#99: Terapia e Cupido?

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Terça, 3 de janeiro de 2023

KYLE

Acabo de chegar na casa do Marco depois da faculdade, hoje ele vai começar a terapia. Eu falei que ele poderia ir cedo, mas ele fez questão que eu levasse ele.

— Oi, Kyle. — disse a Daisy abrindo a porta.

— Oi, Daisy. Ele tá pronto?

— Está, sim.

Entro e encontro o Marco nervoso no sofá, ele está bastante agasalhado como no dia em que voltou, e agora eu sei porquê.

— Oi!

— Oi! — ele sorri.

— Por que o nervosismo?

— Ah, você sabe... É difícil reviver algumas coisas. Você viu como eu chorei falando sobre algumas coisas.

— Eu sei. Posso te abraçar?

Ele não responde, só me abraça direto.

— É pra te passar confiança. Eu imagino como está sendo difícil pra sua cabeça, mas é bom conversar com um profissional sobre esses traumas.

— É importante, filho. — diz o Bill.

— Eu entendo. É tudo pro meu bem.

— Exatamente. — falamos todos juntos.

— Então vamos? Tchau, papai.

— Tchau.

Eu e a Daisy vamos acompanhá-lo até a terapeuta, mas claro, vamos esperar por ele na sala de espera.

Saímos de casa e entramos no carro da Daisy, que dá a partida no veículo. Alguns minutos se passam e eu começo a conversar com o Dylan por mensagem.

— Com quem conversa? — ele pergunta.

— É o Dylan. Ele tá perguntando como você tá.

— Lembre de agradecê-lo pela preocupação com o Marco, querido.

— Claro, Daisy.

Chegamos no consultório e eu me despeço do Dylan.

— Vamos lá, Marco? — pergunto.

— Vamos! — ele diz convicto, assentindo.

Saímos do carro e entramos no consultório, a terapeuta já está esperando por ele.

— Estaremos aqui.

— Fica bem, tá, meu filho?

Ele sorri e entra na sala de terapia.

— Vai ser difícil pra ele... — ela diz.

— Vai levar um tempo, mas estaremos com ele o apoiando.

Ela sorri e estende a mão, a qual eu pego.

[...]

— E aí, como foi? — pergunto quando ele sai da sala de terapia.

Ele tava com uma carinha de choro que partiu o meu coração, mas tava sorrindo um pouco enquanto secava as lágrimas com um lenço.

— Foi bom. Até pra superar algumas coisas e deixá-las no passado.

— Isso mesmo, meu filho.

— Estamos muito orgulhosos de você, Marco.

Ele sorri.

Saímos do consultório e voltamos pra casa dele.

— Kyle, fica um pouquinho abraçado comigo? — ele pergunta quando entramos.

— Tem certeza? Eu não quero te fazer sentir desconfortável se tocar em algum lugar errado.

— Sim, eu tenho certeza.

— Tá bom.

Subimos pro quarto dele e ele deita na cama, batendo com a mão indicando pra eu deitar também. Deito na frente dele, formando uma conchinha, então ele me abraça.

— Eu te amo.

— Eu te amo.

— Obrigado de novo por não desistir de mim.

— Eu nunca vou fazer isso. Nunca.

— Pensei que você tinha raiva de mim...

— Por causa do Mathias?

— É.

— Bom, ele te drogou pra você dormir com ele.

— É, drogou.

— Então, não tem motivo pra eu ter raiva. O Mathias é doente, fica obcecado por quem ele quer.

— E trata quem cai na teia dele como marionetes. — ele continua.

— Melhor mudarmos de assunto.

Me viro de frente pra ele.

— Quando vai voltar pra faculdade?

— Hum, não sei... Nem sei se vou ter que recomeçar o primeiro ano ou se vou poder continuar do segundo semestre.

— Provavelmente eles vão te deixar continuar. Mas é bom olhar isso logo.

— Eu acho que não tô pronto.

— Desculpa, pareceu que eu tava te apressando. Leve o seu tempo, eu vou te apoiar sempre.

[...]

21:00

KRYSTOFF

— Huum, eu te amo! — digo o beijando de forma necessitada enquanto nossas respirações se normalizam.

— Eu te amo muito!

Acabamos de fazer amor bem gostoso na nossa cama.

— Como é bom namorar com você. — ele diz se deitando do meu lado, mas eu puxo ele pro meu peito.

— Ah, é? Você não me resistiu e quis me namorar, né, gatinho?

— Você também queria, bobo!

Rimos.

— Queria e ainda quero te namorar. No momento em que eu te vi eu percebi que seria o seu amor.

— Eu não pensei nisso de primeira, mas depois... Bem, estamos aqui, juntos. E sem o Mathias pra atrapalhar.

— Nosso cupido teve um leve trabalhinho.

— Foi tão bom quando eu me desprendi do medo e me entreguei à você.

— Nosso cupido até respirou fundo e tirou o suor da testa.

Rimos.

— Sabe, eu acho que o nosso cupido merece que a gente se ame intensamente.

Ele senta no meu colo de novo com o pano tapando nossos membros inferiores.

— Segundo round?

Ele se inclina.

— Se você aguentar, até o quarto ou quinto. — ele diz no pé do meu ouvido antes de morder o lóbulo da minha orelha.

Nos beijamos com vontade, então as coisas começam a esquentar de novo.

Continua...

Você é Meu Presente (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora