Bruxas também brigam por garotos.

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A boca de Gina se abriu em choque.

– Hermione?
 Draco me largou bruscamente, mas não tirou os olhos de mim.

– Gina?
Ela tampou os olhos e disse. – Desculpa, eu não estou vendo nada. E saiu correndo do banheiro, fui atrás dela .

– Gina, o que foi?
 

– Você não apareceu na masmorra. Alecto ficou preocupada e me mandou procurar você. Gina fala tudo rápido e seus passos seguem o ritmo de sua fala. Estava difícil alcança-la. Ela parecia chateada. 

– Gina, por favor, espere!

– Hermione, sua pervertida! – ela diz alto, e seu tom de voz sugeria que ela estava rindo. Continuei andando atrás dela em silêncio.

Ela parou de andar e virou, cruzando os braços. – Não acredito que você estava quase trazendo com ele...
 Permaneci calada sem saber o que responder, extremamente envergonha. Isso é tão humilhante. Agora ela estava me fuzilando com o olhar.

– Hermione, você está me matando de curiosidades... Há quanto tempo isso está acontecendo? – Gina pergunta impaciente. – Como foi que conseguiu seduzir o Deus do sexo?  

Deus do sexo? Ela já ficou com ele? Respirei fundo e contei tudo para Gina. Do esbarrao ao quarto secreto da Sonserina. Quando terminei ela ficou em silêncio. Assimilando tudo. 

– No que vocês estavam pensando? 

– Eu não estava pensando. Simplesmente aconteceu. 

– Draco Malfoy definidamente não te odeia.  Ela meio que riu ao dizer isso. – Vai ser muito estranho esbarrar com ele e não imaginar vocês dois transando. 

–  Gina! – coro rindo.

– Apenas tome cuidado, ele não é flor que se cheire, mas acho que ele deve estar caidinho por você. Eu vi como ele te tocava, e Deuses! eu fiquei excitada. Você tem sorte. Ele nunca fica com uma garota uma segunda vez.  Ela parecia triste ao dizer isso.

Nesse momento Draco passou por nós com as mãos no bolso e deu um sorrisinho convencido. Gina corou ardentemente. E não hesitei em perguntar. Movida por ciúmes.

– Como você sabe tanto sobre ele? - minhas sobrancelhas arquearam. Só de pensar em Gina e Draco fazendo coisas fico com mais ciúmes do que posso admitir. Acho que ela percebeu porque disse.

– Se quer saber, eu não fiquei com ele. Mas tenho amigas Sonserinas que me contam tudo.

– Hm. – Algo me diz que ele já deve ter ficado com elas. - Bom, preciso voltar ao banheiro. Corro para o mesmo e entro no toalete, tranco à porta. Abaixo a tampa da privada e me sento sobre ela. Por que estou cedendo a ele dessa maneira? O pensamento me envergonha. E agora isso, ciúmes? O que há de errado comigo?  Ouço passos e alguém bate na porta. 

– Granger, precisamos conversar? Conhecia muito bem aquela voz irritante. Pansy Parkinson. 

Destravo à porta e escapo para fora do toalete.

– Olá bruxa, – ela diz,  me olhando com o nariz empinando dos pés a cabeça – Eu te ouvi, sabia? 

Astória se posiciona ao lado dela, e Lilá estava entrando para usar o banheiro.

– Que história é essa entre você e Draco? 

Eu congelo. 

–  Eu ouvi você e a lésbica da Weasley conversando. 

Merlin, ela acabou de chamar a Gina de lésbica?

– A sem sal é realmente uma puta de uma lésbica. Completou Astória rindo. 

Merlin, me segura eu vou rasgar essa garota.

– Ouvi algo sob vocês dois estarem se pegando e agora a lésbica da Weasley estar se matando de chorar. Você não sabia, Granger. Ela gosta dele. 

Fico boquinha aberta. 

– Não que ela tivesse alguma chance com ele.  Diz Astória.

–  A Granger aqui também acha que teria alguma chance com ele. Acho que o Draquinho bateu a cabeça por aí e anda dando esperanças a qualquer uma. – O sorriso no rosto de Pansy era de envenenar. Como uma serpente. – O McLaggen estava certo. Você é uma... Draco só estar usando você. 

  - Granger, acorda! Ele é sangue puro e você é uma maldita sangue ruim.

Não consigo sequer processar as palavras delas. 

– Nunca mais chame Gina de lésbica. 

Pansy riu e deixou de roer as unhas. – Lésbica? – ela fez uma cara de desentendida. – Gina Weasley é uma Lésbica!

Eu bato nela com tanta força que rolamos no chão do banheiro. Astória está rindo e incentivando Pansy a me bater. Lilá implorava para que paremos de brigar.  E então alguém me tira de cima dela, meu cabelo está todo arrepiado. 

– Oque está acontecendo aqui? – Alecto diz, segurando-me. 

- Hermione atacou Pansy. - diz Astória.

-  Parkinson estava falando coisas invencíveis para Hermione professora. - diz Lilá.

- Pansy estava apenas se defendendo. – Astória rebate.

Algo pinga do meu rosto, passo a mão e vejo que é sangue. Desgraçada. Tento avançar encima dela de novo, mas Alecto aperta meu braço.

- Estão vendo como ela é agressiva? Ela quebrou meu nariz... – Pansy começa a fazer uma série de acusações, tocando o nariz como se estivesse doendo.

Eu estou tão brava que minha pele queima.

- Basta!  Alecto diz. – Granger, o que aconteceu? 

– Bom, A Pansy chamou a Gin... - eu sussurro sem conseguir formar as palavras que eu precisava dizer. – Desculpe professora. 

 – Tudo bem. – Ela me solta e manda Lilá para o dormitório. 

– Eu estava aqui. – A voz dela se enche de coragem – Eu vi acontecer.

 – As quatro, para a diretoria. 

– Perdão professora, mas a Pansy precisa ir para ala hospitalar.

Alecto vai até Pansy e inspeciona o nariz dela. – Não está quebrado. Por favor, evitem falar até que cheguemos a sala do diretor.

Astória fecha a cara e suspiro um pouco aliviada. Seguimos em silêncio. Confesso, estou nervosa. Nunca fui mandada para a diretoria por motivos como este! 

Alecto começa a subir as escadas na frente. e quando Pansy passa por mim, murmura. “Vou matar você. Vaca.” 

 Então, eu simplesmente assenti com a cabeça, torcendo para que ela me deixasse em paz.

O que mais me preocupava agora, era Gina.

Trepando com Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora