𝐏𝐎𝐑 𝐓𝐄 𝐀𝐌𝐀𝐑 - 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭

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CAPITULO 60

DONA WENDY, ESTÁ SEMPRE CERTA!

𝒩𝑜𝒶𝒽 𝒰𝓇𝓇𝑒𝒶

"Como pode dizer que me ama, se continua insistindo em nos manter afastados?"

Aquela frase ficou martelando na minha mente desde o momento em que Sina saiu do carro, ela não me deu tempo de dizer absolutamente nada, será que ela não entende que só estou fazendo isso porque quero o bem dela? Porque quero mantê-la segura e protegida, justamente por amar ela demais.

Ela pode achar que não, mas isso me machuca tanto quanto ela, não faz ideia do esforço que fiz para não chorar na sua frente, mas hoje foi diferente da última vez, dessa vez seu olhar não era apenas de tristeza, ela estava... Ela estava decepcionada comigo. Sofya comentou comigo que todas as vezes em que visitou Sina, ela sempre se mostrou determinada a não desistir da gente, mas acho que depois de hoje, ela já não pensa mais assim... O que talvez seja melhor, quanto mais cedo ela perceber que isso é o melhor para ela, mais cedo ela vai poder seguir em frente, né?

Quem eu quero enganar? Eu não quero que ela siga em frente! Eu não quero deixar ela partir, pensar nela com outro homem me causa uma raiva descomunal, eu não sei como vou fazer para viver sem ela, eu estou um trapo velho, eu tive um dia feliz em um mês, UM MÊS de sofrimento e um dia feliz e essa tarde eu passei com quem? Com a Sina!

A única coisa que me restou foi chegar em casa, tomar um longo e demorado banho, desculpa planeta, mas eu precisei, meu psicológico está ferrado e eu não sei o que fazer, depois foi dormir.

Não faço ideia de que horas são, só sei que já era dia porque a claridade do sol invadia a janela do meu quarto, agora me pergunte, por que eu acordei? O som da campainha tocando sem parar, como se o mundo estivesse acabando, me fez despertar e levantar da cama, o que não é uma coisa que eu planejava fazer hoje.

Fui me arrastando até a sala, com a cara amarrotada de sono e o cabelo bagunçado, sem medo de assustar quem quer que estivesse atrás da porta, a abri e o que costumava ser uma voz doce e terna, agora era autoritária e surpresa.

- Não acredito que estava na cama até essa hora. - Minha mãe nem esperou que eu dissesse nada, saiu entrando e me empurrando para o lado.

- Bom dia para você também mãe. - Fechei a porta e esfreguei os olhos.

- Querido, já é quase boa tarde. - Ela me olhou de cima a baixo, me analisando. - Você está horrível, vá tomar um banho, não vou conversar com você enquanto estiver com essa cara de sono.

- Mãe, hoje não é um bom dia... Não estou com ânimo para conversar.

- Não importa! Eu já deveria ter feito isso a muito tempo, Alexandra e eu concordamos em não nos meter, porque achamos que vocês saberia resolver isso como adultos, mas pelo visto isso não aconteceu, né? Então, vá tomar o banho e eu vou preparar um café para você.

- Mãe... - Minha voz saiu fraca e cansada.

- Terei que te enfiar de baixo do chuveiro à força, como fazia quando você era pequeno? - Ela me olhou séria e com os braços cruzados.

Quem vê minha mãe pela primeira vez, imagina uma mulher doce, gentil, meiga e ela é realmente tudo isso, mas o que não imaginam é que por traz de toda aquela fofura existe um dragão adormecido, pronto para te cuspir fogo no primeiro movimento em falso que você der.

Cresci sabendo que por mais amorosa e meiga que dona Wendy possa ser, ela também é uma mulher forte e sabe ser bem brava quando precisa, ela não vai hesitar em te dar um belo puxão de orelha e uma bronca.