A filha do treinador-Manu Ugarte

Capítulo 18

Ugarte on

Ouvi uma conversa no balneário, sobre o Trincão pedir a Margarida em namoro, e a foto que ele postou confirmou isso.

Eu não confiava muito nele, por saber a vida que os jogadores de futebol levam, a maior parte deles nunca ficam com uma só rapariga, mas como é óbvio, nem todos são iguais apesar da maioria ser.

Eu percinto algo negativo da parte dele, já que na maior parte das vezes que íamos sair ele levava uma gaja para casa, mas pode ser que desta vez seja a sério.

Logo no dia a seguir tivemos treino, e eles felicitaram-no, eu optei por não o fazer, equipei-me e caminhei até ao campo para começar o treino, assim que lá cheguei, vi-a ao pé do treinador e da equipa técnica, então caminhei em sua direção, assim que ela me viu ela sorriu.

—Buenos dias—ela disse abraçando-me eu abracei-a de volta 

Separámo-nos, e logo decidi perguntar-lhe.

—Como correu a noite?—eu perguntei cruzando os braços

Ela contou-me cada detalhe eu ouvi-a atentamente, ela estendeu-me a mão mostrando-me o anel, alguns jogadores passaram e desejaram-lhe felicidades, por cima do seu ombro, vi o Trincão caminhar até nós, ele abraçou-a por trás, envolvendo os braços sobre a sua cintura e deu-lhe um beijo na bochecha, ele fez isso sem desviar o seu olhar do meu, que psicopata.

—Nem um beijo de bom dia—ele disse indignado

Ela virou-se de frente para ele, e deu-lhe um beijo na bochecha, ela afastou-se, mas ele puxou-a, e beijo-a, eu desviei o olhar, sentindo-me a mais, eles separaram-se, ela resmungou algo batendo-lhe no ombro.

O treinador pediu para nos aproximarmos, e eu assim o fiz.

(. . .)

Após o treino estávamos a combinar ir beber uns copos.

—Também posso ir?—ela perguntou ao Trincão

—É uma saída só de rapazes—ele disse

—Se quiseres podes ir com elas, elas também combinaram algo—disse o Coates referindo as namoradas e esposas dos jogadores

—Oh, mas elas se calhar, já tinham combinado algo entre elas, e eu não me queria estar a meter—ela disse—Olha deixem estar eu também estou cansada, é melhor ir para casa

Ela despediu-se de todos e saiu.

—Vens Manu?—perguntou-me o Porro

—Eu pensando melhor também vou para casa—eu respondi ele ergueu uma sobrancelha, mas não disse nada

Peguei na minha mala, e caminhei apressadamente até á saída, felizmente ainda a consegui apanhar a tempo.

—Guida—eu gritei e ela virou-se ela tinha uma expressão apreensiva, mas suavizou assim que viu que era eu

Caminhei até ela.

—Onde vais—eu perguntei ao chegar ao ela

—Ía apanhar o autocarro—ela disse apontando para a paragem a alguns metros de nós

—Não vieste de carro—eu perguntei confuso

—Não, o Trincão trouxe-me—ela respondeu