#65: "Eu te amo tanto, meu filho"

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18:50

DYLAN

Estou vendo TV enquanto o Krystoff toma banho, mas a campainha toca

Dylan: — Já vou

Levanto e abro a porta, dando de cara com o meu pai

Dylan: — Pai?! — digo surpreso

Pai: — Oi, meu filho. E-eu posso entrar? — disse um pouco envergonhado

Dylan: — Claro, pai — digo dando espaço pra ele entrar

Ele o faz

Pai: — Eu tenho uma coisa pra conversar com você

Dylan: — Senta

Pai: — Certo

Sento no sofá e ele senta também

Pai: — Eu quero te pedir perdão por ter te rejeitado, meu filho. Aprendi que é normal você gostar de rapazes, e que não interessa o que os outros vão pensar, o que importa é o amor

Fico surpreso com o meu pai e meus olhos enchem de lágrimas

Dylan: — Sério, pai? — pergunto com a voz embargada

Pai: — É claro

Dylan: — Não sabe o quanto isso me deixou feliz — digo avançando nele em um abraço

Pai: — Então você me perdoa, filho?

Dylan: — Claro

Ele retribui o abraço

Pai: — Eu te amo tanto, meu filho

Dylan: — Eu também te amo, pai

Cessamos o abraço

Pai: — Tem mais uma coisa

Dylan: — O quê? — pergunto limpando as poucas lágrimas que caíram

Pai: — Eu vou ser direto. Eu... meio que tô apaixonado por um homem

Dylan: — Ahn?!! Tipo, quê? Você é bissexual?

Pai: — Eu não tenho a mínima ideia. Mas eu penso que... isso não importa. Eu só sei que eu gosto de outro homem e quero ficar com ele

Dylan: — Você não precisa se rotular

Pai: — Eu nunca vou precisar?

Dylan: — Pode ser que sim, pode ser que não. Tem pessoas que não ficam presas na rotulação, só ficam com quem querem e sentem atração e ponto final

Pai: — Eu também não quero ficar nessa

Dylan: — Enfim, quem é esse homem?

Pai: — Meu novo assistente

Dylan: — Humm. Conta mais

Pai: — Bom, eu tava na minha fase rude e amargo e ele começou a trabalhar na empresa. Depois de um tempo eu comecei a tratar ele melhor, eu sentia que que tinha que tratá-lo bem, sabe?

Dylan: — Sei

Pai: — Eu me peguei pensando nele várias vezes e pensei que era coisa da minha cabeça. Você sabe, eu era homofóbico

Dylan: — É...

Pai: — Teve uma vez que eu agi por impulso e a gente se pegou, mas depois eu surtei e agi como se nada tivesse acontecido.

Dylan: — Aí não, né, pai

Pai: — Eu sei que fiz merda. E agora que eu me arrependi de ter feito isso com ele, ele não fala comigo e me trata com frieza

Você é Meu Presente (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora