Cap 15.

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Maratona 2/3🦋

Freitas👺

Ela saiu e eu só sorri, me sentando ao lado do Ret.

Ret: Assim não tem graça, pô. Eu ia comer ela hoje. - Cruzou os braços.

Freitas: Minha missão é impedir, paizão. Tu esqueceu que isso foi uma aposta?

Ret: Mermo assim, eu tava conseguindo. - Bufou.

Freitas: Ela não falou nada do pai dela?

Ret: Falou e eu me fiz de sonso. - Riu. - Sem papo agora, trabalho vagabundo.

Freitas: Tua bunda, hoje não é meu plantão.

Ret: Nem o meu, mas as vendas foram adiadas pra essa madrugada e tu sabe como é o movimento. - Falou colocando o celular no bolso.

Freitas: Ah viado, quem diabos colocou essa porra pra agora? - Bufei e levantei.

Ret: Também tô querendo saber. Mudaram o bagulho sem nem me consultar.

Eu apenas assenti e ele fechou a cara, acendendo um cigarro e subindo pra sala dele.

Nós entramos e vimos o Daniel com um papel na mão, conferindo tudo.

Ret: Terminou? - Falou se sentando.

Daniel: Tá faltando mais de 50 kilos de heroína. - Ret encarou. - O carregamento não chegou hoje?

Ret: Chegou. - Bufou. - Tem certeza que não contou errado?

Daniel: Tenho. Contei duas vezes, me espantei quando percebi.

Ret só fez um sinal e eu assenti, puxando o radinho.

"Lista 12 do carregamento na sala do chefe, 2 minutos."

Freitas: Que isso maluco, já tá puto?

Ret: Tô desde que saí de lá. - Falou se levantando. - Heroína é oque mais vende na madrugada. Como chegam aqui faltando isso tudo?

Daniel: Isso a gente vai descobrir agora. - Falou apontando pra porta, vendo os vapores entrarem.

Ret sacou a arma e se aproximou, cruzando os braços.

Ret: Quero um culpado e o motivo em 30 segundos, se não vai todo mundo tomar bala. - Falou jogando a fumaça do cigarro pra cima.

Eles ficaram se encarando e eu me aproximei, arqueando a sobrancelha junto.

???: Meio do caminho tivemos que parar, policial revistando os caminhões. Nós estacionamos um pouco longe da estrada e abrimos o caminhão, transferindo pro galpão do Leal.

Ret: E não pegaram de volta ainda por que? - Arqueou a sobrancelha.

???: Voltamos lá pra pegar, mas tinha sumido. - Falou baixando a cabeça e o Ret encarou.

Ret: Vocês tão me dizendo que perderam 50 kilos da nossa droga mais vendida por irresponsabilidade de vocês!? - Falou já puto. - Por que não conferiram a estrada antes de acelerarem, porra?

???: Nós conferimos, senhor.. - Ret interrompeu.

Ret: Se tivessem conferido, não estaria faltando isso tudo na boca! - Falou atirando pra cima. - Hoje é dia de venda, porra. Vamos perder mais de 200 mil reais pela inutilidade de vocês!

???: Nós vamos achar. - Falou baixando a cabeça e o Ret riu, indo até ele.

Ret subiu o queixo dele com a arma e colocou o dedo no gatilho, encarando ele.

Ret: Vocês vão achar mesmo, até porquê não estão doidos ainda. - Riu. - Duas horas no máximo pra essas drogas estarem aqui.

???: Mas Ret, o galpão fica á uma hora daqui! Pra ir e voltar já deu o tempo!

Ret: Pensassem nisso antes de me fazerem atrasar as vendas. - Falou se distanciando. - O relógio tá rodando. Tic, tac.

Eles saíram rapidamente da sala e o Ret se sentou na mesa novamente, colocando a arma na cintura.

Freitas: Porra, 50 é foda.

Ret: Mais de 200 mil, tu tem noção disso? - Assenti.

Freitas: Isso é falta de chá, irmão. - Falei batendo no ombro dele.

Ret: Eu poderia estar fudendo agora, se alguém não tivesse chegado e estragado tudo. - Bufou.

Freitas: Fica de boa, valeu? - Falei pegando o celular, vendo ligação da Cecília.

Ret: O que essa maluca quer te ligando? - Arqueou a sobrancelha e eu respondi que não sabia, atendendo.

Ligação On:
Freitas e Cecília.

Freitas: Opa, gatinha.

Cecília: Onde tu tá?

Freitas: Tô na sala do Ret, por que?

Cecília: Posso subir aí?

Freitas: Pode, ué.

Cecília: Tô indo.

Ligação Off.

Freitas: Cecília tá subindo, sem escândalo. - Ri.

Ret: Não quero nem ouvir a voz dela, sacou? - Assenti.

Meu Maior Arrependimento. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora