Capítulo 11 |O que?|

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|Akaza|

Ele quis morrer, tentei pedir desculpas de todas as formas possíveis, mas nada funcionou, saí de lá porque não aguentaria ve-lo morrer assim, nunca tinha visto tantas lágrimas como tinha no rosto dele, parecia uma cachoeira infinita, da qual sairia mais lágrimas e lágrimas até ele não ter nada. Foi andando pela floresta sem muito rumo que eu parei ao lado de uma árvore e soquei ela com força, amassei seu tronco com o impacto e andei de um lado pro outro quase arrancando meus cabelos - fui um idiota, eu não achei que ele fosse morrer porque no templo não deixariam isso acontecer, mas não achei que fosse sair de lá, matar as pessoas de lá, mesmo que ele nunca tenha se importado em aprender o nome de qualquer um de lá ainda sim, eu não imaginei que ele mataria todos.

- QUE MERDA! - após alguns segundos ouvi um pof ao meu lado e levei um susto ao ver que...- o que... Como que... Isso é... um bebê.. ou... Um mini Douma...

??: Hm...

O que surgiu ali ao meu lado no chão, foi um pivete, ele era extremamente parecido com o Douma quando era apenas uma criança, mas quando a criança olhou para mim vi que sua mão tinha a mesma marca que a minha, além de ter características físicas um pouco parecidas a mim, o mais estranho é que... Não tinha cheiro algum de um humano.

- Pivete, de onde você saiu?

??: Dggfgdggdgdy - ele começou a se babar todo e olhou para mim - Hdhdgdgds

- Aham..

Não posso deixar isso aqui - peguei no colo com cuidado e fui abraçado, a criança colocou a mão cheia de terra na minha cara e ficou tentando pegar no meu cabelo enquanto andávamos por ali.

- O pivete, para por favor!

??: Pa hmmmm dhhdgd.

- Tu falou o que?! - não eu não ouvi isso, estou louco.

??: pof pa hmmm... - Ele conseguiu pegar meu cabelo e o puxou.

- CRIANÇA! - o bebê me chamou de... Pa?! PA?!

Ele riu da minha cara e eu soltei sua mão do meu cabelo, a prendendo bem ali, com seu sorriso vi que ja possuia dentes - Ta, dois dentes em cima e dois em baixo - E andei pela floresta, apenas carreguei essa criança porque sabia que não era um humano e além disso era quase uma copia do Douma, não era apenas uma mera coincidência.

- E agora, aonde vou... O que eu faço...

Olhei para o céu, vendo que o sol com certeza ja tinha saído de trás das montanhas e Douma já não estaria mais vivo, respirei fundo porque... Precisava disso, não surtar era a base para a solução. Em meio ao meu desespero em si, ouvi vozes próximo a mim, parecia uma discussão severa, me aproximei porque reconheci a voz do Kokushibo e fui até o lugar das vozes reconhecendo a segunda voz e me assustando de vez ao ver Douma em frente ao Kokushibo com ódio nos seus olhos arco íris, parei um pouco longe da briga que rolava entre os dois.

Douma: Não tente fazer isso novamente, não preciso que você me mantenha vivo Kokushibo, eu não quero isso merda!

Kokushibo: Foram ordens do mestre, não tô nem aí se não quer!

Douma: Foda-se o mestre, a vontade é minha não dele!

Kokushibo: Olha a boca, cacete! Só obedeci!

- GENTE... Eu... Preciso de ajuda...

Douma: Não é hora para conversa Akaza de mer... Da... - Eles dois olharam para a criança, a criança olhou pro Douma e os dois ficaram se encarando em silêncio por um tempo, até ele abrir um sorriso e falar.

Deixe A Neve Cair • AkamaOnde histórias criam vida. Descubra agora