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CAPITULO 3

SEMPRE SOUBE QUE VOLTARÍAMOS A NOS ENCONTRAR

𝒩𝑜𝒶𝒽 𝒰𝓇𝓇𝑒𝒶

- Pediu para me ver pai? - Digo entrando no escritório de meu pai.

- Sim, sente-se meu filho. Tenho um trabalho pra você.

- O Capitão não me informou nada.

- Eu sei, não é nada oficial, mas acredito que você terá interesse nesse caso. - Ele disse me entregando uma pasta fechada.

- Pai, com todo respeito, eu agora sou o tenente da 47, tenho coisas importantes a fazer na delegacia, não posso dar atenção a casos particulares.

Faz 3 meses que eu me tornei o primeiro tenente da 47ª Delegacia de Policia, eu tinha me esforçado muito para chegar a esse cargo e agora não posso negligenciar meus deveres apenas por um pedido de meu pai, mesmo ele sendo um Coronel.

- Esse, eu acho que você vai querer dar uma olhada. - Ele fez sinal para que eu abrisse a pasta e assim que eu vi o nome que estava no topo da folha, meu coração acelerou.

Meu pai estava certo, eu não poderia deixar esse caso de lado, era uma questão particular demais para ignorar. Eu li muitas vezes a ficha desse tal Zac e o que constava era que ele havia sido preso por estupro, consta que a vítima na época era menor de idade, mas não foi citado seu nome naquele documento, ele por já ter 20 anos foi preso, pegando 10 anos de cadeia, mas depois de um acordo feito por sua família com o juiz do caso e alegando bom comportamento, ele foi liberado após cumprir 7 anos de prisão. Naqueles papeis não explicava a ligação da Sina com ele, mas pelo que meu pai me explicou, eles estudaram juntos e tiveram um envolvimento amoroso, por algum motivo Sebastian Deinert acha que agora que ele foi solto, vai querer ir atrás da dela, por isso fui designado para vigiar a Sina sem que ela soubesse, caso ele tentasse alguma aproximação.

Fazia alguns dias que eu a observava indo e voltando do seu trabalho, ela não tinha mudado nada, estava exatamente como eu me lembrava, apenas mais crescida, seus olhos ainda tinham aquele mesmo brilho que me encantava tanto, os cabelos estavam mais curtos mas ainda possuíam o tom loiro que me encantava. Eu passei anos pensando em como seria vê-la novamente, depois que minha família se mudou para outra cidade quando éramos pequenos, perdemos o contato, quando meu pai assumiu como Coronel voltamos a morar aqui e eu já não sabia mais como me aproximar dela, meus pais ainda conversavam com os Deinert, eles costumavam marcar jantares a cada mês, mas não voltamos a frequentar a casa deles como antes. Trabalhar nesse caso pode ser a chance de me aproximar dela outra vez e eu jamais poderia deixar que nada de mal acontecesse com ela.

No quarto dia, ela estava na porta do seu trabalho esperando um carro, quando vi se aproximar um homem alto, com os cabelos escuros e uma fisionomia que eu conhecia bem, pelas fotos que estavam naquela ficha. Ele a abordou por trás e colocou um pano no seu rosto, fazendo ela desmaiar, minha vontade era de ir até lá naquele mesmo instante e acabar com ele, mas eu sabia que precisava de mais se quisesse colocar aquele cara na prisão novamente. Eu os segui e ele a levou para uma casa pequena, antiga, parecia uma cabana, era afastada da cidade e a deixou lá durante a noite. Na manhã seguinte ele voltou e eu chamei reforços, então assim que a viatura chegou, invadimos a casa e graças a Deus foi a tempo dele não fazer nada com ela.

[...]

- Sina, você está bem? - Ela estava com o rosto molhado e ainda assustada, eu desamarrei suas mãos e a ajudei a levantar.

- Acho que sim...Quem é você e como me encontrou? - Ela não me reconheceu, não se lembrou de quem eu era, talvez fosse pelo nervosismo, mas confesso que fiquei um pouco desapontado por ela não saber quem eu era.

𝐏𝐎𝐑 𝐓𝐄 𝐀𝐌𝐀𝐑 - 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora