Behind The Flash

1.5

"Relaxe seu semblante e pense no que está se metendo

Eu não queria dizer nada, mas sou sua amiga

Te conheço já há tanto tempo

Não quero te ver mal"

- Vanessa da Mata

Hollywood, Los Angeles - EUA
Maio de 2017

Durante o trajeto recebi algumas ligações e mensagens do Klay. Mas minha única preocupação era conseguir seguir meu caminho sem causar um acidente, já que minha visão estava embaçando com o choro compulsivo que começou assim que deixei aquela casa.

Parei o veículo na garagem e segui para o meu apartamento.

E o meu celular não parava de tocar.

- Menina Laura. – Belle me recepcionou na sala. – Algum problema? – chegou mais perto e limpou as lágrimas em meu rosto que corriam como um rio.

- O que eu enxerguei nele? Por qual motivo ainda estou com ele? – as perguntas eram mais para mim do que para ela.

- Ai, minha pequena. – puxou meu corpo para um abraço terno e fez um carinho em minhas costas. – Tudo tem seu propósito. Mas... – afastou-se um pouco e segurou minha face. – Nem tudo precisa permanecer.

Seu olhar intenso e maternal me pegou de jeito e explodi mais uma vez em lágrimas.

Senti meu celular vibrar e quando estava pronta para desligar percebi que era o Tom.

- Alô?!

- O que houve? O que ele fez com você? – sua voz estava carregada de aflição.

- Como? Do que você tá falando? – Belle pegou a bolsa em minha mão e seguiu para a cozinha.

- Acabei de ver uma foto sua no Twitter, chorando muito na saída do prédio que o Thompson mora. – bati a mão no rosto e desci puxando os lábios levemente.

- Merda! Isso vai trazer problemas...

- Isso não importa agora. O que ele fez?

- Onde está a Daya? – sentei em uma das poltronas.

- Trabalhando no outro filme. – respirei fundo antes de começar a explicar tudo.

- O Klay ficou chateado com minha última campanha. A que estou nua e segurando a bolsa.

- Mas que infer... Espera, o que tá escondendo? Ele não ficou apenas chateado, e isso é nítido no estado em que você saiu da casa. Ele brigou contigo, né?!

- Sim. – confessei, envergonhada.

- Desgraçado! – pude ouvir o som de algo batendo, provavelmente sua mão. – Laura, por favor, me diz sem mentir: ele te bateu?

- Não! Ele não me bateu! – meu amigo me cortou.

- Mas ele te machucou de alguma forma? Mesmo que seja com um aperto? – suspirei, sentindo a dor em meu braço.

- Tom, por favor... Eu preciso descansar. Amanhã é um dia cheio.

- Vou agora mesmo ligar para a Daya, se ela souber através de outra pessoa pode ficar nervosa além da conta. Vou acalmar ela, e você vai descansar, porque conhecendo sua amiga, ela vai bater aí assim que sair do estúdio.

- Droga! Tudo bem, vou preparar os ouvidos.

- Te amo, até mais tarde!

- Também te amo muito, obrigada!