Brawl Stars - A Resistência [+12]

✨Capítulo VIII | Enganados✨

     Os dois amigos robôs estavam comemorando por conseguirem completar a tarefa designada a eles. Ninguém parecia mais feliz e realizado que o Rico, que ficava imaginando os elogios que receberia do rei.

     — "Rico, você e Barley realizaram um ótimo trabalho. Por favor, entrem para a Guarda Real!" — disse ele, imitando a voz do rei — Vamos tirar os sorrisinhos arrogantes da cara daqueles outros robôs. Seremos melhores que eles!

     Os três foram colocados numa jaula de vidro blindado. Bull tentava inutilmente se soltar das algemas, e Bibi andava de um lado pro outro pensando em como se vingaria da resistência futuramente. Crow se limitava a dormir durante a viagem.

     A nave era muito rápida, por isso levou apenas dois dias para chegar na Cidade Real. Antigamente ela podia ser considerada um dos lugares mais bonitos do reino, além de ter o Starr Park como a principal atração turística, mas agora toda sua vegetação estava morta, havia neblina por toda parte e quase ninguém andava pelas ruas.

     Os robôs pousaram a nave e entraram no palácio com os prisioneiros.

     "Uau, isso aqui é um banquete de riquezas!", pensou Bibi, planejando saquear o palácio assim que fosse possível. Bull e Crow pensavam a mesma coisa.

     Quando Barley e Rico chegaram numa grande porta dupla que dava para a sala do trono, avistaram um outro robô parado na frente dela. Seu nome é Stu. Ele trabalhava no Starr Park testando brinquedos, e também animava as pessoas com acrobacias de tirar o fôlego. Seu visual era semelhante ao de um piloto de corrida, e no lugar das pernas, havia uma grande roda.

     Apesar de não ter expressões humanas, seu grande olho estava azul, sinalizando tristeza, pois foi forçado a trabalhar para o Mortis, em troca de deixar suas filhas seguras.

     — Onde pensam que vão? — perguntou, ao vê-los se aproximar.

     — Isso é óbvio, né, Stu? — respondeu Rico — Vamos ver o rei!

     — O rei não quer ser incomodado, a menos que seja algo importante!

     — Pois o que temos pra ele é tão importante que suas orelhas vão cair!

     — Hmmm...

     — Por favor, amigo, deixe-nos entrar — pediu Barley, educadamente — Trouxemos prisioneiros especiais!

     Ele apontou para os prisioneiros.

     — Muito bem, podem entrar! — Stu abriu a porta — Tenham um dia STUpendo!

     — Urgh, esses trocadilhos... — resmungou Rico.

     — Tem que admitir que ele é criativo — respondeu Barley, achando graça — Fico triste por vê-lo tão insatisfeito com o trabalho...

     — Mortis teve misericórdia dele e de suas filhas. Deveria estar contente!

     A sala do trono antigamente era colorida com diversos tons de verde. Agora sua decoração era sombria, com morcegos dormindo no teto, paredes pintadas de roxo e abóboras esculpidas com sorrisos assustadores. Parecia uma decoração de Hallowen.

     Os três prisioneiros tremiam nas bases, nunca estiveram num lugar assim e temiam o destino que os aguardava.

     Sentado num grande trono, estava o Mortis, que admirava seu reflexo no espelho. Havia uma coroa dourada em cima de seus cabelos roxos perfeitamente arrumados. Ao lado dele estava o cajado de Byron, que ele carregava como se fosse um troféu.

     — Majestade — disseram Rico e Barley, se curvando, e forçando os três a fazerem o mesmo.

     — Ah, são vocês dois — respondeu, com desdém, finalmente notando a presença deles — Digam logo o que querem e não me façam perder tempo!