O príncipe Rhaegar tinha planos que poderiam destruir sua casa e o reino. No entanto, o Targaryen não contava que o jovem Robert Baratheon mudaria o rumo da história depois de cometer um crime que arruinaram seu propósito um tanto questionável.
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ROBERT BARATHEON
━ Cuide dela seu grande pedaço de merda! Eu não me importo de saber ou não. ━ Robert esbravejava com o pobre garoto que parecia não ouvir o que o seu senhor dizia.
Seu olhar era na mulher frágil pálida e suada que estava deitada na pequena cama na cabine do Capitão Saerys, um mercador lyseno. Ele foi bastante receptivo a Robert, mas não passou nenhuma confiança. No entanto, eles não tinham muitas opções e embarcaram com o homem esquisito. Robert quase o confundiu com uma mulher quando o viu de longe, o homem tinha um corpo esguio e um rosto delicado, pequenos olhos violetas e lábios finos, os longos fios escuros se destacavam seu rosto triangular. O Baratheon estava em dívida com ele ━ pelo menos até o momento, pois Robert não era muito o suficiente para confiar nesse estranho.
O menino pegou um pedaço de pano que não estava tão limpo " mas vai servir " lembrou o garoto. E pediu uma água morna para um homem que estava parado perto da porta tão grande quanto Robert, para trazer água morna.
━ Estamos no mar. ━ ele falou, uma voz grave e forte ━ não tem como esquentar água no navio.
━ O que você está tentando fazer? ━ o Baratheon disse ao menino.
━ Ela está com febre e briga, não é isso que as pessoas fazem quando alguém está com febre? ━ ele disse.
Robert não respondeu, ele nunca prestou atenção nisso até o momento. Mas como poderia? Ele sempre foi um menino saudável, significativamente doente. Ele nem mesmo consegue ter uma lembrança exata da última vez que esteve na cama.
━ Não temos a porra da água quente ━ " morna" o garoto corrigiu em voz baixa fazendo Robert parar e olhar para ele que ainda encarava a princesa, e, ignorando o que o menino o disse contínuo: ━ O que fazemos agora?
━ Apenas traga água então. ━ o menino pediu ao homem de aparência rude que saiu assim que o pedido foi aqui.
━ Água gelada então, o que você pretende? Matá-la de frio? ━ Robert disse baixo ao menino que estremeceu de medo.
━ Ela está suja e suada, pense em limpá-la e deixá-la confortável entre o lençol e...
Robert o interrompeu: ━ Seu pequeno pervertido! Saia daqui agora!
O menino ainda abriu e fechou a boca várias vezes, mas nada disse. Ele era pequeno, mas também era esperto o bastante para saber que o Lorde Baratheon jamais o ouviria naquele momento. Então ele apenas se aposentou, sem fazer nenhuma medida de respeito, pois no disfarce eles eram apenas jovens camponeses tentando voltar para casa. O plano era desembarcar em Portonegro esperar que o Senhor Alaric Dondarrion os recebesse bem.
Seus olhos pousaram na princesa, que estava abatida por seus dias difíceis somados com gravidez e com toda certeza a viagem de navio. Não tinha nem três dias de viagem e ela já havia caído na doença. Robert nunca fora um homem devoto, mas agora ele orava aos deuses, principalmente ao Estranho, implorando que não a levasse.
A porta foi aberta e o homem deixou o balde lá e saiu sem dizer nada. "Melhor assim" pensou Robert. Pensando no que o garoto disse, ele viu razão no pobre menino. A princesa estava suja e suave como um porco, uma pontada de arrependimento se apossou do homem. Ele primeiro se arrependeu daquela mulher em uma situação dessa, ela não tinha culpa de ter um marido como Rhaegar, embora ele seja, e também tem a questão de ela estar carregando mais um membro real que os Targaryen consideravam mais importante que ela. E isso para ele era um grande prêmio, dois referências de grande importância.
Recoso ele pegou o pano abandonado pelo jovem Liam, e molhou logo em seguida o espremeu. Sua mão ia devagar em direção a testa da princesa Elia, seus olhos nunca deixando o rosto pálido e doente dela. Até que delicadamente sua mão tocou seu rosto e isso fez a princesa reagir com um gemido trêmulo. Com sua outra mão o Baratheon tocou a testa da mulher. Ela queimou em febre. Robert respirou fundo e continuamente limpando Elia, aquele momento parecia tão íntimo que ele se sentia nu. Robert agradece por ela estar inconsciente, como um garoto verde suas bochechas ganharam cor e seus pés suavam. E depois de muito tempo ele sentiu vergonha da presença de uma mulher. Talvez a situação em si seja delicada demais para o jovem e bruto Robert Baratheon e isso o deixa envergonhado, mas nada justifica seu coração acelerado e essa agonia no estômago. E também essa intensa vontade de fazer com que se sinta melhor. De certa forma, ele estava gostando disso. Suas mãos pararam quando já havia descido o pescoço. Elia jamais deixaria que Robert encostasse nela mais do que o necessário, então ali ele finalizou o que estava fazendo.
Quando ele se encostou na parede de madeira da cabine ele se sentiu triste ━ não tão triste quanto da última vez, pois foi quando seus pais morreram no naufrágio que ele e o irmão presenciaram, mas ainda assim triste e arrependido. Que tipo de monstro ele estava se tornando? Até quando essa mulher vai continuar sofrendo por consequência de terceiros? O pior foi que todo Robert descobriu que a fez sofrer mais do que Rhaegar jamais fez. Isso fez de uma maneira diferente, ele era o vilão da história, Rhaegar o herói e Elia a donzela indefesa. Mas qual era o papel da senhora Lyanna?
"Isso precisa parar, eu preciso parar! Mas como?" Robert se questionou.
Quem é vivo sempre aparece :D Olha só quem está de volta! Espero que eu perdoe por passar quase três meses para atualizar. Mas infelizmente com uma porrada de acontecimentos (política, copa, festas de fim de ano) a ansiedade não me deixou descansar eu não consegui me concentrar na história e então me deu um p*ta bloqueio criativo. Estive planejando voltar a postar no primeiro sábado de janeiro, mas não me senti satisfeito com nada que escrevia. Mas agora vou compensar vocês que estão tentando postar um capítulo todos os dias! É isso meus amores, espero que tenham gostado do capítulo <3 Bjs de luz!
