Feridas Expostas

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Quando o espírito de luz encarou pessoalmente a criatura terrestre que tanto procurava, sua primeira reação foi sorrir perversamente contente.

Satisfeito.

Ele era exatamente como achava que seria.

Viu o desejo conflitante percorrendo por seus inocentes olhos, mas também viu o medo sendo transmitido por suas mãos e pernas trêmulas.

À primeira vista, poderia descrevê-lo como alguém excessivamente transparente, desde a expressão embasbacada, limpa como um céu ensolarado para até nos batimentos cardíacos desregulados e audíveis entrando em ritmo à sua canção.

Enxergou cada fragmento dele.

Parecia querer se aproximar ao mesmo tempo que queria fugir.

Apresentando conflito, o lúpus manteve-se parado à sua frente e foi devido a não reação que ainda se encontrava vivo mediante a sua presença. Esperto o suficiente ou apenas medroso demais para compreender a zona sorrateira em que se encontrava.

Uma sábia escolha que garantiu sua sobrevivência, ao contrário dos alfas que ousaram perturbar sua paz.

Um erro grotesco em interromper sua canção. Um erro maior em tentarem se impor.

Sendo responsável pelas mortes ocorridas na alcateia, sua aparência humana quase se equiparava com os efeitos de quando estava na lua, atraindo e seduzindo qualquer um que pregasse os olhos em si, contudo suas ações arteiras não era motivo para que aqueles alfas partissem para cima, se sentiu como uma carne fresca em meio a uma matilha esfomeada.

Se deleitou em emergir seu poder para testá-los, provando que aquela raça era podre e descontrolada.

E se deleitou ainda mais quando matou todos que ousaram lhe tocar sem seu consentimento, congelando-os de dentro para fora, drenando suas almas.

Não era inocente, sua aura maldosa gritava para aprontar.

E aquele homem, dono de um par de olhos escuros, de face avermelhada em vergonha por ter varrido involuntariamente seu corpo nú e em conjunto a um semblante assustado, fez com que o reconhecesse de imediato.

A única alma límpida e pura em meio a tantas corrompidas.

– Pelos deuses! – Hoseok levou a mão ao coração pelo susto de ter sido flagrado ouvindo o desconhecido cantar. – N-não deveria estar aqui a essa hora... não soube? Temos um invasor que está matando nosso povo... não me recordo de você na alcateia, é um forasteiro ou está perdido? Porque está nú? Tentaram alguma coisa contra você? Me diga uma aparência ou um cheiro e eu juro que caçarei até no infern-

– Alfa. – Seu chamado forte e imponente interrompeu o homem preocupado. – Estou bem... agora estou seguro, pois você vai me proteger, certo? – Recebeu um aceno incerto. – Me responda... é um guerreiro forte e corajoso?

Almost Heaven | Vhope [abo]Onde histórias criam vida. Descubra agora