CAPÍTULO #21

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Eu tinha um certo padrão do meu corpo entre dormir e ficar acordado por dias

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Eu tinha um certo padrão do meu corpo entre dormir e ficar acordado por dias. Eu passava cerca de uma semana com noites em claro, sem conseguir pregar os olhos. Nas crises piores de insônia, chegava a duas. Mas quando o cansaço me atingia, eu não conseguia lutar contra por muito tempo. Meu corpo dava sinais antes para que eu me colocasse logo em um lugar e hibernasse por 24 horas completo, às vezes por dois dias.

Dessa vez não notei os sinais.

Estava enfurecido, batendo em Caius e querendo matá-lo. Ou ao menos lhe dá uma surra para ele aprender a me deixar em paz. Mas quando a luta acabou, meu corpo quase cedeu. Eu não estava conseguindo me manter totalmente acordado, mas não queria apagar completamente, já que aqueles dois ainda estavam perto de mim. E eu não confiava em nenhum deles. Muito menos agora após essa briga.

— Não se mexa — Ouço Elliot falar, mas eu estava tentando me forçar a ficar minimamente consciente. Sinto o pano úmido encostar no canto da minha boca, me fazendo resmungar baixinho. Pela minha vista estreita, notei um vislumbre de um sorriso nos lábios de Elliot, enquanto colocava um curativo no canto da minha sobrancelha.

Não posso apagar…

Não agora…

Afasto Elliot, que tentou me parar, mas consegui reunir forças para me levantar e me esquivar dele, arrancando a droga do curativo da minha sobrancelha, me apoiando nos equipamentos para não cair, torcendo para conseguir chegar até a saída.

Vee… você está bem? — Reconheço a voz de Caius, o que me fez ri fracamente pela pergunta hipócrita, já que há alguns minutos ele queria me matar.

Vee, se sente… — Era Elliot, mas continuei me forçando a andar. Mas antes que eu chegasse à saída, meu corpo não aguentou mais e minhas pernas cederam. Apaguei completamente.

Abro os olhos, com uma sensação estranha de conforto

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Abro os olhos, com uma sensação estranha de conforto. Olho em volta, não reconhecendo onde estava, despertando de imediato e me sentando, olhando para minhas próprias roupas – que não me pertenciam – e a cama enorme que também não era minha.

Eu estava apenas com uma camisa básica na cor branca, de algodão e fina, com um short pijama xadrez em preto e branco. Não estava com meu colete, nem com minhas armas. Meus cabelos estavam soltos e eu não fazia ideia de como vim parar aqui.

— Bom dia, Bela Adormecida! — Olho rapidamente para a porta, vendo Elliot adentrar o quarto, junto com Caius.

Elliot equilibrava uma bandeja e se sentou à minha frente, colocando a bandeja cheia de coisas no meu colo e pegando um morango da tigela branca, rindo como se fosse uma criança levada que fez algo que não podia, comendo a fruta.

— O que aconteceu? — Questiono, os olhando desconfiado, em alerta. Caius cruzou os braços, me olhando seriamente.

— Você apagou na academia. E apagou por dois dias. Keera disse que isso acontecia com frequência. Devia ter nos dito que sofria de insônia. O Oscar é médico e poderia te ajudar em…

— Não pedi ajuda. — O corto e ele me encara seriamente.

— Não comece com essa indiferença, Vee. Estamos tentando te ajudar — Falou, o que me fez encará-lo descrente, me colocando de pé e me aproximando dele.

— Me ajudar?! Você estava querendo me matar e agora está preocupado?! Até parece! — Falo e ele suspira.

— Isso porque você falou o que não devia.

— E eu menti em algum momento? — Rebato, o encarando desafiadoramente. Ele apenas retribuiu o olhar, tentando aparentar indiferença, mas eu sou muito melhor nisso do que ele.

— Vocês não vão brigar de novo. — Elliot entrou no nosso meio, nos afastando um do outro. — Vee, por favor, coma algo. Você precisa se alimentar. Keera que pediu para prepararem o que você gosta — Apontou, me guiando de volta até a cama. Suspiro, olhando em volta, procurando o principal.

— Onde estão minhas armas? — Questiono e Elliot se senta à minha frente, pegando um pedaço da fatia de bolo, dando uma mordida.

— Não se preocupe. Ninguém vai te atacar agora. Deixe de se preocupar um segundo e coma primeiro — Apontou, o que me fez alternar meu olhar dele para a bandeja.

— Você parece estar fazendo mais proveito do que eu — Insinuo e ele sorri levemente, passando a língua no canto da boca para pegar os farelos de bolo que ficou em seus lábios rosados.

— Coloquei o dobro para ter o suficiente para nós dois. Você não se importa em dividir, né? — Falou, sorrindo descontraído, enquanto pegava mais um morango. Suspiro, vencido, pegando um pedaço do sanduíche natural, conferindo se era apenas um sanduíche ou havia veneno ali dentro. Mas Elliot notou e se inclinou para morder o sanduíche, comendo e me olhando como se fosse óbvio. Então cedo e dou uma mordida, sentindo o sabor único e familiar.

— Bem… adiei essa conversa o quanto podia… — Elliot murmurou, olhando para Caius. — É verdade ou não?

E precisa de resposta?

TOXIC - Série King Of Sex - Livro 2 (POLIAMOR) Onde histórias criam vida. Descubra agora