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Capítulo 33

Leleco

Eu nunca fui um exemplo de responsabilidade, mas dessa vez eu tinha ido longe demais, eu ultrapassei todos os limites da irresponsabilidade e agora não sei nem onde enfiar a cara.

Ir atrás da Catherine bêbado foi um ato completamente impulsivo e irresponsável, eu vi aquela menina crescer então não tinha nenhum cabimento uma loucura dessas. Eu já tinha prometido pra mim mesmo que todo o meu tesão por ela ía pro túmulo junto comigo, porque não é algo que eu possa realizar, a Cathe é um espetáculo de mulher mas é filha de um casal de amigo muito importante pra mim, eu a vi crescer então é uma completa loucura todo esse meu desejo por ela. 

Desejo esse que apareceu assim de uma hora pra outra, eu nunca esqueci a primeira vez que olhei pra Cathe com "malícia", a primeira vez que a desejei como mulher, porque foi uma coisa tão louca e "anormal" que eu simplesmente não conseguir esquecer, e também porque depois daquele dia eu nunca mais consegui a ver como antes. 

Era o aniversário dela de dezenove anos, a festa era na ilha da Helô em Angra e era só pra família e os amigos mais próximos, e tava tudo numa boa até eu bater os olhos nela. 

FLASHBACK ON ⏳

Barão: você não bebe demais não hein? Não vou ficar de babá pra ti nem fudendo. - avisa e eu reviro os olhos. 

Leleco: relaxa caralho, já não falei que tô numa boa?

Fafá: parou vocês dois, lá vem a aniversariante matar o pai dela do coração. - fala rindo e eu olhei pra direção que ele apontou com a cabeça. 

Quando eu virei a cabeça eu vi a Catherine saindo de casa e vindo pra área externa da casa. Era uma cena normal se eu não tivesse começado a reparar nela inteira.

O cabelo solto, o riso froucho, a olhar fatal, o corpo cheio de curvas em um biquíni minúsculo...foi como se em um piscar de dedos tudo nela começasse a me atrair e eu não conseguia tirar os olhos dela. 

Eu comecei a tentar pensar em outras coisas, mas eu não conseguia desviar a minha atenção dela, ainda mais quando ela se aproximou da gente pra entregar alguma coisa pro Fafá. 

Cathe: toma cara chato. - fala entregando o óculos pro Fafá. 

Fafá: chato é o teu passado Catherine... ops...nem deve ter, tá saindo das fraldas agora. - fala divertido.

Cathe: vai se fuder Fafá. 

Fafá: olha a boca suja hein? Vou dizer pro teu pai. 

Cathe: e vocês dois? Não vão me dar parabéns não? O chato do Fafá já falou comigo mas vocês nada...

Barão: pô parabéns Cathe. - diz beijando a testa dela - Você é tipo um sobrinha pra mim tá ligada? Deixei teu presente com a Helô.

Cathe: valeu Barão. - fala sorridente e me encara logo em seguida. 

E o olhar que ela me lançou me acertou em cheio. Minha cabeça tava a mil, eu tava desejando ela mas ao mesmo tempo toda a minha parte racional tava tentando lutar contra aquela sensação completamente nova. Mas eu juntei todas as minhas forças e sorri beijando a testa dela como o Barão fez a alguns segundos atrás, não podia deixar transparcer nada dessa lapso.

Leleco: parabéns Cathe. - digo e ela me encara. 

Cathe: nossa que parabéns xoxo...- reclama e os cara ri. 

Leleco: xoxo? Ih qualé? Vem cá então. - digo fazendo exatamente o que eu não deveria, puxando ela pra um abraço.

Se a minha cabeça já tava em luta sem eu tocar nela, encostando a bicha entrou em guerra, passei os meus braços em volta da cintura dela puxando a mesma que passou os braços pelo meu pescoço. Quem visse de fora era só uma abarço normal, mas pra mim era como se eu tivesse cavando a minha própria cova, ter aquela menina/mulher tão exposta nos meus braços era a concretização que a minha mente ardilosa precisava pra deseja-la ainda mais.

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