Esparta, Grécia ~ 18/05/459 a.C.
Sábado, 06:48
Após quase 1 mês desde sua aventura em Troia, Leandros passaria dias treinando com suas armas novas na Lacônia para se familiarizar com estas, auxiliando Póllux, Cástor e Artamenes no que tange ao domínio de suas habilidades, além de ensinar Lisímaco diariamente a como refinar sua forma de lutar para uma mais hábil.
Neste meio tempo, como uma preparação para a missão em Roma, ele não cortaria mais sua barba e nem seus cabelos, deixando-os crescerem o máximo que podiam, modelando-os para uma aparência menos helenizada e menos lacônica pra uma mais oriental, idêntica à de um nômade Cita.
Quanto às vestimentas, ele ordenaria a confecção de uma túnica de mangas compridas de estilo persa, ou seja, parecida com um kimono japonês ao se fechar na diagonal com o cinto, além de também solicitar uma calça simples da nobreza e uma túnica menor quíton sem mangas para usar por debaixo da maior.
Este tipo de traje seria entregue para ele e Artamenes, enquanto Póllux e Lisímaco receberiam roupas de Legionários romanos secretamente poucos dias antes da sua partida para Roma, de modo a não permitir que Andrômaca o descobrisse, já Cástor, receberia uma roupa parecida à de um típico escravo romano de origem germânica, se aborrecendo, mas entendendo que, pelo seu tamanho, era necessário.
O plano feito pelo espartano era que, assim que entrassem em Roma, fingiriam ser comerciantes de escravos buscando oportunidades, especialmente a de mostrar no coliseu de Roma que seu "escravo" (Cástor) era superior ao melhor guerreiro de todos os romanos, pois assim conseguiria saber onde estava o Domus da mulher com quem havia se deitado.
Assim sendo, no dia em que já estavam prontos para irem, estes se reuniriam no aeroporto da cidade, onde o Uranomóvel pessoal de Leandros estava, já vestidos com suas roupas de missão e trazendo consigo mochilas com as roupas e equipamentos de batalha padrões, além de suas armas divinas.
Vendo Leandros, Artamenes daria uma leve risada e arquearia a sobrancelha pra ele, apontando pra este de cima pra baixo, levando a mão ao rosto e pouco depois recebendo uma risada dele de volta, que perguntaria:
– O que há, Artamenes? Estou muito... "persa" pra missão? – perguntava Leandros, enquanto seu companheiro negava com a cabeça.
– Não, não... hahahaha, agora tá parecendo mesmo um bárbaro, aliás, um Cita. Quem diria que no fim das contas vocês espartanos fossem tão parecidos, na fisionomia, àqueles que tanto repudiaram um dia? – brincava Artamenes, deixando Leandros um pouco sem jeito.
– Querendo ou não, temos um antepassado em comum: Perseu. – ironizava, pouco depois abrindo a comporta de bagagens inferior do avião. – Coloquem todos os seus equipamentos aqui dentro e me entreguem suas armas divinas, vou guardá-las dentro de meu arsenal e assim que precisarem as entregarei à vocês, tal qual orientei-vos. – diria Leandros, sendo afirmado por eles, que seguiriam conforme o dito, colocando suas bagagens no bagageiro do avião e entregando as armas pra Leandros, que as guardaria.
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ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), Revolução
Historical FictionDepois de sua ida a Troia, Leandros e seus companheiros retornariam a Esparta para entregar o relatório para o imperador Helemênida, Plistarco, mas ao chegar ele lembraria de sua ida a Roma anos antes e decidiria montar uma expedição pequena de apen...