Não tenho medo - Revisado 02/05/24

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Eu estou exatamente onde quero estar, devorando livros na biblioteca como de costume. Até me arrisco a escrever alguns versos a esmo, sonhando em me tornar uma grande escritora um dia. Contudo, não me sinto segura para mostrá-los a alguém, nem mesmo ao Harry, meu melhor amigo.

Enquanto escrevia, meus olhos começaram a pesar, evidenciando o cansaço que já se aproximava da meia-noite. Rapidamente, guardei o pergaminho de anotações em minha bolsa e saí apressada da sessão restrita da biblioteca, caminhando pelo corredor deserto.

Mesmo sendo a monitora chefe, sabia que o zelador "Filch" não ficaria contente em me ver perambulando pela escola enquanto todos descansavam em seus dormitórios. Por isso, acelerei meus passos e acabei esbarrando em alguém. Suas mãos me seguraram, os dedos frios pressionando minha cintura, impedindo minha queda.

- Você quase me derrubou... - minha voz soou brava, e quando nossos olhares se encontraram, ele era exatamente quem eu esperava não ver naquela noite...

Draco Malfoy.

- Cruze meu caminho de novo, Granger, e eu mato você. - disse ele, largando-me bruscamente.

- Não tenho medo de você, Malfoy. - Eu disse defensivamente, realmente não acreditando em mim. Eu estou com medo?

Ele deu um passo à frente, e agora estávamos a trinta centímetros de distância. Notei os cantos de sua boca virada para cima. O sorriso estava perdido em seus olhos. - Então você não tem medo de mim?


- Não, não tenho medo - respondi, mas dei um passo para trás.

Olhando-o agora, percebo que nunca o vi de perto: Sobrancelhas bem desenhadas sobre olhos cinzentos mais incríveis que já vi, nariz perfeito, lábios bem feitos que atraem de imediato, por sua extrema sensualidade, parecia um anjo, embora nunca imaginasse que esse adjetivo pudesse caber a ele.

- Não ouvi, Granger. - sussurrou ele, avançando mais um passo e me encurralando na parede fria do corredor, um calor nervoso percorreu meu corpo com a sua proximidade.

Céus, ele cheirava a sexo. Notei que por dentro do manto dele a camisa branca do uniforme estava com alguns botões abertos, como se ele estivesse emanando sua energia sexual para todo o meu corpo.

Soltei o ar, tentando lembrar a mim mesma que aquele era o mesmo Draco Malfoy. O mulherengo de Hogwarts. Eu duvido que ele já tenha usado uma mesma menina por mais de uma noite, e eu serei apenas mais uma. Porém, Draco nunca falou comigo a menos que fosse para fazer uma ameaça.

Ele também me observa descaradamente, avaliando o meu corpo de cima a baixo. Ele é tão observador que me faz ficar vermelha de vergonha.

- O que você quer, Malfoy? - Pergunto, tentando transparecer coerência na minha voz. Eu sabia que cada gota de meu nervosismo lhe daria prazer de continuar fazendo seus joguinhos.

Seu rosto estava tão próximo do meu quando ele sussurrou"Você" que meu corpo reagiu involuntariamente quando o calor se formou abaixo da minha barriga e o calor subiu pelo meu pescoço. Que minhas bochechas esquentaram, piorando ainda mais minha situação diante dele.

- Tenho certeza de que você não está acostumado a ouvir isso, Malfoy. - posso sentir minhas sobrancelhas mexendo com minhas palavras saindo rápido demais. - Não estou interessada.

Ele me dá um sorriso muito atrevido, cheio de conotação sexual.

- Vamos lá, Granger. Dizer que não se sente atraída por mim não me parece muito inteligente da sua parte, mas... - ele segurou meu rosto, deslizando o polegar suavemente por minha bochecha, aproximando-se de meu ouvido e sussurrando - Como posso persuadir você então?

Merlin.

Se ele me tocar assim de novo, não irei resistir, sua proximidade despertava pensamentos indiscretos em minha mente.

O que diabos estou pensando?

Por que ainda não saí correndo?

Isso soa tão errado, tão impuro.

- Você não pode! - digo áspera, devido a esses pensamentos, tentei afastá-lo, guerreando comigo mesma para não ser tola e acabar cedendo. Mas seu braço endureceu quando ele me pressionou contra a parede do corredor.

- Você está me apertando...

- Eu sei que você está gostando...

- Como eu disse, não estou interessada... - menti, descaradamente.

- Tem certeza? - Ele perguntou, tão sedutor que eu quase desmaiei. Suponho que o sorriso convencido no rosto dele fosse porque ele tinha notado minha reação.

- Seu corpo não nega, Granger... - murmurou ele contra meu pescoço. O músculo de seu peito se esfregou contra o tecido fino da minha blusa, e uma explosão de ondas de choque do meu peito para o meu estômago.

Acalme-se, Hermione.

- Seus mamilos estão duros. Granger, você deve estar toda exitada. Sabe o que isso significa? - Ele sussurrava lentamente, como se eu realmente fosse estúpida demais para entendê-lo. - Que você quer ser minha... e você não tem ideia do quanto eu quero isso, e não ligo se você é uma porra de sangue ruim...

Minhas coxas se apertaram juntas e involuntariamente deixei um suspiro sair. Eu quero tanto que ele me beije. Ele, obviamente, estava adorando cada segundo da minha situação.

- Quer ir em um local mas privado?

- Sim - O sussurro saiu dos meus lábios antes que eu pudesse impedi-lo.

Droga,

Quem consegue dizer não para ele?

Deixei que ele me guiasse até as masmorras dos monitores chefes da Sonserina. Estou nervosa, nunca entrei em nenhuma ala Sonserina e realmente tem um ar sombrio devido ao tom verde exuberante.

Observei quando Draco foi até uma parede e levantou uma tapeçaria, revelando uma segunda porta que também se abriu. Era uma sala secreta sem janelas, com um fogo mágico crepitando na lareira, protegido por um alto e forte guarda-fogo.

Uma lamparina ardia em chamas, suspensa do teto por uma serpente. Havia alguns móveis rústicos e um sofá bem no meio da sala. Pensei em dar meia-volta, mas o desejo ainda ardia em meu corpo. Decidi tirar a roupa, caso contrário, sairia correndo. Enquanto Draco lançava um feitiço na porta, eu já estava seminua, usando apenas uma calcinha.

Ele me agarrou por trás, curvou a cabeça no meu ombro e seus lábios tocaram meu pescoço, provando minha pele. Meu corpo cedeu e e deitei a cabeça no ombro dele, permitindo que ele me tocasse onde quisesse.

Sete infernos, em chamas por ele me vejo, ardendo de desejo...

E ele, inabalável, me toca com a suavidade do vento...


Trepando com Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora