Depois de passar quatro anos na Califórnia, Park Jimin estava voltando à Seul com sua família. Totalmente diferente e com saudades de seus melhores amigos, Park não esperava os encontrar no grupinho "diferentão" da escola e esperava muito menos se v...
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Sobre confiança e novas descobertas.
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Taehyung se sentia cansado, cansado de se sentir perdido, cansado da distância da pessoa que mais sentiu falta por um longo tempo.
Desde quando estavam tão afastados? Desde quando seu amigo passou a ser um desconhecido? Desde quando seu melhor amigo passou a ter medo de lhe contar algo?
Era uma quarta-feira nublada, na tarde desse mesmo dia, Kim conversou por mensagens com Jimin, sentia falta de seu melhor amigo, mas juntos nem pareciam as mesmas pessoas de antes, muito provavelmente não fossem mais aquelas pessoas, afinal, se passaram quatro anos. Você não é mais a mesma pessoa de quatro meses atrás, sua vida não é mais a mesma de quatro meses atrás, quem dirá quatro anos atrás.
Park e Kim mudaram e, pelo acaso, se distanciaram, uma distância cheia de diferenças que machucam os dois garotos. Dois pólos em sofrimento, perdidos em alto mar sem saber como voltar à costa, sem uma bússola para orientar.
Naquela tarde, Jimin lhe disse que estava um pouco cansado da situação quando o assunto veio à tona, que não sabia como resolver a situação, que na verdade nem deveria tentar, pois ele só está vivendo enquanto Taehyung é contra sua vivência. O problema não está nele e nem com ele para ser resolvido por si, jogando totalmente a responsabilidade no colo do moreno.
E o garoto não tirava a razão de seu amigo, ele que instalou o problema, então agora ele que resolvesse, porém, nem tinha noção de como fazê-lo.
Enquanto brincava com o jantar em seu prato, foi tirado de suas divagações com um comentário do seu pai.
— Vocês viram o viadinho do filho dos Lee?
— Viadinho?
— Sim, você não sabia dessa barbaridade? Vi ele beijando outro garoto perto de casa.
— Que horror! Será que os pais dele sabem disso? Coitadinhos. – soltou os talheres fazendo uma careta de preocupação.
— Acho que não, se não ele já teria levado uma boa lição, mas ainda está em tempo de educá-lo, ele só tem quinze anos.
— Realmente, espero que ele ainda tenha salvação, já basta termos que conviver com o traveco do filho dos Jung. Cruzes. – fez careta de nojo.
E seu estômago girou, girou e girou.
Jung Dae, filha dos Jung, era uma pessoa maravilhosa. Pele leitosa com fios pretos e longos. Sempre muito gentil e educada, mas muitos se viraram contra quando ela contou sobre ser transgênero.
