, então, decidiu ficar em sua "casa" durante aquela semana antes que fizesse a maior maldade do século contra Jisung. antes da hora.
[...] MinHo olhou para o australiano a sua frente e sorriu amarelo, algo naquelas bochechas sardentas o deixava nervoso.
— E como é seu emprego na empresa que sua mãe falou? Você já foi para quais países? — O entusiasmo em sua voz em plena madrugada o intrigava a ponto de querer arrancar a verdade à força.
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Sweet Friend | hjs + lkw
Fanfiction"E este foi o começo do meu inferno". ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Jisung é um garoto comum de 20 anos que trabalha numa farmácia local. Como sente-se solitário a maior parte do tempo, a Internet vira seu passatempo a qualquer hora. Enquanto rolava o feed do Instagra...