𝐄.𝐓.: 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑓𝑖𝑐 / 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖𝑑𝑎
Yang Jeongin podia dizer que sua vida era simples para um garoto da sua idade. Um de seus hobbies favoritos era estudar astrologia. Sempre que olhava para as estrelas, imaginava quantos mais planetas dever...
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Há quanto tempo eles estavam esperando?
Olhavam para o rapaz pelo vidro da sala – por mais que ele soubesse que estava sendo observado – na esperança que ele falasse algo, mas estava com uma expressão vazia desde o incidente.
A polícia havia cedido espaço para todos aqueles agentes do governo. Já ficando impaciente, Seo Changbin acabou indicando para seguirem em diante.
— Senhor, ele vai ficar daquele jeito até quando? — Minho acaba perguntando, notando seu chefe sério desde que haviam chegado ao local.
Mas a única coisa que Changbin fez foi deixar o café que tomava em uma das mesas, pegar a pasta de informações sobre o caso e se retirar dali, não demorando muito para que Minho o visse entrando na sala de interrogatório e se sentando na cadeira em frente ao rapaz.
Minho não sabia mais o que fazer. Como eles haviam chegado naquela situação? Como Jeongin estava envolvido naquilo tudo se, a pouco tempo, estavam acampando juntos?
Por falar naquele acompanhamento, ainda tinha que conversar com Felix o que havia acontecido. Ele não saia do quarto já fazia dias e o mais velho estava começando a se preocupar com a saúde dele...
Não só com ele, mas outra pessoa com que trocou palavras significantes.
Ele balançou a cabeça. Ainda estavam em ambiente de trabalho e tinha que manter o foco.
Enquanto isso, Changbin parecia analisar o rapaz em sua frente. Estava com a cabeça baixa e os olhos inchados, mas sem emoção que pudesse esclarecer o que estava sentindo. Raiva? Tristeza? Sabia que culpava Changbin pelo ocorrido de antes...
...mas ele só estava fazendo o trabalho dele.
— Jeongin? Você é Yang Jeongin, não é? — começa a analisar os papeis na sua frente, passando o olho rápido como se já soubesse tudo o que precisava — Olha garoto, se você quer ir embora, vai precisar responder algumas perguntas antes. O que acha?
Ele permaneceu quieto, mas Changbin acreditou que havia sido escutado.
— Ok, acho que você tem noção do que está acontecendo aqui... eu estou tentando ajudar você, poderia fazer o mesmo por mim, não acha? — deixa a pasta de lado — Sobre o alienígena que estava em sua posse...
— Seungmin — disse fraco, mas com intenção de corrigir o mais velho — Não é alienígena. O nome dele é Seungmin.
— Certo... Seungmin — se aquilo fosse fazer o garoto falar, não se incomodava em entrar no jogo — Seungmin estava escondido com você. Gostaríamos de saber o motivo, se ele estava fazendo você de refém, se ele comentou o motivo de ter vindo...
Changbin ia falando, mas Jeongin não escutava nada. Estava preso naquela imagem, dos milhões de fragmentos que a nave de Seungmin deixou naquela explosão.
Tudo tinha sido tão rápido. Escutou gritarem pelo seu nome – Hyunjin talvez – depois de sair correndo até o local da explosão com todas as forças que seu corpo arranjou na hora. Era alguma brincadeira sem graça, tinha que ser... Seungmin tinha que estar bem.
O fogo acabou pegando parte da floresta e Jeongin pouco se importou se iria se queimar ou não, desde que chegasse na cabine e o salvasse.
Ele tinha que ter salvo.
Escutou seu nome de longe, o helicóptero sobrevoando acima dos escombros, sons de passos – provavelmente aqueles agentes idiotas – e ainda mais a cabeça bagunçada do rapaz que só pensava em Seungmin.
— Seungmin! — gritou — SEUNGMIN!
Era sentir sua garganta e seus olhos, uma sensação que Jeongin não desejava para ninguém. A medida que ele entrava mais no fogo, mas tonto por causa da fumaça ele ia sentindo. Acabou tropeçando no meio do caminho, mas estava perto o suficiente da cabine principal.
Tão perto...
Seungmin estava ali... ele tinha que estar!
Mas a fumaça forte o fez desmaiar.
Era isso que ele se lembrava, apenas isso. Quando acordou, estava em uma ambulância acompanhado de alguns agentes. Ao receber alta do médico, foi encaminhando a delegacia mais próxima para aquele interrogatório que não tinha fim.
Ele só queria ir para casa.
Deitar na sua cama, fechar os olhos e chorar.
Isso se ele conseguisse... estava tão sufocado com tudo aquilo que tinha medo de sonhar e lembrar do sorriso do alienígena sem vergonha que acabou se apaixonando.
— ...poderá ir — Changbin acaba encerrando — Jeongin?
A porta da sala foi aberta e duas pessoas acabaram entrando. Uma acabou indo até o lado de Jeongin e chamando por ele, segurando sua mão e indicando que não estava sozinho.
Já o outro... acabou levantando Changbin da cadeira e o prendendo contra a parede, dando a entender que não estava muito de bom humor.
— Sabe muito bem que pode ser preso se bater em um agente do governo...
— Eu arrisco a tentativa — Chan diz — Hyunjin, leve o Jeongin para o carro.
Hyunjin apenas concordou e indicou para Jeongin ir com ele, mesmo dando ao ver que nem forçar para andar o mais novo parecia ter.
Minho acabou surgindo na saída, impedindo a passagem, mas Changbin indicou para liberar a passagem.
Enquanto isso, volta a olhar para o antigo colega.
— Posso denunciar você por estar colaborando com o alienígena. Afinal você estava dirigindo aquele carro — sorri — Eu sou um ótimo amigo, às vezes, não acha?
— Seungmin não era uma ameaça a ninguém — diz — Eu estava observando ele. Não ia fazer mal a ninguém!
— Você diz agora, não é? Como poderia ter certeza futuramente? — empurra o mais velho e ajusta sua roupa — Ia proteger um E.T só pelo fato dele ter se apegado aquele garoto e "fingir" ser um humano? Chan, onde você bateu a cabeça?
— Eu quem pergunto isso — retruca — Ele já estava indo embora... por quê lançou aquele míssil?
— Ordens de cima — comenta — Mas a ameaça está neutralizada. Tenho certeza que você não tem mais motivos para estar aqui, afinal, você se aposentou.
Chan sabia muito bem que discutir com Changbin não ia levar a lugar nenhum e que havia mais coisas importantes em jogo. Apenas se virou para ir embora e passou por Minho visivelmente irritado.
Aquela história ainda não havia terminado.
— O que vamos fazer com o garoto?
— Por enquanto, nada — ele acaba se apoiando na mesa — Algo da equipe que está na nave?
— Ainda estão analisando os destroços.
— Acho que não tem mais nada o que você pode fazer por hoje — mexe no cabelo do Lee — Pode ir para casa. Ligo se encontrar alguma coisa.
Ainda bem que abaixou a cabeça ou Changbin teria visto seu rosto vermelho.
Tinha que parar de ser daquele jeito...
— O-Onde o senhor vai?
— Vou dar mais uma olhada nos destroços — comenta — Sinto que meu trabalho ainda não acabou...
•------☆------• Notas finais
Olha só quem voltou?! Quero agradecer a todos que esperaram com paciência esse tempo que acabei tirando para hiatus e juro que voltei a 220, com a cabeça mais inspirada que antes.
Antes da segunda temporada de Survival Code voltar - para quem está acompanhando também - irei terminar a segunda temporada de E.T logo
Bem, quem vai me acompanhar nessa segunda temporada?!