14. Desejo

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- Por favor Soraya, me faz sua!

Soraya explodiu por dentro, alí estava Simone Tebet, a terceira colocada nas eleições mais importantes do país, quiçá a mulher mais importante do ano, ajoelhada na sua frente, vulnerável e entregue. Era impossível controlar as batidas do seu coração que quase saía pela boca.

"O desejo guia", lembrou as palavras de Christian e assim se deixou guiar.

Segurou o queixo de Simone que ainda a olhava de forma insinuante e passou o polegar pela extensão de seus lábios, eram lindos e carnudos, totalmente apetecíveis.

Simone percebendo esse olhar fixo se levantou e foi em direção aos lábios dela que a receberam com sede.

Enquanto a beijava Soraya puxou o zíper daquele vestido preto colado e puxou ele pra baixo retirando-o completamente, o sonho de valsa estava desembalado.

Se beijaram sem nenhum pudor e quando Simone ajudou a tirar a blusa da senadora e finalmente suas peles se tocaram sem nenhuma interferência, qualquer gota de juízo das duas evaporou dalí.

Entre beijos caminharam inquietas para o quarto onde ambas tiraram o sutiã, causando um novo choque pela sensação daquele contato direto, gemeram pela primeira vez uma na boca na outra... Simone a empurrou contra uma das paredes consumida por intensificar aquela fricção entre seus seios, estava desesperada, pegou as mãos de Soraya e colocou cada uma sobre um dos seu seios como se cada pedaço do seu corpo tivesse aceitado o pedido da senadora e agora implorava também.

Entendendo o pedido Soraya virou as duas e agora era ela quem as pressionava contra a parede, massageava os seios de Tebet embalada pelo som de seus gemidos...

Simone desabotoou a calça da senadora e o tecido de seda deslizou sem esforço nenhum até o chão, Soraya uniu suas frentes numa nova fricção desesperada que tirava o ar dos pulmões.

Simone sentia entre suas pernas o pulsar suplicante do seu sexo, abriu sutilmente as pernas e, apertando a bunda de Soraya a trazia pra mais perto, pra mais contato... abriu um pouco mais sentido a força de Soraya roçando nela.

O ar era escasso e tornava impossível continuar com os beijos, Soraya voltou a devorar o pescoço de Tebet e ao notar ela abrindo pela terceira vez as pernas colocou em um só movimento a mão dentro da sua calcinha.

Simone que gemia com os olhos fechados e a cabeça encostada na parede olhou pra ela no mesmo instante, a segurou pela nuca com ambas as mãos e mordeu o próprio lábio quando sentiu os dedos ágeis de Soraya deslizarem por toda aquela região, a sensação era nova para as duas... Soraya perdia os sentidos ao sentir ela tão úmida, tão aberta, tão quente e pulsante.

Guiada pela curiosidade e o desejo fez movimentos circulares e se sentiu no paraíso assistindo as reações de Simone, arriscou mais e quase sem nenhuma sutileza penetrou dois dedos sentindo Simone apertar seus cabelos com ambas as mãos consumida por aquela invasão e perdendo o equilíbrio das pernas... Ameaçou tirar a mão dalí e foi impedida...

- Não para... não para Soraya, não para... - dizia sem ar.

Soraya meteu novamente os dedos, agora com mais força, tendo que segurar Simone pela cintura, atacou os seios dela e novamente sentiu seus dedos nos cabelos... ia socando a mão cada vez mais fundo e não parou nem quando sentiu as unhas de Simone rasgarem a pele de suas costas.

Tebet estava em transe, sentia uma força a consumindo, prestes a estourar dentro dela, Soraya a invadia com ânsia e ela tentava se escorar na parede e abrir mais as pernas dando espaço praquela deliciosa invasão.
Abraçou como pode uma já suada e exausta Soraya...

- Mais forte... mais forte...

Soraya obedeceu com um pouco de medo de a machucar, sabia que ela estava perto de gozar, sentia isso, seus corpos passaram a se comunicar mais do que qualquer discurso político ensaiado era capaz de fazer, passou a meter três dedos com o restante da força que ainda tinha, não importava a dor de seu pulso agora, tinha Simone domana e não perderia isso por nada.

Em segundos o corpo de Simone foi tomado por uma corrente elétrica, suas pernas falharam e ela sofria os espasmos provocados pela primeira onda de orgasmo que a atravessou, Soraya assistia aquela reação experimentando a vibração do corpo da senadora e a segurou ainda mais pra não cair, deitou ela na cama e ficaram abraçaram até Simone retomar os sentidos.

- Te machuquei? - perguntou Soraya com real cuidado.

- Não! - ambas riram e se beijaram com carinho.

Soraya deitou em cima dela e escondeu o rosto em seu pescoço, inalando o perfume de sua pele macia e exposta, era totalmente diferente estar com uma mulher.

- Simone você gozando é a cena mais linda que já vi.

A senadora ficou vermelha e deu graças por Soraya estar escondida em seu ombro e não conseguir ver.

Acariciava suas costas sentindo o relevo das unhadas.

- Pelo visto eu que te machuquei.

- Verdade, vou ter que te processar. - Ambas riram.

- Você quer ser minha advogada? - perguntou Simone divertida.

- Eu vou te processar! Não posso ser sua advogada - Soraya saiu do esconderijo pra dizer aquilo e quando viu o sorriso convidativo de Simone, assim tão pertinho, se perdeu de imediato.

- Tira a calcinha pra mim. - falou Simone num sussurro aproveitando o encontros de seus olhos.

Ambas tiraram a calcinha e Soraya voltou a se acomodar em cima dela, dessa vez sem o tecido molhado, um novo toque entre elas se fez presente e novamente respirar era uma tarefa difícil.

Soraya tentou sem sucesso encaixar as duas e Simone deitada achava graça da situação... mordeu o lábio sentindo graça e tesão com a cena. Derrubou Soraya no colchão e se colocou em cima, era sua vez de tentar encaixar as duas e teve mais sucesso.

Soraya segurou sua cintura e fechou os olhos, o contato direto com Simone sentada nela era algo divino. Quando simone começou a mover o quadril e causar um atrito duro e contínuo ela passou a gemer alto, levantava o quadril alucinada nessa busca insana e molhada pelo seu prazer.

Abriu os olhos e viu a oposição de Simone, nua em cima dela, as pernas entrelaçadas, a cabeça levantava e as mãos nos cabelos... os olhos fechados e o movimento de vaivém frenético... Meu Deus, quantas imagens memoráveis aquela mulher lhe traria? era possível colocar-lás num quadro e guarda-las pra sempre?

O orgasmo se aproximava mas ela queria recusar... queria que aquele momento durasse mais... aqueles movimentos durassem mais... aquela fricção úmida durasse mais... não foi possível. Gozou chamando o nome de Simone e recebeu em seguida os beijos e afagos daquela mulher que atendia o seu chamado.

Se abraçaram novamente suadas e vivas, corações acelerados e trocando carícias entre sí... Simone deslizava seu dedo indicador sobre o colo da senadora contando cada pintinha que ela tinha alí, nenhuma outra palavra foi dita até pegarem no sono juntas.

Amor sem democraciaOnde histórias criam vida. Descubra agora