"Mesmo com suas feridas, mesmo com suas cicatrizes ocultando um passado doloroso, mesmo com sua indiferença... Nada disso será suficiente para nos afastar de ti. Pelo contrário, nos fortalece e torna 3 corações em um só."
PLÁGIO É CRIME! CRIE, NÃO C...
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— Aconteceu algo? — Questiono, assim que Keera e eu abandonamos a mansão dos Bergan. Estranhei o fato de ele me chamar para sair de repente. Mas de qualquer forma, foi um alívio. Porque aquele lugar já estava me sufocando e o que eu menos queria era olhar para a cara dos moradores de lá.
— Não exatamente. Mas eu queria saber se está tudo bem com você — Falou, assim que nos sentamos à uma mesa em um bar qualquer. O encaro, arqueando uma sobrancelha em questionamento.
— Comigo? — Ele me olhou, assentindo.
— Vee, eu te conheço. Também me preocupo com você. Estou aqui por conta de um motivo bobo, mas quero saber se você está confortável aqui.
— Eu nem queria ter vindo aqui para começo de conversa — Rebato e ele suspira, esperando o garçom nos servir uma cerveja. — Mas posso lidar com isso. Meu trabalho é garantir sua segurança — completo e ele me olha.
— Não estamos falando de trabalho. Você é praticamente meu…
— Não somos parentes — O corto, o encarando seriamente. — Não se preocupe comigo. Sei me virar. Meu trabalho é esse, não? — Falo, vendo ele me olhar tristemente, mas não respondeu.
— Não queria que as coisas fossem assim, Vee… sabe disso — Balbuciou, chateado.
— Mas são — Falo e ele me encara. — Você não pode controlar tudo. Muito menos as regras. O que está rolando, afinal? — Resmungo e ele balança a cabeça.
— Nada… por ser capo da França alguns aliados estão me cobrando uma aliança de poder mais firme — Comentou e eu o encaro com mais atenção. — Estão querendo que eu me case com a filha do capo russo — Informou, o que conseguiu me arrancar uma risada naquele dia de merda.
— Sério? Todo mundo sabe que aquela garota já deu para meio mundo. Já rolou boatos de que acabou engravidando inúmeras vezes e abortou todas elas. O pai é um ardiloso de merda que só pensa em dinheiro. Se fizer isso, você vai afundar junto com ele — Falo e Keera suspira, concordando.
— Não penso em me casar. Mas ele me ligou esses dias e estão agindo como se o acordo já tivesse sido feito. Mas enfim… irei me resolver. — Ele me olhou, em silêncio por alguns instantes. — Como anda com Caius? — Questionou, me fazendo olhá-lo rapidamente.
— O que tem?
— Vocês vão trabalhar juntos, não? Ando conversando bastante com Adrian e por incrível que pareça temos ideais parecidos, apesar de ele ser prepotente às vezes, mas confesso que também sou — Keera comentou, sorrindo de canto. Suspiro, cruzando os braços e me recostando na cadeira.
— Sabe que não me dou bem em trabalho de equipe — Falo e ele assente.
— Entendo que não queira, mas aqui não é meu país, Vee. Não sou eu que faço as regras — Lamentou, e eu apenas assenti, não querendo mais falar daquele assunto.
Porém, mesmo que eu estivesse ignorando a presença daqueles dois o dia inteiro após retornar à mansão, não demorou para Elliot vir me procurar, arrastando Caius junto.
— Vocês podem atuar juntos nessa missão, porque afinal, não será tão simples — Elliot falou, sério. Pude sentir o olhar de Caius pesando sobre mim, mas fingi que ele nem sequer estava presente. Aceitei a proposta porque realmente precisava extravasar e matar alguém.
— Quem é o alvo dessa vez? — Caius questionou e Elliot analisou na tela do seu tablet.
— Um fugitivo da França e que está perambulando em nosso país. Sam Williams, mais conhecido como Ten — Falou, o que me fez rapidamente encará-lo.
— Ficou maluco?! Por que vão matá-lo? — Questiono e ele me olha sem entender.
— Acabei de dizer que ele é um fugitivo! — Frisou, e eu avanço sobre ele, o puxando pela gola da camisa, o fazendo derrubar o tablet. Caius tentou me conter, mas eu estava possesso. — Me larga! Qual o seu problema?!
— Sabe por que raios ele fugiu?! Se tentar matá-lo, eu mato vocês! — Ralho, furioso. Elliot franziu o cenho, segurando em meus pulsos e tentando me fazer soltá-lo.
— Ele fugiu da máfia! Não se pode ter uma vida comum de alguém que entra no nosso meio. Você já deveria saber disso. Recebi a denúncia e estou apenas seguindo o lógico! — Elliot exclamou, o que me fez segurar a gola de sua camisa com mais força, o empurrando contra a parede, vendo-o gemer de dor. Caius tentou segurar meus ombros para me afastar dele, mas foi em vão.
— Covarde! Quem fez a porra da denúncia?! — Questiono e Elliot suspira, se remexendo, tentando se soltar, mas inutilmente.
— Não vou dizer! Não com você nesse estado! Mas se não vai fazer a droga do trabalho, então Caius faz sozinho! — Ditou, o que me fez bufar em fúria, o soltando bruscamente. Elliot quase se desequilibrou, mas conseguiu ficar de pé, me olhando sem entender.
— Por que está defendendo um traidor?! — Caius questionou e eu o encarei, com a respiração acelerada pela raiva.
— Tenho absoluta certeza que ele vale muito mais do que vocês dois — Falo, saindo dali, abandonando a missão.
