11. O destino e reencontro de duas almas

7 1 0
                                    


Quatro anos depois

Sorte no jogo e azar no amor.

Depois de quase seis anos sem Arthur, Carlos ainda faz muito esforço para conseguir se envolver com outro rapaz, mesmo que ele saiba que não vai para frente, em virtude de que ainda sente que algo muito forte por Arthur, por mais distante que ele esteja e talvez ele nem pense em Carlos da mesma forma que o publicitário, é bem possível que o já tenha esquecido em seguida de seis anos.

Ele tentou ir para frente com Ryan, porque entre eles há bastante química, conexão e sintonia, todavia, além de entrarem em um consenso de que são amigos demais para entrar em um relacionamento, o psicólogo acabou conhecendo um rapaz mais tarde em uma viagem para aproveitar as férias que hoje é seu noivo e já estão de casamento marcado para acontecer daqui uns dias. Carlos está feliz que Ryan encontrou a metade de sua laranja, especialmente após lidar com tantas desilusões amorosas no passado, mas acaba ficando triste por trazer Arthur no topo dos seus pensamentos e questionar solitariamente como o casal estaria hoje em dia se não fosse pelos seus ex-sogros arquitetando aquele plano sujo para separá-los e saírem vitoriosos.

Hoje ele tem um encontro, será de noite e vai se encontrar em um restaurante acordado por seu acompanhante. Carlos conheceu esse homem na internet, através de um dos inúmeros aplicativos de relacionamento, ele se chama David e é engenheiro civil. Não está tão esperançoso e nem com muita expectativa de que tenha algo a mais do que um jantar e depois uma noite de sexo na casa de um dos dois, porém Carlos quer arriscar, uma vez que a vida é uma caixinha de surpresas.

Apesar de estar se sentindo um completo fracassado que vai morrer sozinho quando se trata do amor, ele se sente triunfante quando o assunto é seu trabalho. É elogiado por todos devido a sua criatividade, por ser bastante visionário e cheio de artimanhas para distribuir ideias. Os outros publicitários o respeitam demais e Carlos se sente muito acolhido por todos ali, coisa que já não acontecia na outra agência em que foi estagiário e enfrentou problemas com quase o setor inteiro. Ele sente orgulho de si mesmo toda vez que conquista algo novo e grande. E para agregar mais ainda nas suas vidas profissional e pessoal, recebeu a proposta de ser professor de Publicidade e Propaganda na faculdade em que se formou por ter se destacado muito bem quando era um estudante e não tardou em aceitar aquela oferta, embora soubesse o quão exausto ficaria e mesmo que tenha sentido receio no começo por achar que seria um professor chato e o fato de lidar com pessoas de idades diversas, Carlos até gosta de dar aula e está conseguindo conciliar seus cargos, torcendo para estar agradando seus superiores e, especialmente, a si mesmo.

Recentemente se mudou para um apartamento que fica mais próximo ao centro de São Caetano do Sul e lida com as inúmeras mensagens da sua família perguntando como estão as coisas, se ele já está querendo voltar para sua antiga casa para morar com os pais, quando eles podem ir visitá-lo e várias outras mensagens. Carlos acha exagerado e ao mesmo tempo fofo a forma que sua família corre atrás para saber como ele está e também não pode culpá-los por fazer tantas perguntas, até porque o publicitário estava lidando com muitos problemas emocionais e agora que está morando sozinho, todos têm receio de algo ruim acontecer, mesmo que tenha assegurado todo mundo de que está tudo bem.

O publicitário está muito feliz e satisfeito por estar caminhando tão bem na profissão que escolheu seguir, por estar tão independente e também por estar se saindo bem como professor depois de se subestimar tanto antes de começar, no entanto, gostaria de compartilhar isso com alguém e esse alguém se chama Arthur. Ele se sente sozinho, entretanto, o problema está no fato dele não conseguir manter outra pessoa na sua vida, em razão de que seu ex-namorado não sai da sua cabeça, ainda mais por ter prometido que não soltaria nunca a mão de Arthur, apesar de desconfiar que Arthur já tenha soltado a sua.

Vamos andar de mãos dadas para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora