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CAPITULO 8

COMO SE O TEMPO NÃO TIVESSE PASSADO

𝒩𝑜𝒶𝒽 𝒰𝓇𝓇𝑒𝒶

Depois daquele final de tarde incrível com Sina, eu tive a certeza de que não podia deixar minhas inseguranças atrapalharem o que eu estava começando com ela, eu queria ver até onde aquilo iria e espero que seja tão importante pra ela, quanto é pra mim.

Agora estávamos no meu carro e enquanto mantinha uma das mãos no volante a outra estava sobre a perna de Sina, com nossos dedos entrelaçados, ela segurou minha mão durante quase todo o percurso e eu não nego que amei aquela sensação.

- Ai meu Deus! Para o carro! - Ela gritou e com um solavanco soltou minha mão e se virou para a janela.

- O que foi? - Perguntei preocupado.

- Olha aquilo na vitrine! - Ela disse toda empolgada e apontou para uma padaria, na vitrine tinha uma caixa com vários pacotinhos de balas, mas não qualquer bala.

- Não acredito que eles ainda fabricam isso. - Disse sorrindo.

Aquelas eram balas Surprise, varias balinhas coloridas e que fazem a língua mudar de cor, mas a cor nunca era a mesma da bala, essa era a surpresa. Sina e eu amávamos comprar essas balas e brincar de adivinhar a cor que nossas línguas ficariam, me lembro que sempre íamos correndo até uma loja que as vendia que ficava na praça próxima a casa dos Deinert, todas as vezes que eu ia na casa dela, comprávamos essas balas.

- Temos que comprar! - Ela falou e abriu um sorriso enorme.

- Tudo bem, eu vou estacionar o carro... - Mas antes que pudesse terminar ela me interrompe e diz para eu não estacionar ali.

- Você me disse que me levaria de volta para o passado certo? - Eu confirmei com a cabeça. - Então quero a experiência completa! Vamos até meu prédio que não fica longe, você deixa o carro lá e voltamos aqui para comprar as balas igual fazíamos quando éramos pequenos.

Eu poderia dizer que era muito mais fácil se simplesmente descêssemos do carro agora e comprássemos as balas, mas ela estava tão empolgada e eu quase nunca conseguia negar nada que ela me pedia sorrindo daquele jeito, então aceitei a ideia dela e fizemos do jeito que ela queria. Ela me disse que seu carro tinha ficado na casa dos pais então me falou para colocar o meu na sua vaga, na garagem do prédio.

- Isso é incrível, né? Eu sempre venho nessa padaria e nunca vi dessa bala aqui, quais as chances da gente encontrar ela juntos hoje? - Disse sorrindo e abrindo o pacote de balas que acabamos de comprar.

- Parece que o universo quis me ajudar na missão de te fazer voltar no tempo. - Ri e peguei uma das balas. - Tudo bem, pronta? - Ela balanço a cabeça concordando e eu coloquei na boca a bala na cor azul.

- Eu acho que vai ficar.... - Ela parou um pouco como se estivesse pensando muito sobre isso. - Rosa!

Engoli a bala e mostrei a língua pra ela e ela fez uma cara de decepção.

- Qual cor? - Perguntei.

- Verde. - Respondeu e revirou os olhos. - Beleza, minha vez! - Disse pegando uma bala vermelha e colocando na boca.

- Eu acho que vai ficar... - Fiz a mesma pausa que ela tinha feito e isso a fez rir. - Azul!

Ela engoliu a bala e quando me mostrou a língua dela, eu a olhei com uma cara de vitória.

- Não! É serio? - Ela me perguntou desacreditada e sorri afirmando. - Não pode ser! - Ela se abaixou para olhar no retrovisor de um dos carros que estavam estacionados naquela rua e confirmar se a cor era mesmo azul.

- Eu sou muito bom nesse jogo! - Falei com um ar de superioridade e ela me olhou com uma cara de brava mas logo riu. - Acho que agora eu mereço um prêmio por ter acertado. - Falei como quem não quer nada e me aproximei dela colando nossos corpos.

- Eu ainda não sei como você acerta toda vez. - Ela passou seus braços pelo meu pescoço. - Mas só dessa vez, você vai ganhar um prêmio.

Então nos beijamos mas não durou muito pois nos afastamos quando ouvimos um tremor vindo do céu, anunciando que vinha chuva por ai. Começamos a andar em direção ao prédio dela mas a chuva nos pegou no meio do caminho e tivemos que correr igual duas crianças, foi divertido. Entramos no apartamento dela rindo feito dois bobos e completamente molhados.

- Não acredito que você fez a gente tomar chuva. - Disse rindo e passando a mão no meu cabelo totalmente molhado.

- Eu? - Ela fez uma cara de inocente. - Eu não controlo o tempo e além do mais, foi divertido, confessa? - Ela tirou a jaqueta e me olhando rindo.

- Tá! Até que foi divertido mas agora eu tenho que ir pra casa tirar essa roupa molhada. - No fundo eu estava meio frustrado por ter que ir embora.

- Tá doido? Não pode entrar no seu carro nesse estado, vai molhar tudo! - Ela veio se aproximando de mim. - Você precisa de um banho. - Ela parou na minha frente e ficou me olhando, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela levantou seu vestido e o tirou, ficando apenas de lingerie. - Nós precisamos de um banho. - Ela sorriu e eu pude ver um pouco de malícia no seu sorriso.

Sem pensar duas vezes, a puxei pela cintura e acabei com o espaço entre nossos lábios em um beijo, mas nada comparado aos beijos que tivemos até agora, esse era desesperado, intenso e cheio de desejo. Sina levantou a barra da minha camisa e eu a ajudei me livrando totalmente da peça de roupa, ela pulou no meu colo e enlaçou suas pernas na minha cintura, fui nos guiando para o banheiro enquanto ela distribuía beijos pela minha pele, mordiscava minha orelha e aquilo estava me deixando louco, quando entramos no banheiro eu fecho a porta atrás de mim com o pé, nos levo para dentro do box do chuveiro, ela agilmente desabotoa a minha bermuda e assim que eu a tiro completamente do meu corpo, Sina a pega e joga no chão do banheiro junto com minha boxer preta e sua lingerie rendada, eu ligo o chuveiro e ela se arrepia quando sente a água cair em nosso corpos agora sem nenhuma peça de roupa os cobrindo, a beijo novamente. Eu já estive com mulheres incríveis mas nada nunca se comparou a esse momento agora, ter a Deinert totalmente entregue a mim foi indescritível, eu beijava seu pescoço e sentia ela sorrir com aquilo, era tão bom ver o que meu toque causava nela, cada vez que ela suspirava e falava meu nome era um incentivo pra mim, chegamos ao nosso ápice juntos e foi maravilhoso.

𝐏𝐎𝐑 𝐓𝐄 𝐀𝐌𝐀𝐑 - 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora