13 | We'll always have Paris

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O verão estava em seu auge e as férias, longe de terminarem, mas a temporada na casa de praia dos avós de Jade e João Paulo tinha chegado ao fim. Aquele era o último dia do sexteto em sua primeira viagem de férias sozinhos. Uma viagem cheia de emoções, desentendimentos, entendimentos, confissões, novas experiências e várias histórias para contar – a maioria boas, algumas nem tanto.

Como sempre deixavam tudo para a última hora, confiando sempre no jeitinho brasileiro de conseguir fazer as coisas nos 45 do segundo tempo, às vezes na prorrogação, os seis amigos estavam desesperados terminando de arrumar as malas. Alguns dando um jeito de secar os roupas úmidas ou molhadas naquele dia frio e chuvoso, alguns tendo trabalho para colocar as mesmas coisas que tinham ido perfeitamente dobradas na mala e que agora não tinham espaço suficiente pela aparente incapacidade dos jovens de dobrar roupas, alguns levando embora mais roupas do que tinham trazido, outros, menos. Ou seja, um caos como tinham sido todos os outros dias.

Felipe foi quem terminou de arrumar sua mala primeiro, afinal estava acostumado a fazer e desfazer malas o tempo todo, e como não tinha nada para fazer, foi azucrinar Jade e Nina no quarto que as duas tinham dividido até os últimos dias da viagem, antes da ruiva ceder seu lugar na cama para o piloto.

O piloto chegou no quarto e se jogou na cama, o que fez com que alguma peça de roupa voadora não identificada acertasse seu rosto.

– Ei! – reclamou Felipe.

– Você não tem uma mala para terminar de arrumar não, praga? – perguntou Jade.

– Eu já terminei e preferi gastar meu tempo azucrinando vocês ao invés de queimar meus neurônios assistindo TV. – ele recebeu um olhar estranho de Nina. – Tudo bem, eu vim azucrinar a Jade, Nina, você é efeito colateral.

– Você realmente não tem medo de morrer, não é? – perguntou a ruiva.

– Depois que eu dormi na mesma cama que a Jade? Não. Se o tanto de chutes que eu levei durante a madrugada nesses últimos dias não me matou, nada mais vai. – respondeu travesso.

Jade revirou os olhos antes de responder com um sorriso forçadamente doce:

– Se meus chutes não te mataram, pode ficar sossegado que as minhas mãos vão.

– Vocês flertam da maneira mais estranha que eu já vi em toda a minha vida, e eu digo isso mesmo depois de ter visto o João tentar flertar com a Mafê quando nós éramos pré-adolescentes. – um arrepio percorreu a espinha de Nina ao se lembrar das diversas vergonhas que o amigo passou enquanto tentava conquistar a morena. – Bom, eu já terminei de arrumar minha mala, então agora o quarto é todo de vocês. Aproveitem! – disse enquanto dava uma piscadinha e saía do quarto.

– Pelo amor da deusa, me fala que a gente não flerta igual o João. – pediu Jade se jogando desajeitadamente sobre Felipe na cama.

– Ninguém, na face da Terra, é capaz de flertar tão mal igual o João, pode ficar tranquila. – respondeu o piloto antes de beijar a parte do corpo da garota que estava mais próxima de sua boca, o ombro.

Ficaram assim por alguns minutos até Felipe interromper o silêncio.

– Você não tem que terminar de arrumar suas coisas?

– Shhh! – fez a garota antes de tampar a boca do piloto com uma das mãos. – Me deixa aproveitar ficar assim enquanto nós estivermos aqui, você sabe como meu pai é quando o assunto é garotos.

– Mas ele gosta de mim, e sua mãe também, e ele faz tudo o que a sua mãe manda e eu duvido que ela não vá mandar ele falar não falar nada. E outra, minha mãe é tranquila, então a gente pode passar o dia inteiro lá em casa, sem falar que nós somos vizinhos.

Season of Love | Felipe Drugovich Onde histórias criam vida. Descubra agora