Terça, 3 de janeiro de 2023
KYLE
Acabo de chegar na casa do Marco depois da faculdade, hoje ele vai começar a terapia. Eu falei que ele poderia ir cedo, mas ele fez questão que eu levasse ele.
— Oi, Kyle. — disse a Daisy abrindo a porta.
— Oi, Daisy. Ele tá pronto?
— Está, sim.
Entro e encontro o Marco nervoso no sofá, ele está bastante agasalhado como no dia em que voltou, e agora eu sei porquê.
— Oi!
— Oi! — ele sorri.
— Por que o nervosismo?
— Ah, você sabe... É difícil reviver algumas coisas. Você viu como eu chorei falando sobre algumas coisas.
— Eu sei. Posso te abraçar?
Ele não responde, só me abraça direto.
— É pra te passar confiança. Eu imagino como está sendo difícil pra sua cabeça, mas é bom conversar com um profissional sobre esses traumas.
— É importante, filho. — diz o Bill.
— Eu entendo. É tudo pro meu bem.
— Exatamente. — falamos todos juntos.
— Então vamos? Tchau, papai.
— Tchau.
Eu e a Daisy vamos acompanhá-lo até a terapeuta, mas claro, vamos esperar por ele na sala de espera.
Saímos de casa e entramos no carro da Daisy, que dá a partida no veículo. Alguns minutos se passam e eu começo a conversar com o Dylan por mensagem.
— Com quem conversa? — ele pergunta.
— É o Dylan. Ele tá perguntando como você tá.
— Lembre de agradecê-lo pela preocupação com o Marco, querido.
— Claro, Daisy.
Chegamos no consultório e eu me despeço do Dylan.
— Vamos lá, Marco? — pergunto.
— Vamos! — ele diz convicto, assentindo.
Saímos do carro e entramos no consultório, a terapeuta já está esperando por ele.
— Estaremos aqui.
— Fica bem, tá, meu filho?
Ele sorri e entra na sala de terapia.
— Vai ser difícil pra ele... — ela diz.
— Vai levar um tempo, mas estaremos com ele o apoiando.
Ela sorri e estende a mão, a qual eu pego.
[...]
— E aí, como foi? — pergunto quando ele sai da sala de terapia.
Ele tava com uma carinha de choro que partiu o meu coração, mas tava sorrindo um pouco enquanto secava as lágrimas com um lenço.
— Foi bom. Até pra superar algumas coisas e deixá-las no passado.
— Isso mesmo, meu filho.
— Estamos muito orgulhosos de você, Marco.
Ele sorri.
Saímos do consultório e voltamos pra casa dele.
— Kyle, fica um pouquinho abraçado comigo? — ele pergunta quando entramos.
— Tem certeza? Eu não quero te fazer sentir desconfortável se tocar em algum lugar errado.
— Sim, eu tenho certeza.
— Tá bom.
Subimos pro quarto dele e ele deita na cama, batendo com a mão indicando pra eu deitar também. Deito na frente dele, formando uma conchinha, então ele me abraça.
— Eu te amo.
— Eu te amo.
— Obrigado de novo por não desistir de mim.
— Eu nunca vou fazer isso. Nunca.
— Pensei que você tinha raiva de mim...
— Por causa do Mathias?
— É.
— Bom, ele te drogou pra você dormir com ele.
— É, drogou.
— Então, não tem motivo pra eu ter raiva. O Mathias é doente, fica obcecado por quem ele quer.
— E trata quem cai na teia dele como marionetes. — ele continua.
— Melhor mudarmos de assunto.
Me viro de frente pra ele.
— Quando vai voltar pra faculdade?
— Hum, não sei... Nem sei se vou ter que recomeçar o primeiro ano ou se vou poder continuar do segundo semestre.
— Provavelmente eles vão te deixar continuar. Mas é bom olhar isso logo.
— Eu acho que não tô pronto.
— Desculpa, pareceu que eu tava te apressando. Leve o seu tempo, eu vou te apoiar sempre.
[...]
21:00
KRYSTOFF
— Huum, eu te amo! — digo o beijando de forma necessitada enquanto nossas respirações se normalizam.
— Eu te amo muito!
Acabamos de fazer amor bem gostoso na nossa cama.
— Como é bom namorar com você. — ele diz se deitando do meu lado, mas eu puxo ele pro meu peito.
— Ah, é? Você não me resistiu e quis me namorar, né, gatinho?
— Você também queria, bobo!
Rimos.
— Queria e ainda quero te namorar. No momento em que eu te vi eu percebi que seria o seu amor.
— Eu não pensei nisso de primeira, mas depois... Bem, estamos aqui, juntos. E sem o Mathias pra atrapalhar.
— Nosso cupido teve um leve trabalhinho.
— Foi tão bom quando eu me desprendi do medo e me entreguei à você.
— Nosso cupido até respirou fundo e tirou o suor da testa.
Rimos.
— Sabe, eu acho que o nosso cupido merece que a gente se ame intensamente.
Ele senta no meu colo de novo com o pano tapando nossos membros inferiores.
— Segundo round?
Ele se inclina.
— Se você aguentar, até o quarto ou quinto. — ele diz no pé do meu ouvido antes de morder o lóbulo da minha orelha.
Nos beijamos com vontade, então as coisas começam a esquentar de novo.
Continua...
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Você é Meu Presente (Romance Gay)
RomanceDylan é um adolescente normal prestes a completar 18 anos, o mesmo perdeu a mãe cedo e mora apenas com o pai, que é um empresário ranzinza que não dá muita atenção ao filho. Ele tem dois amigos com os quais sempre pôde contar nos momentos ruins, Nic...