Depois de passar quatro anos na Califórnia, Park Jimin estava voltando à Seul com sua família. Totalmente diferente e com saudades de seus melhores amigos, Park não esperava os encontrar no grupinho "diferentão" da escola e esperava muito menos se v...
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²⁴•⁰⁵•²⁰²²
Miau miau.
[...]
Park não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo naquele dia. Olhares e murmúrios eram direcionados em sua direção sem motivo nenhum.
O garoto pensou se estava usando uma roupa estranha, mas estava com o uniforme como todos os alunos. Pensou se estaria com o cabelo completamente despenteado por ter saído atrasado de casa, mas estava tudo arrumadinho.
Então se encolheu um pouco na blusa escura do uniforme e seguiu para sua classe com apenas uma alça da sua mochila preta sendo sustentada por seu ombro.
Entrou na sala cumprimentando seu professor e pôde sentir mais olhares e cochichos. Sentiu-se envergonhado sem ao menos saber a origem de tudo aquilo.
Sentou-se no lugar de seu colega de classe fofinho.
Não tendo muito o que fazer, deitou a cabeça em cima dos seus braços e aguardou a aula começar.
Mayumi chegou poucos minutos depois. Ao pisar na escola já pôde notar que havia algo de errado, mas se desesperou ao escutar o nome do Park em meio aos diversos comentários.
Chegando na sala, logo avistou o platinado encolhido em seu lugar. Deixou sua mochila em sua cadeira e se aproximou cautelosamente do amigo, infiltrando seus finos dedos nos fios descoloridos, lhe fazendo um cafuné.
Jimin levantou um pouco sua cabeça somente para ver quem estava em pé ao seu lado, logo direcionando um mínimo sorriso, que nem ao menos alcançava seus olhos, a garota.
— Ei, meu bem. Você está bem? — Se abaixou um pouco para ficar mais próxima do Park.
— Não tenho certeza. — Mordiscou o lábio inferior desviando o olhar.
— Anjo... — Suspirou. — Está tudo bem em ficar triste, mas tente não ficar muito nesse pessoal babaca, eu te amo muito, tá? Você é especial independente do que esses sem neurônios acham.
— Obrigado, May.
— Bom dia, turma. Todos para os seus lugares.
Jimin abriu sua mochila para pegar o caderno daquela primeira aula e enquanto isso só conseguia pensar que aquele dia seria insuportável e que talvez ele não fosse tão importante assim, até seu melhor amigo o odiava, então talvez ele fosse mesmo tão quebrado quanto diziam.
[...]
Jimin se sentia completamente derrotado. Exausto. Quebrado.
O dia havia sido insuportável. Há todo momento tinha alguém o olhando de soslaio e cochichando com os colegas. Ele se sentia cansado.
