09

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Mitrya acordou com as costas doendo, estava de bruços e meio desconfortável.

ela virou a cabeça e viu Aemond sentado numa poltrona ao lado da cama, ele estava encarando a porta. ela soube na hora que haviam o mandado ficar ali.

parecia inquieto.

ela forçou o corpo a levantar com ajuda dos braços, sentiu a ferida das costas arder e soltou um grunhido.

pareceu despertar ele do que quer que estivesse pensando. Aemond a olhou e levantou.

'não faça isso, vai estourar todos os pontos..' - ele chamou atenção, a segurando pelos ombros.

'preciso me mover..' - ela sussurrou.

'Mitrya.. fique deitada, vamos.. eu chamo alguém..'

'não. eu quero levantar..' - ela disse e o olhou, Aemond a segurou e a colocou de pé, estava sem a parte de cima do vestido, que caía pela cintura, cobrindo só dali pra baixo.

ele a observou, Mitrya usou as mãos pra cobrir os seios, estava tonta, ele precisou a segurar, e segurou-a pela cintura.

a cena dele matando a própria mãe voltou a sua cabeça, e ela se sentiu culpada. era culpa sua no fim.

'sinto muito.' - ela sussurrou.

'pelo que sente muito?'

'você.. e sua mãe..' - ele negou e tocou a bochecha dela.

'aquela vadia ia arranjar um jeito de matar seu pai.. e a Rhaenyra.. eu neguei e veja.. achei que ela estava blefando, Mitrya, me perdoe..'

'não entendo..'

'ela queria que eu acabasse com todos, seus irmãos, todos. me disse que arrancaria sua cabeça se eu não o fizesse.'

ela piscou, deitou a cabeça contra a mão dele, querendo sentir mais o toque.

'e por que?'

'por que, por alguma razão, me importo com você. e ela nunca viu eu me importar com alguém antes. não suportei. quando soube oque tinham feito.. arranquei as cabeças deles.'

'Aemond.. eu sinto muito por fazer isso com você..' - ela tocou o rosto dele, a ponta do polegar tocando a cicatriz que alcançava a bochecha dele.

Aemond deslizou a mão até que estivesse na parte de trás do pescoço dela.

'diga meu nome outra vez.' - ele pediu, a encarando. os olhos dela pareciam mais verdes que nunca, um círculo dourado ao redor da pupíla.

ela piscou e deslizou o dedo pela bochecha dele, fazendo um carinho, aproximou os lábios do ouvido dele, roçou-os ali, e sussurrou, com a voz baixa, o nome dele.

Aemond soltou um som que encheu os ouvidos dela, como de fosse um gemido, rouco, Mitrya sentiu os lábios dele em seu pescoço, beijando ali.

ela segurou os ombros dele com as duas mãos, e sentiu as mãos dele a puxarem pra perto pelos quadris. os seios nus dela contra o corpo dele.

Mitrya deitou a cabeça pro lado, o dando mais espaço, e ele continuou beijando ali, subiu o nariz pela bochecha dela, e a encarou.

'não tem medo de mim?' - ele perguntou, ela passou os braços ao redor do pescoço dele, entrelaçando os cabelos dele nos próprios dedos.

'por que eu teria?' - ela perguntou, o nariz encostando no dele.

'matei três pessoas por você.' - ele apertou a cintura dela, subindo um pouco a mão.

'acha que isso me faria ter medo de você? eu nunca terei medo de você.' - ele piscou - 'nem em cem anos.'

'isso é muito tempo.' - ele sussurrou.

A Casa da Tormenta || Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora