Capítulo 10

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Margarida on

Assim que chegámos a casa eu tomei banho, contra a minha vontade, vesti umas roupas íntimas pretas, e saí da casa de banho, ele aparentemente não estava no quarto, fui até ao meu armário, entretanto a porta do quarto foi aberta, eu continuei á procura de uma roupa, escolhi uns calções de fato treino cinzentos, vesti os calções, e virei-me para ver quem era.

Ele estava parado em frente á porta com uma tigela na mão a olhar para mim, ele percebeu que eu estava a olhar para ele e desviou o olhar para o chão envergonhado, vesti a sua sweat, e sentei-me na cama.

—A tua mãe disse para comeres isso—ele disse estendendo-me a tigela

—Nem penses que eu vou comer sopa—eu disse recusando

—É canja, Manuel obriga-a a comer a canja, nem que tenhas de lhe dar á boca—disse a minha mãe entrando no quarto 

—Eu não sou nenhuma criança, eu sei comer sozinha—eu disse pegando no meu telemóvel 

—Aqui tens os comprimidos, e o spray para pores no nariz—ela disse colocando-os em cima da mesa de cabeceira

Eu odiava tomar comprimidos, sempre que eu os tomava tinha de os partir, se não eles não desciam de forma alguma. 

—Bom eu vou ter de sair, portem-se bem—ela disse dando-me um beijo na testa—Manuel certifica-te que ela come a canja e que toma os comprimidos~

A minha mãe disse colocando a sua mão no ombro dele.

—Não se preocupe, ela está em boas mãos—ele disse sorrindo

—Eu não duvido—ela disse sorrindo

—Eu duvidava—eu disse olhando para eles irritada

—Bom eu tenho de ir—disse a minha mãe e saiu do quarto

—Podes para de flertar com a minha mãe—eu disse-lhe largando o telemóvel e cruzando os braços

—Tem de se agradar a mãe e depois a filha—ele disse sentando-se em cima da minha cama

—Com certeza não vais passar da mãe—eu disse-lhe rindo

Ele olhou para mim sério, o que me fez rir ainda mais, ele ficava adorável sério.

—Já te disseram que ficas adorável, quando estás sério?—eu perguntei apertando-lhe as bochechas

—Que tal comeres a canja—ele disse tirando as minhas mãos das suas bochechas

—Pronto está bem, que desmancha prazeres—eu revirei os olhos

—Abre a boca—ele disse aproximando a colher da minha boca, eu desvie-me cruzando os braços—E ainda dizes que não és nenhuma criança

Eu peguei na tigela e na colher e comi a canja, sobre o seu olhar atento, assim que terminei, coloquei o spray no nariz, e depois peguei nos comprimidos, e lembrei-me que não tinha água para os tomar, calcei os chinelos e saí do quarto.

—Onde é que vais?—ouvi-o perguntar, mas nem se quer me atrevi a responder-lhe

Desci as escadas e fui até á cozinha, enchi um copo com água, coloquei o comprimido na boca, ele era pequeno então não ouve necessidade de o partir, assim que acabei de o tomar coloquei o copo na lava-louça.

E voltei para o quarto, quando voltei para o quarto ele estava no mesmo sítio a olhar para o chão pensativo, fechei a porta atrás de mim, e ele voltou o olhar para mim.

—Onde foste? —ele perguntou

—Fui tomar os comprimidos—eu respondi como se fosse óbvio

Caminhei até á minha cama, e liguei a televisão, ele descalçou-se e sentou-se ao meu lado, bem próximo a mim, eu olhei para ele de lado.

A filha do treinador-Manu UgarteOnde histórias criam vida. Descubra agora