Capítulo 7 - O ódio alheio

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A vida não é uma constante, ela esta sempre em movimento, o que acreditamos ser hoje como certo vem o destino e bagunça tudo. A minha vida iria mudar em breve, devido as mudanças na vida de Raul.

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Querem saber o que aconteceu com Raul? Então, ele ficou bem, Felippo o alcançou e conseguiu convencer Kamaria a deixar ele chegar perto, assim eles conversaram.  Eu não disse nada para Raul, mas estava certo e Heitor e Felippo realmente estavam interessados nele. Meu amigo estava com medo e inseguro, bem compreensível já que nunca quis se submeter a um alfa, quem dirá a dois, embora escutei Heitor  falar algo que era costume em seu país e fiquei admirado, lá um alfa não é nada sem o seu ômega e não o contrário.

Naquela noite depois dos alfas nós deixarem em casa, Raul conversou conosco e nós tranquilizou.

— Estou bem, desculpa ter preocupado vocês. - ele fala meio envergonhado.

— Amigo tudo ficou bem estranho no fim, mas ficamos felizes que agora esteja tudo bem. - Carlos o abraça sorrindo.

— Tirando essa última parte, nos queríamos agradecer por esse dia tão maravilhoso. - George falou por nós, onde concordavamos totalmente. Assim, mais tranquilo iniciamos uma conversa agradável e Raul sentou ao meu lado.

—  Como foi essa experiência pra você, meu querido? - Raul me pergunta de forma muito carinhosa.

Falei de tudo o que tinha visto enquanto mergulhamos, lembrando de cada detalhe que tinha aprendido com ele sobre a biodiversidade marinha, assim como o tanto de comida diferente que nos ofereceram, realmente estava muito feliz e fiquei abraçado a Raul sentindo o seu aroma de jasmin com morango.

Já estava tarde e teríamos que trabalhar no dia seguinte, cada um se ajeitou para dormir e  Raul subiu na laje, ele precisava ficar sozinho um pouco para pensar, mas me sentia feliz por meu amigo, sabia que no final tudo daria certo para ele, mesmo que nesse momento ele estivesse confuso e com dúvidas.

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Agora as coisas em meu trabalho ficaram um pouco piores em relação aos meus colegas de trabalho, não sei como souberam que eu tinha ido a um passeio de iate. Era apenas fofoca, não tinham a intenção nenhuma de saber o que realmente havia acontecido, apenas me difamar e tornar minha vida um pouco pior.

Cheguei ao trabalho para o turno da manhã, porém me dispus a fazer o turno da tarde também quando o chefe solicitou, pois um dos auxiliares havia faltado sem justificativa, logo os cochichos se intensificaram, fingi não escutar e não perceber, permanecendo em minha estação de trabalho, mas eles não iriam me deixar quieto.

_ E ai Elias... como você consegue vir trabalhar depois de um dia tão intenso, com um monte de alfas? - um ômega infeliz fala com duplo sentido de modo jocoso e com um sorriso cínico nos lábios. Nisso outros se aproximam de mim, seus sentimentos eram os piores possíveis quanto a mim, respirei fundo parando de descascar o legume e o encarando.

_ Da mesma forma que você consegue vir trabalhar depois de uma noitada em algum hotel barato. - infelizmente sentia o seu odor e sabia o que isso significava, muitas vezes minha mãe chegava em casa com o mesmo odor.

_ Wow... - os outros gritaram, mas quando o ômega iria revidar o chefe apareceu e ordenou que cada um voltasse ao seus afazeres, pois estávamos atrasados.

_ Puxa saco do chefe, não pense que isso acabou por aqui... - o ômega disse com ódio em um sussurro, passando por mim, quase me derrubando.

Elias: Destino Inesperado Onde histórias criam vida. Descubra agora