𝐏𝐎𝐑 𝐓𝐄 𝐀𝐌𝐀𝐑 - 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭

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CAPITULO 7

ELE SE LEMBROU , NÃO ACREDITO QUE ELE SE LEMBROU

𝒮𝒾𝓃𝒶 𝒟𝑒𝒾𝓃𝑒𝓇𝓉

Geralmente aos sábados, eu saía com a Heyoon ou passava o dia na casa dos meus pais, mas hoje eu vou sair com o Noah e como ele não me disse a onde vamos, estou com dificuldade de escolher minha roupa, não me julguem, levo roupas à sério. Passei quase a manhã toda colocando as minhas roupas pra fora do meu closet, acho que devo ter experimentado umas 20 combinações de roupas. Eu não deveria me importar com esse tipo de coisa, afinal era apenas nosso segundo encontro, eu deveria me preocupar mais com o que usaria por debaixo da roupa, e isso não foi difícil de escolher, escolhi uma lingerie preta nova, que eu ainda não tinha tido a oportunidade de estrear.

Estava quase dando a hora que eu tinha combinado com Noah, eu já estava pronta, resolvi ir com um vestido rodado branco curto, um tênis e meus cabelos soltou, como ainda era dia, não passei muita maquiagem. Logo ouço o som da campainha, abro a porta e vejo que escolhi a roupa certa pois ele estava com uma blusa azul clara que combinava perfeitamente com a cor dos seus olhos e uma bermuda bege.

- Você tá linda minha Sininho . - Ele disse sorrindo e eu sorri de volta.

- Acho que a última vez que você me chamou assim, tínhamos 13 anos. - Estendi a mão e segurei a dele.

- Achei que não fosse se lembrar. - Ele disse e eu o puxei para dentro do meu apartamento.

- Como poderia esquecer, se era meu apelido preferido? - Ele passou as mão pela minha cintura e eu levei meus braços até seu pescoço e o beijei.

- Não sabia que esse era seu preferido. - Ele disse quando o beijo terminou.

- Agora sabe! Pra onde nós vamos? - Perguntei pegando minha bolsa no sofá.

- Já falei que é surpresa senhorita curiosa, você vai ver. Vamos! - Ele segura minha mão e saímos.

Fomos no carro do Noah e durante o trajeto eu tive a sensação de já conhecer aquele caminho, mas ainda não fazia ideia para onde a gente estava indo, paramos em frente a uma casa muito bonita e estranhamente familiar pra mim. Ele estacionou o carro e saiu, abriu a porta pra mim e eu estava meio desconfiada.

- Vamos entrar nessa casa?

- Ainda não reconheceu o lugar? - Ele perguntou rindo.

Eu neguei com cabeça, ele tirou a chave da porta do bolso e abriu, quando entramos eu finalmente me toquei de onde estávamos.

- Estamos na sua casa! - Disse sorrindo e ele concordou com a cabeça. - Uau! Eu nem me lembrou quando foi a última vez que eu vim aqui. - Andei pela sala e vi uma foto dos pais dele. - Wendy continua linda, se lembra que eu chama eles de tios? - Pergunto me virando para Noah que estava parado me olhando mexer um tudo pela sua casa.

- Lembro. - Ele sorri. - Meu pai viajou e levou minha mãe junto, então aproveitei que a casa ia estar vazia e achei que seria legal te trazer aqui.

- Eu amei a surpresa! Esse era um dos lugares que eu mais gostava de vir quando era pequena. - Sorri olhando em volta a casa.

- Mas quem disse que essa é a sua surpresa? - Encarei ele confusa. - Sua surpresa está lá fora, no jardim.

Eu acho que ainda me lembro de onde é, mas ele insistiu em me levar com os olhos fechados até lá.

- Já posso abrir? - Perguntei com ele ainda tapando meus olhos e me envolvendo em seus braços.

- Pode! - Ele tirou a mão do meu rosto mas ainda segurava em minha cintura.

- Eu não acredito... - Fiquei sem palavras ao abrir os olhos e ver uma toalha de piquenique vermelha no chão com um tigela de morangos com cobertura de chocolate, a árvore estava toda enfeitada com luzes como pisca-pisca de Natal. - Noah, como você? Quer dizer, está idêntico aquela tarde do meu...

- Do seu aniversário, eu sei. - Ele continuava me abraçando por trás. - Eu queria te trazer de volta no tempo, gostou? - Eu olhava pra ele e olhava para o jardim, só conseguia sorrir.

- Se eu gostei? Noah, eu amei! - Me virei e o beijei, senti ele sorrindo. - Não acredito que fez isso por mim... É a melhor surpresa de todas! - Falei animada e indo correndo para jogar na mesa.

No meu aniversário de 12 anos meu pai teve que fazer uma viajem de última hora e eu fiquei muito triste, então pedi que minha mãe cancelasse a festa, Josh não se importou muito pois havia ganhado um videogame e desgrudava da tv, já eu pensei que ficaria no meu quarto sozinha chorando, porém Noah apareceu e pediu permissão a mamãe para que deixasse eu ir na casa dele, eu não sabia o motivo e nem estava afim de ir, mas ele praticamente implorou que eu fosse, então me arrumei e fui com ele e tio Marco, chegando lá, Noah me levou para o jardim e disse que tinha uma surpresa de aniversário para mim, o sol estava quase se pondo e fizemos um piquenique de aniversário naquele dia, foi um dos melhores aniversários da minha vida.

Aquele encontro não poderia ter sido melhor, nos sentamos na grama verdinha do jardim dos Urrea e assistimos um lindo pôr-do-sol enquanto comíamos os morangos, quando escureceu as luzes da árvore iluminavam o local, conversamos, nos beijamos, foi perfeito.

- Obrigada por ter feito tudo isso! - Digo acariciando seu rosto, eu estava sentada e ele deitado apoiando seu corpo no cotovelo, olhando pra mim.

- Não precisa agradecer, foi bom pra mim também poder voltar no tempo. - Ele sorriu e por um instante eu voltei a ver o pequeno Noah que brincava comigo e não o homem que ele tinha se tornado e eu definitivamente era apaixonada pelos dois.