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O dia ontem foi maravilhoso! Depois do shopping eu e os pombinhos resolvemos ir em um parque de diversão em outra cidade, pode se imaginar que cheguei tarde em casa. O que minha mãe não gostou já que queria que eu estivesse aqui para receber meu pai.

Mas bom, hoje já é o dia seguinte e já começamos acordando com uma gritaria. Teríamos um almoço com os Tsuki então iríamos cedo para a casa deles começar os preparativos. Claramente eu não queria ir, estava um domingo maravilhoso para ficar em casa.

Mas fazer o que, minha mãe é insistente.

Tomei um banho e vesti uma roupa bonita, não tão chamativa e nem desconfortável, aprendi meu cabelo, coloquei alguns acessórios e desci para tomar café. Minha mãe já estava acordada aprontando tudo.

ㅡ Vá chamar seu pai, ele já deve ter terminado de tomar banho - obedeci.

Fiz o caminho de volta indo até o fim do corredor, bati à porta esperando uma resposta.

ㅡ pode abrir - fiz como mandou apenas abrindo minimamente.

ㅡ A mamãe mandou te chamar, o café tá pronto.

ㅡ Só isso o que tem a dizer? - assenti - seu pai passa 2 meses fora e nem para dizer "estava com saudades" ou se quer um abraço?

ㅡ Bom - esfreguei a nuca pensando no que iria falar - não vou mentir, estive com um pouco de saudades.

ㅡ Só? - mordi o lábio - ao menos se esforçou - tocou meu ombro e saiu do quarto.

Eu não tinha lá o melhor relacionamento com ele, às vezes parecemos estranhos um para o outro. Ele sempre viajou a trabalho, deve ser por isso que não somos tão íntimos como eu e a mamãe.

Desci as escadas e tomei meu café, fui a primeira a levantar da mesa e deixar meus pais conversando sobre trabalho. Peguei meu celular e fui ver algumas mensagens.

Hinata explodia mandando mensagem, dizendo como foi a manhã na casa do namorado, algumas mensagens do grupo da Karasuno informando o horário do jogo a noite. E claro, não poderia faltar uma mensagem dele, afinal, eu iria na casa dele.

Suspirei fundo e respondi:

Tsukishima:

Oi, você vai vir aqui para casa né?

S/n:

Oi, talvez

Tsukishima:

Minha mãe tá pirando aqui, eu queria conversar com você, sabe... deixar tudo a limpo

S/n:

E tá sujo? por que você é obcecado por mim?

Tsukishima:

Nos vemos depois.

Suspirei fundo bloqueando o celular e desviando o olhar para o teto. Caramba Tsuki, você faz uma bagunça nos meus pensamentos. Não sei o motivo, mas fico inquieta quando penso em você. Você me deixa em dúvida comigo mesma.

ㅡ O que aconteceu filha? Ultimamente tenho notado que você está suspirando mais que o normal - apoiou a não em minha cabeça.

ㅡ Nada não mãe, eu só tô com muita coisa na cabeça.

ㅡ Talvez isso se chame paixão.

Tossi forçadamente.

ㅡ Pode ter certeza que não - neguei.

ㅡ Vamos logo! - meu pai gritou da porta.

Me levantei e fui até o carro, o motor roncou e então fomos para a casa dos Tsukishimas. Não precisamos ir de carro, mas meu pai insistiu caso houvesse uma emergência.

ㅡ Finalmente chegaram! - Himari nos recebia com um sorriso grande, sai do carro e a cumprimentei com um abraço - como você está linda, querida.

ㅡ Você também tia, onde está os outros? - olhei para o quintal sem ver nenhum dos irmãos.

ㅡ O mais velho ainda está se arrumando, acabou de sair do plantão no trabalho, e o Kei está no laguinho, lá no fundo.

ㅡ Está bem, muito obrigado - entrei, passei por dentro da casa até chegar aos fundos.

Era como a parte da frente, porém mais vasta e verde, tinha um balanço de madeira, uma casinha na árvore e um lago decorativo. Foi onde vi Tsukishima, sentado ajeitando as hastes do óculos e um livro sobre o colo.

Parecia concentrado e a cada vez que passava a página, ele parecia cada vez mais atraente, sem nem perceber um sorriso fino se abriu em meus lábios. Andei em passos curtos até ele e me sentei, estava tão concentrado que nem havia me notado.

ㅡ O pequeno Príncipe? - perguntei ao reconhecer o livro por um trecho.

ㅡ Sim, ah... você já chegou - sorriu fechando o livro - eu nem notei.

ㅡ Percebi, bom, agora estou aqui. Pode tirar a limpo o que quiser.

ㅡ Eu preferia que você diga algo - o encarei - o que se passa na sua mente, depois que eu me declarei? Eu só sinto que você está confusa, desde aquilo.

ㅡ Não nego - criei coragem - eu gosto de você Tsukishima, eu só não sei como explicar isso, tanto para mim, quanto para você. A gente se odiava a um tempo atrás, mesmo as coisas sem nexo, é meio estranho imaginar que tudo aquilo era uma farsa e que você regista de mim.

ㅡ Eu seriamente gosto de você, eu também não sei lidar com isso, não sabia como chamar sua atenção a não ser implicando com você, eu espero que possamos lidar com isso juntos - segurou minha mão - sei que foi repentino, mas eu guardo isso a um tempo, me sinto aliviado por falar com você.

ㅡ Uau, as coisas foram realmente rápidas - sua mão foi até o meu rosto dando pequenas carícias em minha bochecha, meus braços ficaram envolta de seu pescoço, existindo nada mais que apenas nós dois e uma troca de olhares profunda. Eu via verdade nos olhos deles, acredito que ele também tenha visto a mesma coisa nos meus.

Com a tensão entre nós dois, nada sexual, mas sim ouro. Sua respiração se tornou próxima até a minha boca selar nos lábios e se aprofundar em um beijo de língua. O que eu sentia era satisfação por finalmente entender o que nós somos, o que Tsukishima sentia e eu desacreditada, estava tudo claro.

ㅡ Oi? - uma voz masculina me assustou me fazendo levantar por impulso - estou atrapalhando?

ㅡ Na-

ㅡ Sim - o loiro mais novo respondeu.

ㅡ Tsuki! Não pode tratar seu irmão mais velho desse jeito!

ㅡ A mamãe disse que vocês estavam aqui, deveria ter imaginado o que estava acontecendo e não ter vindo - riu - mas a comida tá pronta, era melhor eu ter vindo avisar do que a minha mãe. Sabe como ela é, se visse vocês dois aqui desse jeito, ela teria surtado.

Rimos.

ㅡ Agora é hora do almoço, então vamos logo, estou morrendo de fome - empurrei Tsukishima para dentro de casa.

Capítulo não revisado

Amor Sagaz ~ Kei Tsukishima ~Onde histórias criam vida. Descubra agora