Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos criada de fã e para fã sem comprometer a obra original.
AVISOS: Heterossexualidade, Bissexualidade, Linguagem Imprópria, Possíveis Spoilers
— Alguma pergunta? — olhos afiados de um tom escarlate a observam assim que a explicação é terminada.
— Não, senhora. — Ochako balança a cabeça e aponta para uma das caixas sobre a larga mesa no ateliê — Posso começar com essas?
— Claro, vá em frente. — a mulher dá espaço para que Ochako se aproxime e pegue a caixa — Ah, aquela também, depois que você... — ela se interrompe ao notar que a garota rapidamente pega a outra caixa também, ativando sua individualidade e facilmente carregando o que devem pesar uns 50 quilos em tecidos — Haha, olha só. — ela ri e cruza os braços, como se só agora acreditasse no que Ochako disse quando garantiu que trabalho braçal não seria um problema.
Foi uma dica da Mina, ela não deu detalhes, mas comentou que havia uma vaga muito boa no site de trabalhos de verão para estudantes do ensino médio, e é bem curioso como Ochako chegara a ler sobre a vaga, mas a ignorara completamente, achando que "assistente geral em ateliê de costura" não seria algo para o qual ela estaria apta, mas aí a Mina leu sobre a descrição da vaga e ela percebeu que não era nada do que ela estava pensando. Carregar e repor materiais, lavar e passar peças de roupa, manter o ateliê limpo e organizado e fazer chá lhe pareceram atividades tranquilas, ainda mais para o salário relativamente melhor que muitos dos quais Ochako cogitou.
"Quem sabe você até não ganha umas roupas de graça, menina?" a Mina supôs animadamente, mas Ochako apenas riu e não deu muita bola, ao que a amiga rosada acrescentou "Ué, se ela for que nem o filho, até pode rolar. Ele ama fazer uma cena, mas tá sempre deixando a gente filar o almoço dele no domingo."
Ochako não entendeu bem de quem a Mina estava falando, mas nem quis grandes explicações, rapidamente puxando o laptop e se inscrevendo na vaga. Foi só três dias depois, quando ela recebeu retorno e um pedido para ir até o ateliê que a conversa com a Mina fez sentido. Ochako já esteve por essas bandas da cidade, só algumas ruas para trás, no apartamento do Deku, o ateliê fica em uma casa de arquitetura moderna e paredes acinzentadas, com um muro alto e árvores que dão à fachada um ar elegante e amistoso, a estilista procurando uma assistente geral se chama Bakugou Mitsuki e, mesmo que ela sequer tivesse imaginado que o sobrenome era só coincidência, seria impossível de sustentar essa ideia ao conhecer a mulher pessoalmente: cabelos cor de areia, olhos de um vermelho intenso e uma pele levemente bronzeada (e muito bem cuidada, por sinal), era a mãe do Bakugou.
Assim que bateu o olho nela, a senhora Bakugou estreitou o olhar e inclinou a cabeça um pouco.
— Ué, eu acho que te conheço de algum lugar...?
— É bem possível, eu est-
— Oh, é a colega do Katsuki! — uma voz masculina se anunciou quando alguém passou pelo corredor ao lado do ateliê — Está esperando por ele? Ele só deve vir quando as férias começarem de vez.
A senhora Bakugou olhou para o homem de óculos e cabelos castanhos, depois para ela, e sorriu.
— Você é colega dele.
— Sou, sim. — ela sorriu educadamente.
— Foi ele que te falou da vaga?
— Não, eu encontrei no site de vagas mesmo.
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Quase um mês
Fiksi PenggemarCom um salário razoavelmente bom e alguns benefícios inesperados para um bico de férias de verão, Ochako começa a trabalhar como assistente de uma famosa estilista. Só tem um detalhe: essa estilista prefere trabalhar mais reservadamente em um ateliê...