Domingo, 1 de janeiro de 2023
MATHIAS
— Filho da puta! Desgraçado! — digo vendo uma foto do Dylan com o Krystoff no Ano Novo. — AHHH. — grito derrubando as coisas da mesa.
A porra da polícia tirou o Marco do bunker, e agora eu tive que fugir pra não ser pego. Que merda! Ninguém entende que o Marco é meu? Foi só eu sair da cidade que o Krystoff voltou prós braços daquele viadinho sem sal.
Espera... A polícia achou o bunker, e o Kyle andava pra baixo e pra cima com o Dylan, eles até tentaram me hackear. Será que eles hackearam o sistema de segurança do bunker? Mas como eles saberiam do bunker?
— Não, o sistema de segurança do bunker não tinha como ser burlado.
Ando de um lado pro outro pensando em como eu me descuidei.
— Krystoff? Não, o Krystoff me ama, ele não faria isso comigo. Não por conta própria. Só se o Dylan coagiu ele a me enrolar pra ter acesso ao meu carro.
Ai, que ódio! O Dylan sempre consegue coagir o Krystoff.
— Por que ele tem medo do Dylan?
O Krystoff é um idiota! Primeiro ele me conhece na faculdade e não quer ter nada comigo, só um grande idiota não iria me querer. E depois, quando me tem, o Dylan dá um jeito de tê-lo de volta.
— O único jeito do Krystoff ser meu é matando o infeliz do Dylan. Se bem que isso não deu certo com o Wade...
Pego meu telefone flip e faço uma ligação.
*Ligação on*
— Mathias! O que foi que você fez? Sua cara tá em todos os jornais.— Cala essa boca, idiota! Escuta, eu preciso de uma arma e de um carro.
— Arma, é? Pra quê?
— Pra sentar em cima. Óbvio que é pra matar alguém, né!
— Queria que você sentasse em cima de outra coisa.
— Se você merecer, eu posso pensar no seu caso. Vai me dar o que eu preciso ou não?
— Vou.
— Seja rápido.
*Ligação off*— Tenho que dar um jeito no Kyle também.
[...]
Segunda, 2 de janeiro de 2022, 07:30
KRYSTOFF
Chego na faculdade acompanhado do Dylan meio nervoso. Sabe, eu tô temendo o que o Mathias pode fazer agora, já que está mais do que claro que ele é perigoso.
— É óbvio que ele não volta. — disse o Dylan.
— A polícia tá na cola dele, amor.
— Vai saber, né.
Saímos do carro e vemos o Kyle chegando.
— Bom dia! — ele diz.
— Bom dia, Kyle.
— Bom dia.
Ele parece feliz, mas não é como se ele estivesse radiante. Tô vendo que algo está o incomodando.
— O que foi? — pergunta o Dylan.
É, ele também percebeu.
— O Marco está com um problema.
— Qual?
— Ele não se sente bem quando eu o toco, ele treme sempre. Ele me disse que tá com nojo do próprio corpo.
— Ele foi abusado pelo Mathias, não foi? — pergunto.
Ele assente abaixando a cabeça.
— E com certeza não foi só sexualmente. — disse o Dylan.
— Não, ele me contou outra coisa também. — a voz dele falha.
— Kyle, vamos sentar. — sugiro.
Todos nos sentamos num banco na frente da faculdade.
— O que foi que ele contou? — o Dylan pergunta pegando nas mãos dele.
— Em uma das nossas conversas, ele disse que o Mathias injetou um paralisante nele e o deixou o dia todo paralisado. Vocês tinham que ver como ele chorava me contando.
Os olhos dele se enchem de lágrimas e ele chora baixinho.
— O Mathias deixou ele fazer xixi na roupa paralisado...
— Eu sinto muito, Kyle.
— Eu também. O Marco sofreu bastante lá embaixo. — digo.
— Ele também disse que uma vez o Mathias forjou a minha morte e o fez acreditar que eu tinha morrido.
— Nossa!
Ele seca as lágrimas e limpa a garganta.
— E vocês, agora que a polícia tá na cola do Mathias, vocês vão voltar a morar juntos?
— Bom, como você viu, o Krystoff já tá lá em casa de novo. — respondeu o Dylan.
— Só que agora eu não vou mais voltar pra casa dos meus pais, vou ficar de vez.
— Fico feliz por vocês, são meu casal favorito.
Sorrimos.
— Vai retomar o namoro com o Marco? — pergunta Dylan.
— Depois de ver como ele tá traumatizado, não vai ter jeito de retomar agora. Eu vou falar com os pais dele sobre o início de um tratamento com um terapeuta.
— Tá certo. — concordo.
— Agora essa é a melhor forma de demonstrar amor ao Marco.
Ele assente.
— Vai ficar tudo bem com ele, tá? — disse o Dylan o abraçando.
— Obrigado, gente.
Continua...
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Você é Meu Presente (Romance Gay)
RomanceDylan é um adolescente normal prestes a completar 18 anos, o mesmo perdeu a mãe cedo e mora apenas com o pai, que é um empresário ranzinza que não dá muita atenção ao filho. Ele tem dois amigos com os quais sempre pôde contar nos momentos ruins, Nic...