O DESENTENDIMENTO ENTRE AMIGOS

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       A conversa  estava bem agradável parecia que eu estava recebendo meus amigos na minha casa em uma tarde como nos velhos tempos, mesmo ela evitando a me olhar e falar qualquer palavra comigo, mas só em estar ali na sua presença e poder sentir seu cheiro e ouvi-la conversar animadamente com Beth e Breno sobre as aventuras das crianças, já me sinto feliz, mesmo não tendo o que falar sobre filhos. 

Mas eu ainda não perdi minhas esperanças de ter os meus, e como o Breno falou,  preciso ser paciente, e se tem uma coisa que eu sei é esperar o momento certo para fazer negócio.

É com ela não vai ser diferente, não que ela seja um negócio pra mim é claro, mas é uma jóia rara, que eu não posso correr o risco que apareça um concorrente e a leve.

Enquanto nós  estamos conversando na varanda onde meu coração anseia a todo tempo por essa mulher cruel, que está fazendo de tudo pra não olhar na minha direção, Nicolas chegou já reclamando: boa tarde, parece que o único que trabalha aqui sou eu né! Mas também quem mandou ser o único pobre filho de uma simples operária. 

 Já vem você com isso de novo, você não sabe falar outra coisa, desde moleque que você fala isso — disse Breno assim que o ouviu reclamar.

—E por  isso? — eu disse.

—Isso o que Augusto?— do que você está falando?

— De você ainda ser um moleque! Por isso não tem o que falar — todos riram, deixando Nicolas bravo, que logo  falou:bom, eu só estava brincando mas vejo que vocês andam muito sensíveis, mas me fala Augusto, porque, eu ainda sou moleque?— por eu gostar de viver e não perder minha vida me enfiando em um casulo por anos...o que, como você se atreve a falar assim comigo seu...seu o que Augusto?— Vamos fale, por acaso estou mentindo?  — Se eu sou tão moleque assim porque você confia a sua empresa a mim?

— Calma vocês dois, não vamos estragar a tarde do Jonas. 

— É Beth, você tem razão, aquele menino adorável não merece isso, senhora Bellaver eu posso vê-lo? 

— Sim, vem por aqui.

Augusto 

Depois que Nicolas saiu com Gláucia eu respirei fundo pra tentar me acalmar já que estava me sentindo estranho, me levantei e sai deixando Breno e Beth ali sentados abraçados, além de precisar de ar, ver aquela cena deles carinhosamente um com o outro, me deixou com inveja, a anos eu não recebo um carinho de uma mulher, principalmente das minhas amadas uma por não estar mais aqui, e outra por não me querer por perto. Frustrado  saio andando e ligo pro Gaspar vir me buscar, o encontro na estrada assim que me acomodei dentro do carro, mandei mensagem pro Breno, dizendo que já estou indo pra casa, pra ele se despedir do Jonas por mim.

Glaucia 

      Depois que Nicolas falou com as crianças, voltamos para a varanda onde não vi Augusto, meu coração bateu forte em desespero, eu gosto quando ele está por perto, tento disfarçar, mas em pensamento fico imaginando onde será que ele está, me desperto quando ouço Nicolas perguntar: cadê o turrão?

— Foi embora chateado — respondeu Breno.

    Noto que Breno e Beth não estão muito satisfeitos com Nicolas, mas como sempre prefiro não me aprofundar nos assuntos deles, afinal quem sou eu. Saio do meu pensamento com Nicolas falando comigo: senhora Bellaver já vou indo, eu só vim mesmo ver como Jonas estava, tchau.

Tchau senhor Nicolas, obrigada pelo carinho com meu filho.

Logo depois que Nicolas se foi escutei Breno chamar Beth pra ir também, é parece que a tarde chegou ao fim, não muito bem, pelo menos pra nós adultos, que como as crianças falam, somos complicados. Enquanto eu e Beth vamos chamar Léo e Camila, sinto que Breno não está mais como chegou, algo está o incomodando.

APAIXONADO POR UMA MULHER TOPETUDA Onde histórias criam vida. Descubra agora