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CAPITULO 37

UMA CONVERSA BEM MADURA

𝓢𝓲𝓷𝓪 𝓓𝓮𝓲𝓷𝓮𝓻𝓽

- Si...Por favor... Me diz o que eu tenho que fazer... Eu faço qualquer coisa... - Senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Eu já estava chorando antes, mas depois de ouvir ele suplicar dessa forma, chorei mais ainda, coloquei a mão na maçaneta, algo dentro de mim quase me fez girá-la e correr para seus braços, mas não consegui fazer isso, então apenas apoiei a testa na madeira da porta e deixei que as lágrimas molhassem meu rosto, eu sabia que ele ainda estava ali do outro lado, ficamos um bom tempo ali, por mais que a porta estivesse nos separando, sentíamos a presença um do outro.

Os dias continuaram a passar, estava cada vez mais difícil fingir indiferença a presença dele, eu arrumava qualquer desculpa que fosse para sair de casa e ficar longe, durante a semana era mais fácil pois assim que ele chegava do trabalho eu ia para o quarto, no sábado eu tentei ficar em casa mas foi um péssima ideia pois Noah inventou de ficar desfilando sem camisa pela casa, com o cabelo molhada recém saído do banho e para piorar mais ainda ele estava usando seus óculos, eu tenho certeza que ele os colocou apenas para me provocar, ele sabe que eu não resisto a ele quando está de óculos. Com muita dificuldade e bastante força de vontade, eu consegui me manter longe dele mas precisava de um plano urgente para sair de casa no domingo, aguentar algumas horas é uma coisa, agora o dia todo eu não ia conseguir lidar sem ficar completamente maluca.

Por sorte, recebi uma mensagem bem interessante da minha cunhadinha Sofya, ela pediu para que eu fosse até sua casa, ela queria me contar algo e essa foi a desculpa perfeita para sair de casa.

Quando cheguei tia Wendy atendeu a porta e me recebeu com um lindo sorriso no rosto.

- Sina, que surpresa! Entra, querida. - Disse depois de me abraçar e me fazer sinal para que eu entrasse.

- Bom te ver tia, tudo bem por aqui? - Antes que ela pudesse responder tio Marco se aproximou falando.

- Eu ouvi a voz da minha menina? - Ele veio e me abraçou e beijou o topo da minha cabeça, assim como meu pai faz.

- Achei que eu fosse sua menina tio Marco. - Disse Sofya sorrindo e descendo as escadas.

- Você é minha pequena e a Sina é minha menina. - Ele respondeu de forma tão natural que me fez achar fofo.

- E Noah? Por que não veio com você? - Wendy perguntou.

Tive que pensar rápido, nenhuma das nossas famílias sabia sobre o que estávamos passando e se tia Wendy descobre, minha mãe fica sabendo segundos depois, então não posso deixar escapar nada.

- Ahh... Ele estava bastante ocupado com as coisas do trabalho, mas pediu desculpas por não poder vir. - Sofya me olhou desconfiada.

- Noah te deixou vir sozinha? - Perguntou tio Marco, estranhando muito a situação.

- Sim, por que ele se incomodaria com isso?

- Por causa de tudo que... - Antes que ele pudesse terminar a frase, Sofya o interrompeu me puxando pelo braço.

- Já chega gente, eu chamei a Sina aqui para falar comigo! Vocês estão monopolizando ela.

A expressão no rosto do meu tio me preocupou, por que Noah não poderia me deixar sair sozinha? Sofya me puxava pela escada apressada, até chegarmos no seu quarto.

- Sabe o motivo do tio Marco ter ficado preocupado por eu vir sozinha? - Perguntei assim que ela fechou a porta.

- Não faço ideia! - Ela deu de ombros. - Mas vem, senta aqui que eu tenho que te contar umas coisas. - Me sentei em sua cama, ficando de frente para ela.

𝐏𝐎𝐑 𝐓𝐄 𝐀𝐌𝐀𝐑 - 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora