Meu Maior Arrependimento. | Filipe Ret.

Cap 39.

Bella🧚🏻‍♀️

Nós saímos da casa e fomos em direção á sua moto, até ouvir alguém chamar meu nome.

Olhei pra trás e vi o Ret de cara fechada, vindo em nossa direção.

Lipe: O que foi, patrão? - Arqueou a sobrancelha.

Ret: Não vai levar ela. - Falou jogando a fumaça do cigarro pra cima. - Ela tá nitidamente bêbada.

Bella: Eu não tô bêbada! - Falei alto e ele encarou.

Lipe: A mina quer, Ret.

Ret: Ela não vai, maluco. - Bufou. - Volta pra dentro, Isabella.

Bella: Você não manda em mim. - Falei cruzando os braços.

Ret: Mas eu mando em ti. - Encarou o Lipe. - Mete o pé.

Lipe: Pô Ret.. - Foi interrompido.

Ret: Agora, porra! - Falou alto.

Lipe só assentiu com a cabeça e pegou a chave da moto, acelerando rapidamente e eu vi a fumaça.

Bella: Você ficou maluco!? - Falei encarando ele.

Ret: O teu pai tá querendo subir aqui e eu juro que se ele me estressar, o tiro agora vai ser na testa. - Falou sério. - Deixou ele descobrir que você vinha?

Bella: Não, ué. - Falei pegando o celular, vendo ligação perdida dele.

Ret: É bom tu resolver isso se não quiser ficar sem pai. - Falou me puxando pra dentro da casa, indo diretamente pra um quarto.

Peguei o celular e retornei a ligação, mas ele não atendeu de jeito nenhum.

Ret recebeu uma ligação e atendeu rapidamente, fechando a cara quando ouviu o vapor dizendo que ele já estava na entrada.

Bella: E agora? - Falei baixo.

Ret: Agora tu vai ficar aí calada, não vão tocar um dedo em tu. - Falou recarregando a arma e eu arqueei a sobrancelha. - É só porquê não quero caô pro meu morro, otária.

Ele colocou o cigarro no cinzeiro e puxou o radinho, comunicando aos vapores que ele estava subindo.

Pelo que falaram, sozinho.

Nós ficamos calados até a música parar e ouvir um "Polícia! Quero todo mundo deitado no chão!"

Ret: Mas já chega fazendo furdunço no meu morro? - Riu cínico e colocou a camisa no ombro. - Fica aí.

Ele saiu do quarto e eu abri a porta depois de alguns segundos, ouvindo a conversa lá de baixo.

Ravier: Cadê minha filha, Ret? - Falou sério.

Ret: Se nem tu sabe, imagina eu, pô. - Debochou.

Ravier: Eu sei que ela tá aqui! - Falou alto e segurou a arma mais forte. - Eu tô com um batalhão inteiro fora dessa casa, só esperando um comando pra entrarem e todo mundo aqui morrer. Me entrega a minha filha.

Ret: Tu acha mermo que se ela tivesse aqui, eu não já teria descido o tiro? - Falou sério. - E no papo? Tu tá sozinho, meus vapores da entrada responderam o último toque na merma hora.

Meu pai olhou em volta e parou o olhar na Cecília, que passou a mão no cabelo e meu pai riu.

Ravier: É óbvio que ela ia subir pra cá. - Debochou. - A favelada tá aqui.

Freitas: Repete, filho da puta!? - Falou indo até ele, colocando a arma na sua testa. - Repete!

Ret: Esse trabalho aí é meu, Freitas. - Falou olhando pra cima, piscando pra mim e eu neguei com a cabeça, o que fez ele fechar a cara e voltar á encarar.

Freitas: Mata logo esse cara, Ret! - Bufou.

Ret: Não. - Falou colocando a arma na cintura. - Eu vou te dar 1 minuto pra estar fora do meu morro, se te verem no público depois desse tempo, é um tiro em cada parte do teu corpo.

Freitas: Ret! - Encarou ele.

Ret: Não me contesta, Freitas! - Falou sério.