Capítulo 15 - O inicio do declínio

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15 de Novembro de 1992

"O início do declínio"


Desconsiderando o enorme aviso de "interditado", Draco abriu a porta.

O banheiro feminino do segundo andar não era um dos mais agradáveis de se estar. Era escuro e bem deprimente. O piso molhado refletia a luz fracamente azulada dos pedacinhos de velas que brilhavam nos castiçais, as portas de madeiras dos boxes estavam descascadas, arranhadas e uma delas estava no chão porque as dobradiças enferrujaram e ela despencou. Draco estava lá quando aconteceu.

— Murta? – Ele chamou, ficando na ponta dos pés e dando uma olhada pelo lugar.

A fantasma estava flutuando acima da caixa de descarga em um dos boxes, olhando tristemente para baixo.

— Malfoy – Ela disse, flutuando até ele — O que veio fazer aqui?

— Eu preciso do caderno, Murta – Ele disse e ela negou fielmente com a cabeça.

— Não, não, não – Repetiu, voando um pouco para longe dele — Jogou ele aqui dentro da última vez e disse que não queria mais vê-lo.

— Eu sei – ele afirmou, passando as mãos pelos cabelos loiros — Não sei se você ficou sabendo, já que não sai muito daqui, mas aconteceu algo no castelo.

Ela o olhou desconfiada.

— O que aconteceu?

— A Câmara Secreta foi aberta.

— Não faço a menor ideia sobre o que está falando – Ela respondeu, franzindo o cenho — Mas parece algo muito ruim.

— É péssimo.

— O que o livro tem a ver com isso?

— Ele... eu posso... talvez eu possa descobrir mais.

— Mas você tem que parar, Malfoy – Ela disse, ficando a sua frente — esse livro destrói você. Olha como você está péssimo! Você e a outra garota vão acabar morrendo se continuarem assim.

— Weasley nunca mais vai encostar nesse livro – Ele disse — Foi sorte ela ter usado algumas vezes antes de eu descobrir que tinha sido ela a pega-lo. Ela não se lembra das coisas que fez.

— E você lembra se fez alguma coisa? Afinal, o que é essa coisa?

— Não – Ele murmurou — Tenho receio de ter feito algo ruim por causa dele. Eu só tenho que continuar fingindo que não sei de nada.

— Tudo bem – Ela disse — Mas tem que prometer que se algo der errado, vai voltar para cá e me deixar... você sabe. Esconder ele para sempre.

Ele afirmou com a cabeça e a seguiu até a cabine que ela estava flutuando antes dele chegar.

— Suba – ela pediu — É preciso concentração para pegar coisas materiais, sabe? E eu não estou com motivação hoje.

— Quase nunca está.

Ele fechou a tampa do vaso sanitário e subiu em cima dele.

— Está dentro da caixa da descarga, porque ela não tem água a muito tempo – ela explicou e ele tateou a caixa até conseguir erguer a tampa e a jogar no chão. Um livro de capa escura de couro estava muito bem escondido e protegido da água ali dentro.

— Obrigado – ele disse, descendo do vaso.

— Você e a garota já vieram aqui muitas vezes, Malfoy – ela disse — Sempre jogam fora e depois voltam para buscar. Aconselhou Weasley a largar o livro, mas você não consegue parar.

Blood Moons - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora