Capítulo 3

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Hoje Regulus teria sua primeira aula de verdade, e ele estava preocupado.

Sua primeira turma foi do terceiro ano, Grifinória e Sonserina. Porque eles continuam fazendo essas combinações explosivas.

Os membros de ambas as casas se encaravam e trocavam insultos como gatos selvagens. Sentados cada um de um lado da sala, porque Deus os livre de ter que se sentar juntos.

Depois de anos, e apesar de não ter se tornado mais amante dos Grifinórios agora do que era em seus anos como aluno, Regulus pode ver quão infantil e infundado era toda essa hostilidade.

Adolescentes guerreando — pelo menos não mortalmente — por rixas tão antigas que eram mais lendas e boatos do que certezas irrefutáveis.

Todo a hostilidade desapareceu assim que ele entrou na sala, se tornando em desprezo e suspeitas dirigidas a ele. Se ele não estivesse tão tenso acharia a situação engraçada. Cobras e Leões unidos em seus sentimentos contra a mesma pessoa. Infelizmente era ele a tal pessoa.

— Olá — ele disse, parando atrás de sua mesa e examinando a classe. Havia cerca de 20 deles, pequeninos de treze anos sentados em pares em suas mesas — Como vocês devem ter ouvido ontem, eu sou o Professor Black e serei seu Mestre de Poções até o final de sua carreira em Poções em Hogwarts.

Ele agitou sua varinha e enviou o pedaço de giz branco voando no ar, parando para pairar ao lado do quadro-negro.

— Poções, como toda magia, tem um elemento inerente de perigo potencial. Assim, espero que enquanto vocês estiverem nesta sala de aula, sigam todas as instruções dadas e não tentem brincar ou se comportar mal. Suas seguranças é minha maior prioridade; não façam nada para prejudicá-lo. Eu sei que vocês são do terceiro ano e não deveriam ter que ser lembrados disso, mas por favor sejam sensatos e cuidadosos. Nenhuma varinha a menos que seja absolutamente necessário ; poções em seus estágios de fabricação são altamente sensíveis à magia e podem absorver parte do feitiço, desfazendo os efeitos pretendidos — Atrás dele, o leve arranhar de giz era o único outro som na sala além de sua voz.

Regulus fez uma pausa para respirar fundo.

— Hoje, revisaremos um pouco do que aprenderam no ano passado sobre a Solução de Inchaço. As instruções estão em seus livros, mas também estarão no quadro, se você quiser se referir a elas. Os ingredientes estão no armário e em seus kits.

Houve uma longa pausa depois que ele terminou de falar quando ninguém se mexeu. Os sonserinos continuaram a olhá-lo com expressões que variavam de interesse a confusão e antipatia, enquanto os grifinórios lhe lançavam olhares com os olhos estreitos.

— Eu imaginei que "comece o preparo" pudesse ter sido compreendido — ele brinca — como fui muito sutil aparentemente. Gostaria que começassem. Agora.

Finalmente, os alunos moveram-se para folhear seus livros e recolher os ingredientes do armário. Tão fácil quanto cortar as unhas de um gato.

Ele observou atentamente enquanto os adolescentes montavam seus caldeirões. Eventualmente ele se levanta e passa a andar por entre as fileiras, checando mais de perto o preparo. Os grifinórios se endureciam quando ele se aproximava. Não era surpreendente, tão desconfiados com um sonserino, quanto todos os sonserinos com qualquer coisa. Sem dúvida, pela idade eles conhecem algo de sua história. Mas ele simplesmente fazia comentários.

— Pronto, Brown, você não precisa esmagá-lo ainda mais, eu sei que é muito terapêutico, mas os pobres ingredientes não merecem isso — e seguia em frente.

Os sonserinos não tinham medo dele ou odiavam suas lealdades passadas, mas seus olhares não eram menos questionadores e carrancudos. Ele fez questão de tratar ambas as casas da mesma forma enquanto se movia pela sala, para que não fosse acusado de favoritismo. Não havia maneira mais segura de alienar uma escola ou uma casa em particular.

Pedra Filosofal: Regulus Black, O Mestre de Poções (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora