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'pode ficar com a língua dele.' - o princípe Daemon disse, enquanto o corpo de Sir Vaemond caia, e uma poça de sangue se formava ao redor do corpo e a cabeça, separados.

Viserys olhou o irmão e estava pronto para gritar com ele, quando as portas da sala do trono se abriram, e dois guardas entraram, trazendo uma garota.

aparentemente uma empregada, usava roupas de cor bege e marrom, um lenço escondendo os cabelos e parte do rosto, e se debatia enquanto era trazida.

o rei se sentou novamente, e ficou em silêncio quando os guardas jogaram a garota no chão, que caiu bem em cima da poça de sangue, sujando o rosto e as roupas.

'oque é isso?' - Alicent perguntou.

'minha rainha. acreditamos que essa seja uma bastarda.' - um dos guardas falou e Alicent olhou a garota, que estava se erguendo do chão, sentando.

'e por que?' - Alicent voltou a perguntar, o guarda agarrou a garota pelo pescoço, e a puxou pra trás, arrancando um grito dela, talvez pelo susto, ou talvez por que a tivesse machucado.

ele agarrou o lenço e puxou, revelando o rosto e os cabelos. brancos.

eram longos e ondulados, caíram pelos ombros e pelas costas dela, o guarda a jogou no chão outra vez.

Alicent se aproximou, a olhando, e olhou Daemon.

'deve ser sua, não? sabemos que era você quem vivia com as putas na casa de prazeres. todas elas.'

'Alicent!' - Viserys chamou, calando a mulher - 'traga a menina aqui. sem machucá-la.' - ele ordenou e o guarda a pegou pelo braço, a levando até as escadas do trono.

Daemon olhou a própria mulher, Rhaenyra tocou o ombro dele.

'primeiramente vamos terminar nossa questão pendente. O Príncipe Lucerys Velaryon é o Herdeiro legítimo de Driftmark e o trono de madeira, não se fala mais nisso.' - ele disse e voltou a olhar a garota - 'como você se chama, menina?'

'Mitrya, senhor. - ela disse, a voz embargada. Daemon se aproximou.

'quem são seus pais?'

ela agarrou o tecido da saia, agora ensanguentada, estava tremendo.

'só conheço minha mãe senhor. Missy. ela morreu, senhor.'

'morreu de que?' - Viserys perguntou, apoiando o corpo no braço do trono de ferro.

'doença venérea, senhor.' - ela respondeu.

'oque fazia na casa dos prazeres da rua de seda?'

'fui visitar minha mãe.' - ela disse, mais baixo.

'acabou de me dizer que ela morreu.'

'as putas são enterradas no jardim dos fundos da casa, meu irmão.' - Daemon disse, parando ao lado da garota - 'há uma forma apenas de saber com certeza se você é minha filha. me lembro da sua mãe, mas.. você sabe..'

Mitrya o olhou, encolheu os ombros quando ele a estendeu a mão, mas segurou.

Daemon a ajudou a levantar.

'com licença.' - ele murmurou e puxou a manga do vestido dela pra cima, um pouco acima do cotovelo, no braço esquerdo, havia uma marca de nascença, como uma meia lua - 'ah, sim. você é minha filha.'

ele a virou de lado, a mostrando para o irmão.

'como isso prova sua paternidade, Daemon?' - Viserys perguntou e Daemon negou.

'Baela, Rhaena, venham cá. mostrem seus braços ao seu tio.' - ele pediu, e as duas vieram, parando ao lado do pai, elas também tinham as marcas - 'Aegon e Viserys também as têm. quer que eu mande os trazer aqui?'

A Casa da Tormenta || Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora