Meu Maior Arrependimento. | Filipe Ret.

Cap 16.

Maratona 3/3🦋

Ret🌪️

Cecília subiu pra sala e eu já ri da cara dela. Bagulho é que nem eu sei se o Freitas assumiu pra pegar informação com a Isabella.

Ou se sei lá, o maluco apaixonou.

Freitas: Tá bem, pô? - Falou se apoiando na mesa, puxando ela.

Cecília: Só tô sem sono. - Riu e abraçou ele, que riu junto.

Ret: Nem tua voz era pra eu tá escutando, já vamo começar por aí. - Cruzei os braços e ela me deu dedo.

Cecília: Bella subiu aqui? - Assenti e o Freitas riu. - O que rolou?

Freitas: Ela foi embora do nada quando cheguei. - Negou com a cabeça e a Cecília encarou.

Cecília: O que você fez, em? - Cruzou os braços.

Ret: Ele não fez nada, pô. Ela só surtou e meteu o pé.

Cecília: Mas tu ficou com ela pelo menos? - Ri.

Ret: Deu tempo não. Foi questão de minutos e o Freitas chegou, estragando com o bagulho.

Freitas: Dava de ter uma rapidinha. - Riu.

Ret: Sou precoce não, parceiro. - Falei jogando a fumaça do cigarro pra cima.

Cecília: Nem um beijo? - Fez bico.

Ret: Negócio de beijo, tô com cara de adolescente? - Neguei com a cabeça.

Cecília: E agora é obrigatório levar pra cama qualquer menina que tu fica? - Arqueou a sobrancelha.

Ret: É o certo, né? Beijo eu ganho da minha mãe.

Cecília: Totalmente escroto. - Bufou.

Ret: Mete o pé aí, amante. Dia de venda.

Freitas só fez sinal de rendição e ela bufou, saíndo.

Freitas: Amante, pô?

Ret: O fiel sou eu, maluco. - Rimos. - Se tu não vai deixar eu fuder a amiga dela, eu não vou deixar você fuder ela.

Freitas: Mas ela é minha namorada, pô.

Ret: Vai fazer eu namorar aquela maluca pra comer ela? Te sai. - Freitas riu.

Freitas: Ué, depois mete o pé.

Ret: Filha de polícia eu meto piroca... - Cantei baixinho e ele riu, negando com a cabeça.

Os vapores logo entraram na sala e apresentaram o nome da maioria das pessoas que já estavam na fila.

Eu assenti e perguntei dos vapores responsáveis pela heroína perdida. Eles só disseram que não sabiam.

Boca vai perder 5 vapores por irresponsabilidade.

Liberei a entrada e o Freitas foi pra porta, revistando geral pra evitar gracinha.

Bagulho é que aqui eles não entram com nada. Arma, faca, celular. É só a roupa e o dinheiro.

Eles foram entrando já atrás de heroína. Porra, isso vai ser foda. Tô com 30kilos aqui e os primeiros que chegarem, pegam e acabou.

A sorte é que eles tavam atrás de umas drogas novas que chegaram também, então não foi só esse o foco. Não perdemos tanto quanto era pra perder.

Finalizamos a noite com 600 mil reais e alguns números quebrados.

Freitas entrou na sala e se jogou no sofá, respirando fundo e pegando o celular.

Freitas: Eu tô cansado pra porra. - Falou passando a mão no rosto.

Ret: Vai pra casa, pô. - Falei jogando o pó na mesa e ele arqueou a sobrancelha.

Freitas: E tu não vai não? - Cruzou os braços.

Ret: Tenho que resolver esse bagulho do galpão, Freitas. - Ri. - Vai lá.

Freitas: Tu tá sem dormir á dois dias, Ret. Vai completar três mermo? - Assenti.

Ret: Tô tranquilo, fica também.

Ele só negou com a cabeça e fez um toque comigo, saíndo da sala.

Bagulho é que já fiquei uma semana virado quando foi invasão. Limpeza no morro, recuperação de tudo que perdemos, é foda.

Três dias não é nada.

Cheirei uma carreira e já senti a mente se animar, só joguei a cabeça pra trás e respirei fundo.

Chamei no radinho os vapores responsáveis pelo sumiço no galpão e eles subiram. Um com a cara mais amassada que o outro.

Ret: E então? - Falei me levantando.

Daniel: Agora vocês falam aí o que me disseram. - Falou cruzando os braços e eu arqueei a sobrancelha.

???: Eles falaram que não iam devolver. - Encarei. - Porquê de acordo com eles, tava na propriedade do Leal, então é dele.

Ret: Daniel. - Ele encarou. - Me arruma o número do Leal, pra hoje.

Ele só assentiu e saiu da sala.

Peguei a arma e recarreguei, vendo eles fecharem os olhos fortemente.

???: Ret, por favor!

Ret: Ajoelhem. - Falei tirando o celular do bolso, jogando na mesa.

Eles ajoelharam e eu ri, me aproximando.

Daniel: Ret? - Falou entrando na sala novamente. - Do Leal ou do Leão?

Ret: Do Leal, animal.

???: O galpão era do Leão. - Encarei.

Ret: Você disse que era do Leal, porra!

???: Eu confundi.. - Falou baixo e eu respirei fundo, apertando o gatilho na cabeça dele.

Os respingos de sangue foram pra minha camisa e rosto, fazendo a poça de sangue se formar no chão.

Ret: Pega o dos dois. - Daniel assentiu. - E aproveita, já manda entrarem aqui pra limpar.

Ele só assentiu novamente e saiu da sala. O resto dos vapores olharam assustados e eu fui atirando na cabeça de cada um, até a sala ficar um mar de sangue.

Vai vacilar trabalhando comigo não.