Sinônimo de Confusão.

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Após o treino da Sonserina, encontrávamos à beira do lago negro, batendo um papo ainda sob o treino. Quando vi Hermione e suas colegas. Dei-lhe as costas. Desejando que ela não tenha me visto.
 – Draquinho, lá vem a tua namorada. –Avisou Pansy.

Merda! 

– Ela não é a minha namorada - resmunguei. - Não tenho namorada e não me chame assim. Olhei por cima do ombro para ver se ela já tinha me visto, e creio que sim. Hermione caminhava até mim, com os raios  luminosos do sol enaltecendo o brilho de seus cabelos castanhos. Fingi não reparar na beleza dela, mas, Théo  e Blásio olhavam Hermione de cima a baixo.
 – Aí vem ela. – disse Pansy, soltando umas risadinhas.
 – Eu sei – eu disse irritado.
– Tá se amarrando Draco? – Debochou Blásio. 
– Ora essa, tá maluco? Que me amarrando o que! – O olhei de cara feia.
Pansy  repetiu o aviso. 
– Continua a vir. 
Olhei de novo e  desta vez meu olhar encontrou os de Hermione, ela estava bem na minha frente.
 – Malfoy? – Os lábios macios e rosados, mal chegam a se mexer enquanto formulam o som quase inaudível de sua voz, parecia nervosa. Ela nunca esteve tão perto de nos Sonserinos. – Oi. – Cumprimentou o grupo todo. Os únicos a cumprimenta-la foram Blásio, Théo e Daphne. 
Astória, Pansy, começaram a insultá-la. Fiquei só escutando. 
– O que quer aqui Sangue-Ruim? – Pansy perguntou. 
– Não seja tola, ela é a nova integrante da nossa gangue. – Brincou Théo.
– Nem nos seus mais doces sonhos, cara! – respondi um tanto irônico.
Hermione parecia confusa e olhou diretamente para mim. – Malfoy, precisamos conversar...  ela disse, ignorando meu desdém.
– Olha só a sangue ruim, tá que tá hein?  – Insinuou Astória.
 – Então, a lésbica dá Gina estava certa. Você e o Draquinho...  – comentou Pansy –Então, quem vai ser o próximo?  Theo? Blásio? 
– Ah, como assim? – Notei quando as sobrancelhas  de Hermione franziram em confusão, e porra, eu tenho que tirar ela desse embaraço, porém, Hermione soltou uma gargalhada – Essa sua implicância com a Gina ser lésbica, não seria porque você está apaixonada por ela? 
O grupo todo caiu na risada e Pansy ficou vermelha de raiva. 
– O que acha que seus amigos vão pensar de você quando souberem o que você é?
 – E o que eu sou Pansy? – Hermione cruzou os braços, imitando o gesto ameaçador de Pansy. 
– Uma distração? Uma vadia?  
Imediatamente  impedir Hermione de ir adiante. Segurei o pulso dela firmemente. Arraste-a até estamos escondidos atrás de uma árvore robusta.

... 
Eu não acredito que ele estava poupando a Parkinson de levar um tapa, depois de todas aquelas insinuações. Porém, isto era o de menos, porque a dor que tomou conta do meu coração ao ver novamente a indiferença naquele olhos  cinzentos de Draco foi muito, muito, maior,  de todas as ofensas já ditas por ele.
 – Por que você estava agindo tão indiferente? Por causa dos seus amigos? 
– Eu sempre tratei você assim, esqueceu?
– Não  importa. – meu corpo ainda vibrava com as recordações da noite anterior –  Você disse que eu ia acordar com você.  
– Está gostando de mim, não é? – ele riu sem mostrar os dentes.
— É você que está falando.  – O sorriso debochado sumiu dos lábios dele. A ansiedade tomou conta do meu corpo, ele estava provocando sentimentos que eu ainda não sabia ao certo como interpretar. – E você gosta de mim?
Ele me encarou, inexpressivo. Então ficou muito vermelho.
 – Não. Quero dizer, talvez. Eu, não sei. 
Quando ele deu de ombros, presumir que já sabia a resposta. E soube naquele exato momento, que precisava esconder meus sentimentos. Devo repetir a mim mesma que estamos ligados apenas pelo prazer. Lembrar-me que ele jamais poderia pensar mim de outra forma, que não fosse uma distração. Pansy estava certa, eu não tenho nada a ver com ele, não sou uma mera distração. E estou certa, que esse é o único laço que ele deve reconhece entre nós. Não que eu me sentisse humilhada por isso, e sim, devo respeitar meus valores e sentimentos. 
Amar alguém que não deseje essa dádiva é como se afogar em um mar de ansiedades. E eu não quero torná-lo objeto dos meus sentimentos, pensamentos, anseios e mágoas.  Vamos Hermione, diga adeus.
– Então adeus, Malfoy. Dei-lhe as costas.
– Espere.  Ele agarrou meu pulso me impedindo de ir embora, respirei fundo e coloquei as mãos no peito dele, seu coração disparou, assim como o meu. – Não vá assim! A última coisa que quero é...
Ele me olhou e travou o maxilar não se permitindo continuar, não hesitei em perguntar olhando bem na cara dele.
– Quando estamos juntos isso deveria significar algo para nós dois? 
— Você tem direito a imaginar o que bem entender, suponho. 
A resposta que ele me deu fez meu coração doer.
— Você Supõe? – Segurei as lágrimas enquanto ele fazia  cara de quem gostaria de dar uma resposta desdenhosa.  — Por acaso você está tentando ter uma dr comigo sob sentimentos, Granger?
— Talvez. – Meus olhos faiscaram de raiva. - eu não sabia distinguir qual das emoções era mais forte. A vontade de chorar ou a de esbofetear o rosto desdenhoso dele.
Draco pôs as mãos atrás da cabeça,  sua camisa arregaça, expondo um pouco de sua tatuagem. Ele parecia relaxado quando me perguntou o “Por que?” 
– Eu não... eu não sou... – Meu coração bate mais rápido, e fica difícil respirar e não consigo pronunciar as palavras que considerava um tanto vulgar – Esquece! Vamos apenas trocar um aperto de mãos e fingir que nada aconteceu entre nós.
Lhe estendo a mão e ele pega.
 – Certo. – Concordou, meio que rindo e isso me irritou ainda mais.
Babaca. 
Atrevido. 
Insolente. 
– Certo. – Confirmei, ao mesmo tempo sentindo um vazio que imediatamente me  fez pensar em voltar atrás. 
Ele ainda segurava minha mão quando me puxou para seus braços e me agarrou pelas pernas, colocando-me sobre os ombros – Nós mal começamos e você já quer terminar, Granger. 
– Me larga agora! 
– Não antes de tomamos boa uma chuveirada. Estou todo suado e você precisa esfriar a cabeça.
  – Pare já, me põe no chão. – Tento me desvencilhar e quando ele começa a andar, sinto que vou morrer de vergonha.
– Me solte! Não estou achando graça nenhuma!
Draco ignora certos olhares e piadinhas de seus amigos e segue em frente. 
– Você vai pagar por isso. Eu juro!
– E quem vai me punir? – escutei uma risadinha vinda dele –  O cicatriz? 
Draco entra no vestuário da Sonserina, e minha nossa,  alguns garotos caminhavam de um lado para o outro seminus. Eu já disse que vou morrer de vergonha? Draco entra num espaço reservado para o banho e se ajeita bem embaixo do chuveiro. 
– Eu não quero tomar banho Draco, me solta! Minha suplica foi em vão. Um jato de água me atingiu em cheio.
Tento mais uma vez desvencilhar dele e acabo ficando toda molhada.
 – Água morna não tá resolvendo Granger. Ele mexe no regulador e a água fica completamente gelada, meu corpo começa a tremer involuntariamente por causa do  choque térmico, ele ri. 
 – Já se sente mais calma? Ainda que terminar o que ainda nem começamos? – A voz dele era puro sarcasmo, e quando ele me soltou, aproveito para enchê-lo de tapas. – Eu odeio você! 
– Não ligo. – Ele zombou enquanto se defendia dos meus tapas. Depois de alguns segundos, segurou meus braços e me lascou um beijo. Confesso, ele era irritante, debochado, atrevido, uma chateação.  Sinônimo de Confusão. Definitivamente, com "C" maiúsculo, tampouco, era impossível resistir aquele beijo. Um calor começou a se espalhar por meu corpo, vencendo o frio, abracei Draco com força, correspondendo àqueles lábios que esmagavam minha boca, ágios e gentis ao mesmo tempo. As mãos dele percorreram o meu corpo, explorando cada curva. Soltei um gemido quando  a ereção me pressionou entre as penas, provocando uma leve excitação ardente. A vontade era que ele nos livrasse das nossas roupas e me possuísse ali, contra o box, com minhas pernas entrelaçadas em sua cintura enquanto me penetrava.
– Porra, Draco! Isso não é hora. O professor Snap vem aí. – Blásio avisa.
Draco para, pensativo , morde o lábio, e me larga bruscamente, fecha a torneira e sai do box. Cruzo os braços na tentativa de manter o corpo aquecido, meus cabelos estão grudados no rosto e minhas roupas encharcadas.
 Blásio me oferece uma toalha e o corto seca. 
–Eu não quero nada que venha de vocês! – sai do box furiosa. Draco me olha rindo.
 – Você vai pegar um resfriado, aí não vamos poder fazer as pazes mais tarde. 
Merlin, eu vou bater nesse garoto.
– Idiota, está tão encharcado quanto eu! 
– Tá querendo enxugar meu cabelo de novo, não é? 
Draco puxa a camisa por seus braços, reparei na tatuagem de caveira e serpentes cruzadas no início de seu abdômen.  A tinta é negra contra a sua pele pálida. É uma tatuagem incrível, apesar de estar especialmente relacionada á bruxos com mais intenções.
Ele pega uma toalha e começa a se enxugar. Os músculos contraindo. Me pego olhando e Blásio me assusta com sua voz grossa. 
– Então, quer uma toalha ou vai ficar aí babando?
 – Vão à merda. Os dois.
 – Que boca suja, Granger. Uma garota como você tão inteligente dizendo essas coisas! - Disse Draco, com seu sorriso de escárnio. – Da próxima vez que tomarmos banho juntos, me lembre de lavar a sua boca. 
– Então vai ter uma próxima vez? Isso tá ficando sério? – perguntou Blasio, cheio de malícia. 
Draco ignora o comentário, prende a camiseta na cintura e sai do banheiro. 
 Exibido,
Idiota!
Blásio vai atrás dele.
– Ei você... 
Um garoto que estava prestes a deixar o banheiro, por sinal, muito bonito. Praguejei baixinho por ter esquecido minha varinha no criado mudo, quando ele  me olha de cima a baixo com más intenções. – Pode me emprestar sua varinha? 
– Só se rolar um favorzinho em troca, topa?
 – Só se você quiser levar um murro na cara, topa? – disse uma voz arrastada. Draco reaparece no vestuário, fuzilando o garoto com o olhar,  que vai embora sem nem olhar para trás, todo desconfiado. 
Uma centelha de raiva passa por meus olhos enquanto acompanhava cada movimento dele. Draco vai até o armário, pega duas toalhas e vem até onde estou, abre uma delas e a coloca sob meus ombros, e usa a outra para secar meu cabelo, e percebo que ele está rindo feito idiota. – Por que está rindo? 
Ele aproxima os lábios da minha orelha e sussurra, soprando seu hálito quente de menta na minha pele fria  – Seu cabelo está espetado para todos os lados...
O empurro.
– Já não foi dito que garotas no vestuário masculino é proibido Sr.Malfoy? – A voz do professor Snap era extremamente calma e fria. Ele me olha dos pés a cabeça  – Explique-se Granger, o que está fazendo toda molhada? 
– Bem, para dizer a verdade... – Não iria omitir o que aconteceu, mas Draco me cortou, exibindo um sorriso de escárnio..
– Deixe que eu explique, professor...

Trepando com Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora