Cap 18.

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Freitas👺

Saí da boca e desci pra casa da Cecília, vendo ela com cara de sono. Só sorri.

Cecília: Garoto, 11 da manhã. - Falou olhando no celular.

Freitas: Hora de acordar, garota. - Falei entrando. - Tem trabalho mais não?

Cecília: Tô de férias meu filho, eu em. - Falou fazendo bico. - Bora, vou tomar banho.

Freitas: Que isso pô, nem convida. - Ela riu.

Subimos pro quarto dela e eu me joguei na cama, pegando o celular e ela entrou no banheiro.

Fiquei marolando por umas horas e em alguns minutos, ela saiu com o cabelo molhado e um pijama.

Cecília: Eu tô com sono. - Falou se jogando em cima de mim.

Freitas: Fez o que tanto pra estar com esse sono todo? - Falei beijando a testa dela.

Cecília: Não sei. - Fez bico. - O que é que você fez com a Isabella, ein?

Freitas: Eu? Nada, ué. - Ri.

Cecília: Sério, Freitas. - Falou se sentando. - O que rolou?

Freitas: Ela tava com o Ret lá no bagulho, apareci lá e brinquei um pouco.

Cecília: De que forma, exatamente? - Arqueou a sobrancelha.

Freitas: Umas ameaçadas de leve pô, nada demais.

Cecília: A gente não já conversou sobre isso? - Bufou. - Não quero problema pro seu lado, e muito menos pro dela.

Freitas: Meu bem, bota sua cabecinha pra pensar. - Falei batendo na cabeça dela. - Filha de policial no morro. Tu já pensou no lucro que isso vai ser?

Cecília: É minha amiga acima de tudo, Freitas. - Falou se levantando, cruzando os braços. - E você sabe muito bem que elas não faria nada pra afetar vocês.

Freitas: Relaxa, a gente vai deixar ela em paz. - Falei me levantando junto, apertando a cintura dela.

Cecília: Vão mesmo? - Ri ao sentir o arrepio dela.

Freitas: Quando o Ret conseguir comer ela, tua amiga vai estar numa paz absurda. - Susurrei em seu ouvido e me distanciei, rindo.

Cecília: Freitas! - Bufou. - Que papo é esse!?

Freitas: Tô subindo pra boca, vida. - Ri e saí do quarto, vendo ela me puxar de novo.

Cecília: Amor, por favor. - Falou com os olhos brilhando. - Deixa a Isabella longe de coisas daqui.

Freitas: Vamo fazer um combinado então. - Falei me encostando na parede. - A gente deixa ela em paz, mas tu vai se sair dela também.

Cecília: Tá maluco? Ela é a minha melhor amiga! - Falou incrédula.

Freitas: Eu sei como funciona esses esquemas de vocês, Cecília. Vocês abrem o bico uma pra outra de tudo que acontece. - Neguei com a cabeça. - Vai ser a mesma coisa dela ainda frequentar o morro.

Cecília: Eu só não entendo o motivo dela não poder ficar na paz. - Falou baixo.

Freitas: Parentesco de fardado não tem nem direito de vagar por aqui, eles mesmos sabem disso.

Cecília: Vai trabalhar, você me estressou. - Falou me empurrando.

Só neguei com a cabeça e saí do quarto dela, descendo e abrindo a porta de fora.

Freitas: Sete horas quero tu pronta, vai sair comigo. - Falei alto e só ouvi ela mandando eu ir tomar no cu.

Coloquei o cigarro na boca e subi o morro, voltando pro trabalho de sempre. Abri a porta da sala do Ret e vi ele de cara fechada.

Olho vermelho pra porra e o cigarro entre os dedos.

Freitas: Você dormiu, cara? - Falei me aproximando.

Ret: Não. Só conseguimos recuperar os bagulho agora. - Falou apoiando a cabeça na mesa.

Freitas: Vai pra casa e descansa, Ret. Se tu continuar enchendo o cu de cocaína, vai ter uma overdose aqui e agora.

Ret: Boca perdeu 5 vapor ontem, sem contar com os que não entram hoje. Tem muito bagulho envolvido pra eu ir dormir agora. - Riu.

Freitas: Eu assumo aqui. - Falei dando um tapinha na cabeça dele.

Ret: Relaxa pô, eu tô consciente. - Falou colocando o cigarro na boca.

Eu só respirei fundo e tirei o cigarro da mão dele, colocando no cinzeiro.

Freitas: Se quer ficar aqui, fica. Mas sem cheirar e fumar.

Ret: Que isso, eu que dou as ordens. - Falou me dando dedo.

Freitas: Mas quando tu morrer aí, eu que vou. - Ele riu.

30 comentários p próximo cap.

Meu Maior Arrependimento. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora