- ( XI ) -

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Enquanto Leandros e Cástor seguiam com seu disfarce na casa de Cneu, Póllux e os rebeldes buscariam, por quase 2 dias, pistas sobre o paradeiro do arquiteto mencionado por Leandros e Artamenes na última ligação, o qual era o famoso Vitrúvio.

Mas naquele mesmo dia, no qual Cástor havia iniciado seu treinamento, Póllux, disfarçado de legionário, junto à outros dois rebeldes, que também estavam disfarçados, subiria o rio Tibre até chegar nos Campos de Marte, próximo da região onde Leandros se encontrava, vendo que, no centro do bairro, estaria um enorme edifício em formato circular, o famoso Panteão Romano.

Porém, o mesmo encontrava-se completamente diferente ao modelo original, sendo comentado pelos rebeldes, que notariam como o edifício, apesar de manter o mesmo tamanho e formato original de sua fachada pórtica, possuía uma cúpula muito maior, atingindo as dimensões exatas de 180m de largura por 180m de diâmetro, se equiparando em área interna à do próprio Coliseu de Roma, e tendo 3 torres, que por sua vez eram extremamente largas em área e lentamente reduziam seu tamanho até o topo de uma forma perfeitamente projetada.

Na frente da fachada do gigantesco Panteão, estariam membros da guarda pretoriana acompanhados de um homem velho, que portava consigo um pergaminho enorme, em seu braço esquerdo, e um códice, no direito, conversando com um oficial da guarda, que lhe diria:

– Está nos dizendo que a arma que ordenamos construir ainda não está completa?!? Explique-se! – exclamava o pretoriano, enquanto Vitrúvio, visivelmente atemorizado, se inclinaria em sinal de medo.

– N-não, senhores... o que quero dizer é que apenas falta dois objetos essenciais para ela funcionar: Os cilindros de armazenamento de relâmpagos e a Hemerita. – olharia para as Torres, perfeitamente alinhadas com o topo da cúpula. – Os espelhos refratores de Ônix Cristalizado, encantado pelo senhor Sejano, estão posicionados no topo daquelas torres, armazenando luz solar. Quando a noite cair, basta puxar as alavancas para que o ônix metálico mude sua cavidade interna para o outro lado e passe a refletir ao invés de absorver a luz, porém, sem a Hemerita na bobina atrás do banco do atirador para canalizar a luz e transferir junto à essência ônix aos cilindros, não há como liberar o verdadeiro poder da arma. – diria Vitrúvio, enquanto era segurado pela alça de sua toga pelo romano.

– Estamos levando para o cume do Panteão todos os recursos que você disse e o Orbe das Cinzas da Fênix, para que o coloque junto à tal bobina. Faça seu trabalho como se deve, Vitrúvio! – diria o pretoriano, enquanto o engenheiro assentiria e pouco depois suspiraria fundo, recolhendo seus equipamentos de trabalho.

Olhando para seus companheiros de revolução, Póllux entenderia que Vitrúvio estaria trabalhando de maneira forçada para os romanos e, portanto, deveriam arranjar uma forma de levá-lo à base rebelde sem que causassem um alarde tão grande, porém, naquela região da cidade, tal qual no centro, a proteção nas ruas era muito superior, não dando brechas para movimentos rebeldes.

Mas, de imediato, uma ideia surgiria na mente de Póllux, que chamaria seus companheiros para um canto muito mais escondido daquele local para comentar sobre sua ideia, fazendo um deles arregalar os olhos pelo quão mirabolante era aquela ideia, dizendo:

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), RevoluçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora